Brumado: Administração reprova representação da APLB e professores aprovam indicativo de greve

assembleia-professores-brumado-noticias-98Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Em assembleia os professores da rede de ensino de Brumado e a APLB/sindicato aprovaram um indicativo de greve que pode culminar em uma paralisação geral da categoria. Na pauta da reunião: a campanha salarial e o ofício encaminhado pela administração não reconhecendo a APLB como sindicato representativo dos professores municipais.

Do ponto de vista dos professores e da diretoria sindical, o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) pretende tirar a legitimidade do sindicato no intuito de fragilizar a autonomia das negociações entre a administração e os professores.

Sem o reconhecimento da gestão, a contribuição sindical descontada em folha pode ser cortada e a APLB ficaria sem recursos para atuar em defesa dos educadores. A maioria dos professores presentes na assembleia apontou a atitude da administração como contrária ao estado democrático de direito.

“Ele quer impor a nós um sindicato de sua escolha, que ele possa manipular nos bastidores, mas não podemos aceitar esse cabresto. Não podemos aceitar que esse ditador tire de nós os nossos direitos”, disse uma professora ao site Brumado Notícias.aplb-assembleia-brumado-noticias-98Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Brumado: Administração reprova representação da APLB e professores aprovam indicativo de greve 

Na oportunidade, também foi aprovado que a partir da próxima semana os professores só trabalharão 13 horas aulas semanais, conforme legisla o Ministério da Educação e Cultura e contrário ao que é praticado no município, onde o educador leciona 15 horas aulas por semana.

O posicionamento dos professores quanto à carga horária pode afetar a programação de ampliação das escolas de tempo integral, que começa a vigorar no mês de março. Representantes da APLB/Sindicato esperam que a administração abra um precedente para diálogo e as parte cheguem a um acordo sem que seja necessário o município sofrer mais uma vez o desgaste de uma greve geral.

Uma longa greve geral da educação foi realizada no segundo semestre de 2016. Na ocasião, a APLB, os professores e administração chegaram a um acordo com a aprovação do plano de carreira dos professores, que passa a vigorar a partir de março.

Na época, uma dos impasses entre as partes foi exatamente a proposta administrativa de alteração do texto para retirada da APLB como representante dos servidores da educação.

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