Cartão de crédito pré pago é nova alternativa para classe média brasileira

da Ascom CDL/TB (Conteúdo)

A modalidade se consolida como ferramenta para estancar as contas no final do mês, uma vez que a pessoa somente pode gastar aquilo que tem como saldo disponível

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o volume movimentado com cartão de crédito pré-pago no primeiro semestre deste ano em todo o Brasil foi deR$ 7,4 bilhões , uma alta de 70,4%, em relação ao mesmo período do ano passado. Já regulado pelo Banco Central como modalidade de pagamento, virou aliado no orçamento familiar. A modalidade se consolida como ferramenta para estancar as contas no final do mês, uma vez que a pessoa somente pode gastar aquilo que tem como saldo disponível.

Ainda de acordo com a Abecs as compras com cartões avançaram 18% e somaram R$ 850 bilhões no 1º semestre. Oresultado no 2º trimestre foi ainda maior, com alta de 19% , sendo que o cartão de crédito, cresceu quase 20% no período. Isso aponta que, os brasileiros estão usando cada vez mais os meios eletrônicos de pagamento para realizar suas compras. Os cartões movimentaram R$ 850 bilhões no 1º semestre deste ano, com crescimento de 18% em relação aos seis primeiros meses de 2018. Os cartões de crédito registraram R$ 534,4 bilhões (alta de 18,8%), os cartões de débito, R$ 308 bilhões (alta de 16%), e os cartões pré-pagos, R$ 7,4 bilhões (alta de 70,4%).

“Estamos vivendo um processo de digitalização dos pagamentos, no qual temos cada vez mais consumidores de todo o País usando os cartões e outros meios digitais, seja presencialmente, seja pela internet ou aplicativos, e também cada vez mais lojas e prestadores de serviços aceitando esse tipo de transação”, afirma Pedro Coutinho, presidente da Abecs.

O cartão de crédito pré-pago é uma alternativa para consumidores preocupados com o controle do orçamento. O meio se tornou inclusive uma forma de pagamento de salário, “se tornou uma ferramenta para controlar os gastos pessoais e da família. Por exemplo, para alguém que monta o orçamento e só pode gastar uma determinada quantia por mês no restaurante. Também se tornou útil para a mesada dos filhos, em vez de abrir uma conta tradicional, se cria um cartão pré-pago e faz as recargas. Até para pagamento de um funcionário que presta um determinado serviço. O trabalhador repassa o número do cartão e o empregador faz a recarga”, explica a assessoria de comunicação da Abecs.

O pré-pago pode ainda, ser utilizado para outras pessoas como aquelas que estão com o nome negativado,já que não exige a comprovação de salário, não precisa checar lista de inadimplentes e não é necessário a abertura de conta em bancaria “eu tenho o meu desde o ano passado. Coloco sempre R$ 300,00 e gasto no supermercado”, explica Inácia Sales, aposentada mas que também que trabalha em casa de família .

Para o engenheiro Breno Lima, o cartão será uma alternativa a fim de pagar os cinemas e extras da filha adolescente “a minha filha tem 16 anos e às vezes está no shopping e gasta o dinheiro que levou. Já estou providenciando o cartão para esses extras. Vou colocar pouco, só mesmo para o lazer. É uma excelente alternativa”, explica .

É muito interessante a utilização pelos adolescentes explica a psicóloga Taísa Lopes “pode ser uma forma de ensinar os filhos a lidar com o dinheiro com mais responsabilidade.” O economista Eduardo Fonseca acrescenta, “ para quem está com nome sujo e tenta se reorganizar, é possível depositar o dinheiro disponível no pré-pago e deixá-lo como reserva, enquanto se organiza para pagar empréstimos.”

Quando tiver a intenção em adquirir um cartão pré-pago é importante sempre procurar informações na internet sobre a empresa, como no Reclame Aqui, e analisar cuidadosamente as taxas. O maior risco de todos é adquirir um cartão de uma empresa que não seja idônea e os valores da recarga não estejam disponíveis quando for preciso utilizar .

De acordo com pesquisa realizada pela FinanceOne, site especializado em finanças, “entre 129 cartões analisados, apenas os cartões do Nubank, Credicard Zero, Hipercard, Banco Inter (Gold, Platinum e Black) e Digio não cobram anuidade. Entre os que anunciam que não cobram taxa,mas impõem um gasto mínimo estão Ourocard Fácil, do Banco do Brasil, e o Santander Free, do Santander. Já os cartões da Banrisul e o Ourocard Elo Mais, do Banco do Brasil, têm isenção da anuidade somente no primeiro ano.

A quantidade de compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos no período ultrapassou a marca de 10,3 bilhões, o equivalente a 40 mil transações a cada minuto. Compras não presenciais Os pagamentos realizados pela internet ajudaram a impulsionar o resultado do setor e, ao lado de outras compras não presenciais, já representam 21% do volume movimentado com cartões de crédito. Foram R$ 112,2 bilhões transacionados em canais remotos, com crescimento de 26% em comparação com o 1º semestre de 2018.

Ricardo Vieira, diretor-executivo da Abecs informa “o uso do cartão pré-pago tem crescido de forma expressiva nos últimos dois anos, por se tratar de um excelente instrumento de pagamento, que permite maior controle de gastos e mais segurança. Muitas vezes, ele é a primeira experiência ou o primeiro passo para ter contato com produtos bancários.”

Como incentivo para adquirir essa modalidade de cartão, Ricardo destaca “O cartão pré-pago é um produto simples, fácil de contratar e usar no dia a dia. Permite ao usuário controlar exatamente quanto pretende gastar, já que funciona por sistema de recarga pré-paga. É muito mais seguro e conveniente do que o dinheiro e ainda permite que a pessoa faça compras pela internet.

Concessão de crédito Análise dos dados da Abecs e do Banco Central mostra que o volume movimentado pelo cartão de crédito no primeiro semestre foi responsável por 68,4% de todo o crédito concedido à pessoa física para o financiamento ao consumo de bens e serviços no Brasil. Em paralelo ao crescimento dos meios eletrônicos de pagamento, a parcela de brasileiros que usam o cartão de crédito de forma consciente continua alta. Pesquisa da Abecs mostra que 9 em cada 10 consumidores pagam o valor integral da sua fatura e, portanto, não recorrem a nenhum tipo de financiamento. Além disso, dados do Banco Central mostram que o índice de inadimplência do cartão mantém-se em baixa, chegando a 5,8% em junho de 2019, um dos menores patamares da série histórica e abaixo da taxa de atraso do crédito pessoal (7,4%).

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