Paróquia de Santo Antônio/Condeúba: Na 4ª noite de novenário de Nossa Senhora de Aparecida, foram homenageados Dom Homero e dona “Lulu”

Oclides da Silveira – Jornalista MTPS nº 5910/BA.

Neste domingo dia 06 de outubro de 2019, os festeiros de Nossa Senhora Aparecida fizeram uma homenagem a Dom Homero Leite Meira e a Sra. Abelina Francisca Souza de Jesus, a popular “Dona Lulu”.

4ª noite 06/10 (domingo)
19h – Reza do terço: Helena Ferreira, Lúcia Duarte e
Arlete Aparecida
19h30min – Celebração Eucarística
Tema – Em Maria encontramos um exemplo de fé cristã.
Presidente: Pe. Osvaldino Caetano (Cordeiros)
CPC do São João, do Bom Jesus e São Vicente.
Elaine Maria
Grupo Leitores 03 (Matriz)
Após a celebração houve quermesse.

OS HOMENAGEADOS:

Sra. Abelina Francisca Souza de Jesus – uma das Homenageadas da noite

A Sra. Abelina Francisca Souza de Jesus, popular “dona Lulu”, nascida no Distrito de São Timóteo – Município de Livramento de Nossa Senhora/BA. Ela que é casada com o Sr. Benedito José de Jesus desde 12 de maio de 1966 na Igreja São Benedito de Caetité. Em seguida o casal foi morar em Urandi onde ficou por dois anos, depois mudou-se para Condeúba em 12 de março de 1968 vindo acompanhando o então Padre Homero.

Aqui em Condeúba dona Lulu” e o Sr. Benedito constituiu a família da qual nasceram os quatro filhos José Américo, Chistiane, Ana Paulo e Mhônia Sara. Hoje já tem 6 netos e um bisneto. Dono lulu sempre foi muito engajada nas pastorais da Igreja como Legião de Maria, Clube de Mães, Renovação Carismática Católica – RCC,  Pastoral Familiar, fundadora do Prodec, foi festeira de todas as Igrejas da sede. Tendo como o seu maior destaque a fundação e Coordenadora da Pastoral da Criança  em 1988, na qual ficou por mais de 12 anos no comando.

DOM HOMERO LEITE MEIRA:

BIOGRAFIA DE DOM HOMERO LEITE MEIRA

O brumadense Dom Homero foi um homem simples, fiel aos amigos e a seus princípios religiosos e muito severo e intransigente quanto às obrigações dos seus religiosos. Nasceu em Bom Jesus dos Meiras, hoje Brumado, em 2 de dezembro de 1931. Filho de Hugolino Meira e de D. Ana Francisca Leite Meira (Donana).

Em 1938, em virtude de problemas de saúde do pai, acompanhou a família e mudou-se para Caetité, ainda menino. Estudava o catecismo com o Padre Osvaldo Pereira Magalhães. Frequentando a Catedral Senhora Santana, percebeu, aos 11 anos de idade, o chamado para a vocação religiosa durante uma celebração do Padre espanhol José Maria Vicente.

Em 1944, retorna para Brumado. Por não ter a família recursos para custear o seminário, o irmão Hugo recorre ao pároco local, Antônio da Silveira Fagundes, e este decide, aqui mesmo, iniciar a sua formação doutrinária concernente. No ano seguinte, Homero vai para Caetité para prosseguir os estudos no Seminário e ali hospeda-se no Palácio Episcopal, cujo bispo era Dom Juvêncio Brito. Conclui, em Salvador, o restante da sua formação.

A sua primeira tonsura foi conferida por Dom Antônio Monteiro, e o presbiterato, pelas mãos do Bispo de Caetité, Dom José Terceiro de Souza. Sua ordenação deu-se em 8 de dezembro de 1955, em São Miguel das Matas, onde laborava o padre amigo Gilberto Vaz Sampaio. A cerimônia foi feita na presença do Bispo de Caetité. A Missa nova (primeira) foi celebrada em Brumado, no dia 20 de janeiro de 1956, na comemoração da festa de São Sebastião, com grande número de parentes, admiradores amigos e religiosos.

Toda a sua vida foi dedicada à catequese, ao ensino religioso, à formação da vocação abraçada e diz “Tudo Passa, o tempo voa, passam as pessoas, os curadores, passam os fatos, passa a dor, passa a saúde, passa a tristeza, passa a alegria, passam os momentos felizes, os menos felizes, enfim tudo passa, fica somente Deus de Quem vim, de Quem sou, para Quem voltarei”.

Inicia a vida Paroquial como vigário de Piatã, aos 24 anos de idade e fica por lá durante sete meses. Retorna para Caetité e, a pedido do bispo, torna-se secretário diocesano a fim de preparar a chegada do novo prelado, Dom José Pedro Costa, o que aconteceu em 13 de outubro de 1957. É também capelão do Colégio das Freiras Mercedárias (religiosas das Mercês, fundada por S. Pedro Nolasco (1180-1256) e professor de latim na Escola Normal. Em 1958 com a abertura do seminário menor em Caetité, Padre Ademar assume a reitoria e Pe. Homero Leite Meira, torna-se seu ecônomo, diretor espiritual e professor. Logo depois o Padre Homero (D. Homero) conduziu o seminário até 1968.

