Sobre a crise dos combustíveis

Por Levon Nascimento

Esqueça um pouco do disco arranhado da corrupção. Vamos discutir o país? Sobre a crise dos combustíveis.

Os governos Lula e Dilma pensavam a Petrobrás pela ótica do interesse do Estado brasileiro, visando o desenvolvimento econômico nacional a longo prazo. Nunca foram comunistas. A lógica era a de um capitalismo moderado (se é que isso seja possível).

Os liberais do PSDB, juntos com Temer, que lhes serve, pensam na Petrobrás como um instrumento de ganhos privados (particulares), servindo às ordens das petroleiras estrangeiras.

Ao assumir a presidência, Temer nomeou o tucano Pedro Parente, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para presidente da Petrobrás.

Ao contrário da época de Dilma, em que a presidência da Petrobrás controlava os preços dos combustíveis até onde era possível (Dilma chegou a ser processada por não deixar a livre concorrência determinar o preço da gasolina), Pedro Parente passou a deixar “o mercado” conduzir os preços.

O interesse do “mercado” é sempre o do lucro dos acionistas, gente rica, muitos estrangeiros, pouco se importando se está caro ou não para os consumidores comuns.

Ou seja, a crise que temos agora é fruto do LIBERALISMO ECONÔMICO que algumas pessoas, equivocadamente, defendem como sendo o “novo” remédio para o país.

O correto é defender o controle público do Brasil sobre suas reservas de combustíveis fósseis, assim como sobre outros setores estratégicos para o desenvolvimento nacional.

Nada de intervenção militar, que não resolveria os problemas econômicos da Nação. Nada de histeria e maluquice. A saída é pela democracia e por eleições livres, com a participação de todos os partidos políticos, expondo com clareza o projeto de cada um para o Brasil.

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