Dia: 22 de fevereiro de 2020

88 pessoas são assassinadas durante motim de PMs no Ceará

Foto: Fabiane de Paula/SVM

O Ceará registrou, pelo menos, mais 22 homicídios entre a tarde de sexta-feira (21) e a manhã deste sábado (22), em meio à paralisação de policiais no estado. Com isso, sobe para 73, no mínimo, o número total de assassinatos contabilizados no estado durante o motim dos agentes de segurança, que teve início na terça-feira (18).

Neste quinto dia de movimento, batalhões em Fortaleza, na região metropolitana e no interior permanecem fechados e com PMs amotinados. Desde terça-feira, homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram quarteis e depredaram e esvaziaram pneus de veículos da polícia.

Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana. Os assassinatos ocorridos entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado foram levantados pelo G1 em três delegacias do estado, junto a policiais nos locais dos crimes, e a partir de fontes da polícia.

Dos 22 homicídios contabilizados, 15 aconteceram em Fortaleza e região metropolitana, e sete no interior. Os números mais recentes da Secretaria da Segurança do Ceará (SSPDS) se referem ao período entre 6h de quarta-feira (19) e 6h de sexta-feira (20), e apontam 51 homicídios. O balanço atualizado ainda não foi divulgado pelo órgão.

A onda de violência continua apesar dos reforços na segurança com a presença de 2,5 mil soldados do Exército Brasileiro, dentro da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Jair Bolsonaro para o Ceará, além de 150 agentes da Força Nacional que já estão no estado para conter a crise na segurança pública após o motim de parte dos policiais militares.

Feminicídio cresce na Bahia e segue tendência nacional

Em 2019 a Bahia registrou 101 casos de feminicídio, 25 a mais do que no ano anterior. Em números absolutos, o estado é um dos que teve maior aumento. Seguem essa mesma linha São Paulo (182), Minas Gerais (136), e Rio Grande do Sul (100). Os dados constam de um levantamento da Folha de S. Paulo, que verificou o aumento do feminicídio como tendência nacional.

Dados de 2019 mostram que a estatística do feminicídio trilhou a contramão dos demais crimes violentos e cresceu 7,2% no país, com expansão expressiva em alguns estados. Conforme apuração do jornal, que consultou as 27 unidades da federação, 1.310 mulheres foram vítimas de violência doméstica ou por sua condição de gênero em 2019. Em 2018 haviam sido 1.222.

No relato das agressões constam espancamento, estrangulamento, uso de machado, pedra, pau, martelo, foice, canivete, marreta, tesoura, facão, enxada, barra de ferro, garfo, chave de fenda, bastão de beisebol, armas de fogo, mas, em especial, facas. O feminicídio virou qualificador do homicídio em 2015, elevando a punição de 6 a 20 anos para 12 a 30 anos.

Os números mostram que em 2019 houve aumento de mais de 30% nos registros em São Paulo, Santa Catarina, Alagoas, Bahia, Roraima, Amazonas e Amapá. Só na região Norte houve recuo. Em números absolutos, São Paulo (182), Minas Gerais (136), Bahia (101) e Rio Grande do Sul (100) registraram o maior número de casos.

Caculé: Aluna sofre parada cardíaca e morre dentro de escola

Uma aluna de prénome Cláudia morreu na tarde da última sexta-feira (21) dentro da Escola Júlia Magalhães, em Caculé, a 50 km de Condeúba. De acordo com o Sertão em Dia, a criança era cardiopata e fazia tratamento na cidade de São Paulo.

Após a garota sentir mal o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e deslocou para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, infelizmente ela não resistiu a parada cardíaca.

TSE nega registro para o Partido Nacional Corinthiano

Foto: Roberto Jayme/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou por unanimidade dos seus sete ministros nesta quinta-feira, 20, o pedido de registro do Partido Nacional Corinthiano (PNC) – caso fosse aprovado, seria o 34º partido político do país. Os responsáveis pela proposta não têm ligação oficial com o clube Corinthians nem com suas torcidas organizadas.