Em 1965, é nomeado para a paróquia de Urandi por D. José Pedro, onde é recebido com entusiasmo dos caetiteenses José Brito da Silva e sua esposa D. Nadir Cotrim Silva, ficando ali até 1968, quando é enviado para Condeúba em substituição ao Monsenhor Waldemar Moreira da Cunha (recém-falecido).

Assume em 14 de março de 1968, encontra a cidade devastada pela enchente do Rio Gavião, com muitas casas destruídas, e, graças à sua intercessão junto ao Papa João XXIII, recebe ajuda para a reconstrução de muitas delas. Nessa cidade permanece por vários anos,  servindo aos bispos Dom Silvério e Dom Eliseu. Recebe nomeações também para atuar em Cordeiros, Piripá, Tremedal, Presidente Jânio Quadros. Atua ainda em Mortugaba.

Nos lugares por onde passou construiu igrejas, casa para os pobres, salão paroquial, e uma capela. Após peregrinação a Aparecida do Norte, recebe uma carta do Núncio Apostólico, convidando-o a aceitar a nomeação feita pelo Papa, a fim de tornar-se bispo de Itabuna (1978-1980). Aconselhado por Dom Eliseu Maria, que o convence, aceitar a proposição.

ATIVIDADES EXERCIDAS ANTES DO EPISCOPADO:
Pároco de Piatã (1956); Secretário do Bispado e Reitor do Seminário em Caetité (1956-1965); Pároco de Urandí (1965-1968); Pároco de Condeúba (1968-1978).

ATIVIDADES EXERCIDAS DURANTE O EPISCOPADO:
Primeiro Bispo Diocesano de Itabuna (1978-1980), nomeado por Dom Eliseu Maria Gomes de Oliveira então bispo da Diocese de Caetité, primeiro Bispo da Diocese de Irecê (1980-1983). Sua sagração de Bispo ocorreu em Caetité, na mesma Catedral onde teve seu chamado para a vida religiosa, em 27 de dezembro de 1978, com a presença do bispo de Ilhéus Dom Tepe, Dom José Terceiro, e do Cardeal Primaz, Dom Avelar Brandão Vilela, como pregador. Assume a novel Diocese de Itabuna, criada em 7 de novembro de 1978, 08/10/2019.

BIOGRAFIA DOM HOMERO LEITE MEIRA
https://www.recantodasletras.com.br/biografias/5021108 3/7 em primeiro de janeiro de 1979, onde procede à instalação da nova Diocese desmembrada de Ilhéus, ficando aí até novembro de 1980, quando é nomeado bispo de Irecê. Em Irecê, cuja Diocese foi criada em 28 de abril de 1980, toma posse em 21 de dezembro de 1980, permanecendo aí até setembro de 1983 (Bispo Emérito), renunciando por motivos de saúde.

Dentre as várias ações, atuou para a criação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Uibaí/BA, em 25 de dezembro de 1980, designando para ser o pároco o Padre Olezil. Em 1984, volta a morar em Caetité, e exerce as funções sacerdotais e formativas, contribuindo com as vocações religiosas e sacerdotais, apresentava semanalmente programas de rádio, contribuiu na formação do clero leigos e foi dos principais organizadores da Renovação Carismática Católica, assistia os doentes, os presos, além de celebrar missas.

Assiste em capela própria, sempre com humildade e afirmava: “Caetité tem um clima muito bom. Água, uma das melhores do mundo. E, sobretudo, povo realmente muito bom, máxime nas horas da dor”. Em 15 de julho de 1993, Dom Homero, na Igreja Matriz de Brumado, autorizado pelo Bispo diocesano, dá posse a oito ministros da Eucaristia devidamente preparados para exercer esse ofício: Diná Lima Vasconcelos, João Lúcio dos Santos Neto, Marília de Lourdes Costa, Maria da Conceição Viana Leite, Marísia Eny Viana Dantas, Milza Santos Leite, Paulo Santos Silva e Adilson Pinto Pauferro.

ESTUDOS REALIZADOS:
Ensino Fundamental e básico em Caetité/BA. Ensino médio em Salvador (1944-1946). Filosofia em Salvador (1947-1949); Teologia em Salvador/BA (1950-1955), no Seminário Central de Salvador.

HOMENAGEM PELO JUBILEU DE OURO:
Ao completar 50 anos de sacerdócio, o então padre Homero, foi homenageado em 08/12/2005, quando, com carinho e gratidão, Teotônio Marques Filho, um de seus pupilos de seminário nos idos de 1962-1965, faz Confissões Reveladas (trechos selecionados):

“Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós,/ Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,/se não tocamos o coração das pessoas”. (Cora Coralina).

Antonio Novais Torres
antorres@terra.com.br
Brumado, 08-05-2014.

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