Condeúba: Povoados da Feirinha e Mandassaia são elevados a Distritos

A Sessão Itinerante da Câmara Municipal de Condeúba, foi realizada no Povoado da Mandassaia na Escola Municipal Aristides Carvalho na noite desta quinta feira dia 9 de junho de 2016, data em que os Povoados da Feirinha e Mandassaia foram elevados a Distritos, neles ainda se encontram fortes aspectos da antiguidade como casas de adobe, eira, bibeira dentre outros. O município de Condeúba agora passa a ter 3 Distritos, pois já tinha o Alegre.

Na mesma Sessão Itinerante da Câmara, foi feito uma abertura para o lançamento do livro intitulado “Memórias de um Sonhador” de autoria do jovem Edson Pereira Silveira, que é nascido e ainda mora no próprio Povoado da Mandassaia.

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Estiveram prestigiando a Sessão, o Prefeito Guto com sua esposa Néia, a vice-Prefeita Jesuína e seu esposo Etelvino, os Secretários municipais, de Finanças Leonardo, da Administração Décio, da Agricultura Chico Lima, da Saúde Fernando Coutinho, da Educação Nalvinha e da Cultura Oclides além dos poetas e escritores Edson Pereira Silveira e Antonio Santana.

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Dados Estruturais

O atual Distrito da Feirinha conta com a seguinte estrutura: Tem 50 famílias e 172 pessoas, os quais vivem da pecuária, comercio, industrias de cachaça e rapadura, possui uma Igreja Católica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que foi construída em 1994, diga-se de passagem, que a maior parte da população local é católica, muito embora já existam outras denominações religiosas na sede e adjacências.

Tem também a Escola Municipal Deputado Adelmario Pinheiro que foi construída em 31/03/1969, pelos pedreiros José de Avelar e Amadeus. Tem também um anexo do Colégio Estadual.

Em 2007 foi construído o primeiro PSF – Posto de Saúde da Família, cujo Secretário de Saúde da época era Oclides da Silveira. Tem também um campo de futebol, uma quadra esportiva e a cobertura onde funciona a feira livre aos domingos, além do Mercado Municipal. Todos esses benefícios foram feitos pelo então Prefeito Odílio da Silveira. A energia elétrica foi instalada no Povoado da Feirinha em julho de 1988. Tem ainda o Cemitério Municipal na Fazenda Grama.

História da Feirinha0001

Francisco Xavier da Costa (Senhor de escravos) foi o pai de Joaquim Alves da Costa – que nasceu em 1847. Teve as filhas Generosa (Mocinha) foi casada com Sr. Manoel Batista de Oliveira mais conhecido como (Neco Batista) e Ilidia da Exaltação de Jesus que foi casada com o Sr. Firmino Alves de Souza (Firmininho). Tiveram os filhos: Zé de Firmino, Nano, Bino, Nelson. Filhas: Santa, Dionila Batista Alves, Viúva de José Batista e casou-se em segunda união com João Alves, Diomara que foi casada com Firminão, Enedina Alves Batista que foi casada com Claudionor Batista de Oliveira (Nô Batista), Graça casada com Antonio e Nenza de (Quelé).

A Senhora Enedina (popular Dina) esposa de Nô Batista, moraram quando casados de novo, na Casa Grande que foi construída pelos escravos e lá ela ouvia a noite barulhos de tampas de panelas sendo lavadas, pessoas amolando foice, enxada, machado, (socavam) pisavam no pilão café, arroz e milho. A Casa Grande ficou assombrada depois que retiraram os escravos de lá, afirmaram moradores mais idosos que residem no local.

Negros

Os negros que viveram na época da escravidão eram confinados na chamada e conhecida Casa Grande situada há um quilômetro acima do então Povoado da Feirinha. Com a criação da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1.888 e a conseqüente abolição da escravatura, naquela oportunidade, os negros da Casa Grande se dividiram em dois grupos uns desceram e criaram a Comunidade do Grama, localizada nas margens do Rio do Morro, distante há dois quilômetros da antiga sede escravocrata. Outros negros subiram e se instalaram nas margens do Rio Areal onde formou a Comunidade do Areal.

Muitos anos depois os filhos, netos e bisnetos dos senhores de engenho que escravizavam os negros liderados pelo Sr. Manoel Batista de Oliveira (Neco Batista), que em desavenças com seus parentes desceu um quilômetro da Casa Grande e construiu pra ele um casarão seguido de outras casas menores residenciais e comerciais para cada um dos seus seis filhos, assim, foi fundado a Feirinha de “Neco Batista” por volta de 1925, implantando lá a feira livre aos domingos e contra a vontade da família Costa que eram os patriarcas donos das terras.

Desta feita, acabaram com a feira livre que existia aos sábados na Casa Grande. A Feirinha foi crescendo até passou a ser Povoado da Feirinha que está situado há 18 quilômetros da sede de Condeúba.

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