Terrorismo em Brasília: quem é o empresário bolsonarista preso por participar de atos
suspeito divulgou vídeos durante invasão ao Palácio do Planalto
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (3) o empresário Lucimário Benedito Camargo, por participação nos atos de terrorismo do dia 8 de janeiro em Brasília.
Operação Lesa Pátria
A detenção foi parte da quarta fase da operação Lesa Pátria, deflagrada durante a manhã com o objetivo de prender três envolvidos no episódio golpista.
Os policiais envolvidos cumpriram, também, catorze mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos de envolvimento com as invasões aos prédios dos Três Poderes.
Quem é o empresário
Conhecido como “Mário Furacão”, o empresário detido era presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. As informações foram divulgadas pelo portal g1.
Conteúdo golpista
Nas redes sociais, Mário informa que é teólogo, trabalhou como executivo de vendas e, hoje, atua como empresário da empresa Furacão Produtos.
Em seu perfil no Facebook, o suspeito costumava compartilhar conteúdos falsos contestando o resultado da última eleição presidencial e afirmando que Jair Bolsonaro (PL) foi o verdadeiro vencedor do pleito.
Presença nos atos terroristas
Também por meio das redes sociais, Mário Furacão publicou vídeos de si próprio, enrolado em uma bandeira do Brasil invadindo o Palácio do Planalto no último dia 8.
“O povo não vai deixar ladrão governar o mais, nem narcotraficante e muito menos comunista”, diz ele.
“O povo brasileiro subindo a rampa, entrando no Palácio cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, esses covardes”, completa, em outro trecho.
Detalhes da operação
O objetivo da nova investida da PF é prosseguir na apuração para identificar os participantes do atos e pessoas que financiaram ou fomentaram a investida golpista de bolsonaristas.
As medidas são cumpridas em:
- Rondônia;
- Goiás;
- Espírito Santo;
- São Paulo;
- Mato Grosso;
- Distrito Federal.
Crimes investigados
Os envolvidos são investigados, segundo a PF, pelos crimes de:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
-
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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