Deputado propõe que casa de Barão de Jeremoabo se torne patrimônio cultural

Cícero Dantas Martins chegou a ser o maior proprietário de terras do Nordeste, tendo 61 fazendas espalhadas pela Bahia e Sergipe

Casa do Barão de Jeremoabo Reprodução – João de Souza Lima

O deputado estadual Jacó (PT) apresentou ao legislativo, um projeto de lei (PL) em que propõe tornar a casa onde nasceu o Barão de Jeremoabo, na Fazenda Caritá, no município de Jeremoabo (BA), patrimônio cultural imaterial.

O PL, de número 23.398/2019, demanda também a recuperação do prédio histórico e traz em sua justificativa um texto do estudioso Roberto Ventura, professor de Teoria Literária na Universidade de São Paulo (USP) e autor de ‘Estilo Tropical’, um livro que aborda a história cultural brasileira entre 1870 e 1914.

No livro, segundo o deputado, há referências a Cícero Dantas Martins (o Barão de Jeremoabo) em obras de autores consagrados como Euclides da Cunha e o peruano Mario Vargas Llosa, que no romance ‘A Guerra do Mundo’ (baseado na Guerra de Canudos) cria a figura do Barão de Canabrava, inspirada no Barão de Jeremoabo, conforme o professor.

Cícero Dantas Martins nasceu em 1838; formado em Ciências Sociais e Jurídicas no Recife (PE), recebeu o título de barão do imperador D. Pedro II. Ele chegou a ser o maior fazendeiro de todo nordeste, e teve 61 propriedades rurais espalhadas pelos estados da Bahia e Sergipe. O Barão de Jeremoabo também teve uma extensa carreira política, sendo deputado pela Bahia, por quatro legislaturas e senador da província em 1891; Cícero Dantas faleceu em 1903 na cidade de Bom Conselho, que hoje leva o seu nome.

Redação de Sertão em Pauta, com informações de AL-BA.

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