Criminalidade envolvendo a juventude em Eunápolis vira tragédia social

Fenômeno nacional chegou de vez ao interior da Bahia, consequência da desordem familiar, desemprego e facilidade para aderir ao crime. Drogas, produtos roubados e armas têm um mercado crescente e efetivo.

Em busca de um lugar ao sol, mas por um caminho sem volta, a juventude de Eunápolis (rapazes e moças), no extremo sul, segue a tendência nacional e vai traçando um destino previsível ao entrar para o mundo do crime e das drogas:

1 – A maioria morre muito cedo, vítima da violência;

2 – Os jovens acabam sujando a folha corrida criando dificuldades para conseguir um emprego;

3 – Os estudos e a capacitação profissional são deixados de lado;

4 – Mulheres jovens acabam se tornando mães dentro do crime, submetendo os filhos ao futuro sombrio de doenças, orfanatos e adoções;

5 – Apesar de desestruturadas, na maioria das vezes, as famílias dos jovens criminosos sofrem as consequências e até mesmo violência também.

Por sua vez, o poder público enxuga gelo:

1 – Não há políticas públicas eficientes, multidisciplinar, visando a transformação da realidade;

2 – O ambiente de violência só faz crescer, estabelecendo uma pena de morte “extraoficial”, executada pelos próprios criminosos ou pelo Estado, com policiais acuados entre matar ou morrer;

3- O assistencialismo da prefeitura por meio de programa sociais é ineficaz e só condiciona as famílias;

4 – A sociedade civil faz barulho, mas adota uma postura passiva, até de cumplicidade com a marginalidade;

5 – O fracasso da política de segurança pública acaba levando as cidades à formar milícias, que viram algozes da sociedade que as criam. Vamos torcer para que Eunápolis não vá por este caminho.

Passou da hora de começar o debate sobre o futuro sombrio da juventude diante da criminalidade crescente.

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