Os integrantes da Corte seguiram o voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, que apontou a inexistência de prova do apoiamento mínimo do eleitorado no prazo de dois anos contados da aquisição da personalidade civil (criação da sigla, com registro de CNPJ), que ocorreu no dia 7 de agosto de 2014.

De acordo com a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), para ser registrado um partido precisa ter caráter nacional, comprovado o apoio de um número mínimo de eleitores não filiados a outra legenda política – 0,5% do total dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos.

Além disso, esses apoiadores precisam estar distribuídos em ao menos nove estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que votou em cada um deles.

Para Salomão, a legislação não infringe a livre criação, fusão e incorporação de partidos prevista na Constituição, mas apenas estabelece “um requisito de modo a se comprovar quantitativa e qualitativamente o apoio de eleitores a legenda que pretenda participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso a tempo de rádio e televisão”.

Para ele, o mecanismo fortalece o sistema democrático impedindo a formalização de legendas “sem o efetivo e contemporâneo respaldo popular”.

Umbandistas são espancados após ataque com bombas a terreiro

Mães e pais de santo vítimas da agressão acreditam que o motivo seja intolerância religiosa. A Polícia Civil investiga o caso

Um terreiro de umbanda foi invadido na noite de segunda-feira (03/02/2020) por um grupo de pelo menos 30 pessoas, que jogaram uma bomba caseira dentro do local. O caso aconteceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Os religiosos foram atacados com pedradas, pauladas, socos e pontapés. Uma pessoa que estava no local foi espancada e teve alguns dentes da boca quebrados durante o ataque. Os pais e mães de santo vítimas do ataque acreditam que o motivo seja intolerância religiosa.

Solange Brito, de 51 anos, mãe de santo e uma das organizadoras do terreiro, disse em entrevista ao UOL que 12 pessoas estavam presentes no local no momento do ataque. “Foi a quarta vez que jogaram bombas. Nesse episódio, havia um bebê, que chegou a desmaiar. Quando saímos, eles vieram com paus e pedras pra cima da gente”, contou.

A mãe de santo contou que um de seus filhos, Jonhatan Brito, de 25 anos, que também estava no local, foi cercado e agredido. Ele precisou ser transportado de ambulância até uma unidade de saúde para receber atendimento médico. “Bateram na cara do meu menino, depois rasgaram a boca dele. Ele chegou a convulsionar. Ele foi atendido na unidade de saúde do bairro, ficou um dia internado e perdeu todos os dentes da frente”, contou.

Durante a entrevista, Solange contou que os agressores são pessoas do próprio bairro e que a religião é a causa do conflito. “Eles ficam caçando pretexto para arrumar confusão, ofendem a gente”, explica ela, que admitiu que chegou a tomar satisfação com as pessoas que jogaram a bomba. “Eu fui a primeira a sair, fui ver quem tinha jogado bomba, mas já fui xingada assim que sai. Nossa gente tomou as dores, e ai houve uma grande confusão”, disse.

Vizinha do Terreiro
Nathaly Souza, de 27 anos, é vizinha do templo religioso e afirmou que presenciou o ataque. Ela disse que ninguém identificou os autores. “Eu moro na rua do terreiro, tacaram bomba, mas ninguém viu quem foi. Pessoas foram atingidas no terreiro. Acho que todos deveriam ter respeito. Cada um tem sua crença”, afirmou a jovem.

A vizinha afirmou que a postura dos praticantes da religião piorou o problema. “Eles acusaram alguns meninos que estavam em uma laje, saíram para tomar satisfação e aí virou um tumulto. Mas não foram os meninos que jogaram a bomba”, disse.

A Polícia Civil de Ribeirão Preto investiga o caso.

Está aberto o processo eleitoral para escolha de gestores das escolas

Os candidatos têm até o dia 21 para formar as chapas e fazer as inscrições. As votações serão realizadas em 27 de novembro

O Diário Oficial do DF desta terça-feira (15/10) define que o mandato dos novos diretores e vice-diretores das escolas públicas será de dois anos. Anteriormente, o período era de três anos. A Lei nº 4.751/2012, que dispõe sobre gestão democrática na rede pública de ensino, teve publicada nesta terça-feira as alterações propostas pelo secretário de Educação, João Pedro Ferraz, e aprovadas pela Câmara Legislativa.

