ARTIGO DE DOMINGO: A briga de foice e o estadista

Por Levon Nascimento

Diante do barraco familiar e da briga de foice que tomaram conta de Brasília, eu chego a sentir dó das pessoas que acreditaram estarem votando na nova política e no candidato mais honesto para governar o país. Mas a compaixão passa rapidamente, quando me lembro dessa gente gritando “nossa bandeira jamais será vermelha” e que hoje nem ruboriza a cara na iminência do “lindo pendão da esperança” se tingir de laranja. Salve!

Aliás, PSL significa Partido Somos Laranjas?

Mas pena eu tenho mesmo é daqueles que usaram a religião para espalhar mentiras pelo celular, tipo “Kit Gay e Mamadeira Sexual”, pensando que agradavam a Deus enquanto faziam campanha para o diabo. Capeta, no sentido figurado, é claro, porque eu não sou lunático como quem mistura sermão de pastor e padre com discurso de Alexandre Frota e Olavo de Carvalho.

Era tão falsa a cruzada dessa galera contra a corrupção que nessa quadra não se encontra um pato amarelo da FIESP, uma camisa da CBF ou se ouve uma panela surrada, mesmo com o sumiço do Queiroz, a grana na conta do filho presidencial nº 01 ou a descoberta das candidaturas laranjas que surrupiaram grana do fundo partidário. Sumiram do mapa! Todos de bico fechado, mesmo com o risco de morrerem sem se aposentar. Gado pronto para o abate. Lindas ovelhinhas.

Enquanto a inépcia governa pelo Twitter, ministros loucos em cada área demolem o Estado construído a duras penas e o maior estadista do país se encontra sequestrado nas masmorras medievais de Curitiba.

Lula foi preso por um juiz que não conseguiu elencar uma prova consistente sequer contra ele, mas que foi premiado pelo candidato que ajudou a eleger com o cargo de ministro da Justiça, trancafiando o favorito da eleição. Que ironia! Tudo o que não fez foi justiça.

O homem que colocou o Brasil na sexta posição econômica do mundo, dobrou o número de universitários, pôs filho de pobre na faculdade e reduziu a miséria sem retirar direitos dos pobres e nem incomodar os ricos, preso e sem direito a visitar o velório do próprio irmão. E com base em quê? Apenas em delações de bandidos confessos, os quais hoje estão livres, em suas mansões, gastando a dinheirama que furtaram da Nação. E sendo premiados com o genro na presidência da Caixa.

Lula é um preso político. A síndrome de vira-lata da elite escravocrata induziu o povo a amar um Mazzaropi e a odiar um Mandela. Triste sina.

E antes que eu me esqueça, não adianta chamarem a este que escreve de fanático ou afirmarem que tenho bandido de estimação. Dei-me ao trabalho de ler mais do que memes de WhatsApp para me informar sobre a conjuntura de minha Pátria. Sinto-me honrado de receber tão somente as vaias de quem ainda não se deu conta de que a família Bozo lhe enganou.

#LulaLivre.

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