‘A vacina não é passaporte da imunidade’, alerta infectologista baiano

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A caminhada para vencer o vírus ainda é longa e depende de uma vacinação mais rápida, da manutenção de medidas sanitárias e da conscientização da população. “Nenhuma vacina contra Covid-19 garante 100% de proteção, o indivíduo vacinado pode se contaminar ficar assintomático ou ter a forma leve da doença e assim continuar transmitindo para outras pessoas”, explica o infectologista Adriano Oliveira, que desde o início da pandemia atua na linha de frente de combate ao novo Coronavírus.

“A vacina não é passaporte de imunidade, é fundamental continuar com todos os cuidados como uso de máscara, lavagem de mãos e distanciamento social”, ressalta o médico. Ele também lembra que após a aplicação da vacina, o sistema imunológico leva semanas para produzir a imunidade desejada. Segundo o infectologista, o descontrole da pandemia no Brasil pode ser atribuído a um conjunto de fatores:

“A demora na vacinação, as variantes mais transmissíveis e a mudança de comportamento dos mais jovens, que se soltaram e passaram a se expor como se nada estivesse acontecendo, levaram o Brasil a essa situação atual com tantas centenas de morte por dia”. “O que está faltando para o cidadão entender a situação?”, reflete o infectologista Adriano Oliveira.

“Parece que as pessoas criaram uma insensibilidade à informação, elas normalizam as mortes e insistem em descumprir as medidas sanitárias como se nada estivesse acontecendo”, desabafa o especialista. “Estamos em uma situação de calamidade pública”, afirma o médico. “O vírus parece sempre estar a vários passos a nossa frente”, afirma o médico ao falar sobre as variantes do novo coronavírus.

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