As regras do processo eleitoral foram divulgadas no início de outubro. Agora, os candidatos têm até o dia 21 para formar as chapas e fazer as inscrições para as eleições. As votações serão realizadas em 27 de novembro.

Foto: Agência Brasília/Arquivo

Para sanar dúvidas, para que as eleições ocorram de maneira transparente e democrática, as coordenações regionais de ensino da SEEDF fizeram reuniões com membros das comissões eleitorais durante a primeira quinzena do mês outubro. Nesses encontros, os interessados puderam debater o processo eleitoral que escolherá os novos diretores e vice-diretores.

Uma novidade nesta edição das eleições foi a criação de comitês regionais dentro das coordenações de ensino, formados por servidores das próprias regionais e representantes de sindicatos, pais, responsáveis e estudantes. O grupo vai dar apoio para as comissões eleitorais locais.

Para concorrer aos cargos, as chapas deverão ser formadas por servidores efetivos e ativos das carreiras Magistério Público do Distrito Federal ou de Assistência à Educação do Distrito Federal. Para participar do pleito, também há exigência de que pelo menos um dos candidatos seja professor com mais de três anos de efetivo exercício em sala de aula.

* Com informações da Secretaria de Educação

Portugal prepara para legalizar morte medicamente assistida, a eutanásia

Projetos de lei que autorizam eutanásia serão debatidos e votados hoje. Organizações representativas de médicos e enfermeiros opõem-se aos textos examinados

O Parlamento português examina, nesta quinta-feira (20/2), vários textos a favor da descriminalização da eutanásia, por pouco rejeitada há quase dois anos, mas com muita chance de ser aprovada desta vez.

Cinco projetos de lei que autorizam a “morte medicamente assistida”, um deles apresentado pelo Partido Socialista (PS) no poder, serão debatidos a partir das 15h locais (12h em Brasília) e votados em primeiro turno.

Várias organizações contrárias a esta medida convocaram manifestações na frente da instituição durante o dia.

Em maio de 2018, o Parlamento português rejeitou vários textos sobre o tema, por uma maioria mínima de cinco votos. Desde então, a sigla socialista ganhou peso nas eleições legislativas de outubro passado, o que teria de se refletir em um resultado da votação a favor da eutanásia.

“Acredito que todas as propostas serão adotadas, já que agora temos uma maioria parlamentar favorável à despenalização da eutanásia”, declarou à AFP o neurologista Bruno Maia, dirigente de um movimento em defesa do “direito a morrer dignamente”. Continue lendo

Homem na Lua: há 50 anos, a Apollo 11 era lançada rumo ao satélite da Terra

Há 50 anos, partia da Flórida a missão que mudou a forma como olhamos para o Universo. Desde que o homem pisou em solo lunar, seguimos desbravando o espaço, impulsionados pelos avanços tecnológicos e pela curiosidade de descobrir o que existe além da Terra

Era 16 de julho de 1969. As rádios norte-americanas tocavam sem parar o hit Sugar, sugar, dos Archies; a expectativa do Festival de Woodstock estava no imaginário dos jovens que participariam do lendário evento dali a um mês. No Brasil, os jornais noticiavam que a ditadura militar estudava extinguir o Senado. Já na Inglaterra, David Bowie lançava o LP Space Oddity para coincidir com um fato que mudaria para sempre a relação do homem com o Universo: às 10h32 (horário de Brasília), três homens partiriam da Flórida para conquistar a Lua.

Ao entrar na Apollo 11 um ano antes da invenção dos microcomputadores, Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong realizavam um sonho que sempre acompanhou a humanidade. Desbravar o espaço, ultrapassar os limites da Terra e até, quem sabe, dar de cara com alguma forma de vida eram desejos antigos, expressos em diversas culturas do Ocidente e do Oriente. Mais próximo objeto extraterrestre, a Lua exercia um fascínio especial — praticamente todas as sociedades têm mitologias associadas a ela. Continue lendo