Coluna da Folha deste sábado: Briga entre poderes não é boa pra ninguém

O Presidente da República Jair Bolsonaro e o Presidente da Câmara dos Deputados Federais Rodrigo Maia

Após a saída do ministro Luiz Henrique Mandetta e entrada do novo ministro Nelson Teich, o presidente Jair Bolsonaro que vinha direcionando artilharia contra seu ministro da Saúde reposicionou seus petardos, desta vez passou a atacar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Jair Bolsonaro possui a sua caneta do executivo que tem muito poder, porém Rodrigo Maia também tem suas atribuições que naturalmente podem inviabilizar o governo Bolsonaro, seja através da aprovação de pautas-bomba, seja admitindo um pedido de impeachment. A última pauta-bomba da Câmara dos Deputados foi a aprovação de um socorro financeiro a estados e municípios, que somada às outras ações do governo federal atingem o valor de R$ 800 bilhões, o que seria economizado em dez anos com a reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado.

Rodrigo Maia é um político tradicional com questões que podem inviabilizá-lo politicamente, e se porventura ele avançar com a tentativa de derrubar o presidente Jair Bolsonaro, pode ser dragado junto com o chefe do executivo. Não custa lembrar que Eduardo Cunha foi o grande artífice do impeachment de Dilma Rousseff na condição de presidente da Câmara dos Deputados e seu destino foi a cadeia após derrubar a então presidente. Roberto Jefferson, delator do mensalão, que foi o início da derrocada do PT, teve como fim a prisão, que foi o mesmo destino de Lula e de demais figurões do PT.

Portanto, o melhor caminho para Rodrigo Maia, Jair Bolsonaro, Davi Alcolumbre e demais atores da nossa república é o entendimento e não a demonstração de força e de poder de cada um que poderá levar o Brasil para uma crise institucional muito pior do que a que estamos enfrentando na luta contra a Covid-19.

Arquivo – O ministro Marco Aurélio, do STF, determinou o arquivamento da notícia-crime de seis partidos de oposição contra Jair Bolsonaro, sobre o suposto cometimento de quatro crimes por atos e comportamentos na pandemia do novo coronavírus. “Ausentes elementos, nos fatos narrados e no contexto fático, indicativos do cometimento de infração penal pelo Presidente da República”, concluiu Marco Aurélio.

Rachadinha – O ministro Felix Fischer, do STJ, negou pedido do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) para suspender investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro que apura um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia do Rio.

Mais Brasil – O deputado Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara dos Deputados e presidente nacional do Republicanos, questionou em qual Paulo Guedes deve se acreditar, aquele que defendia Mais Brasil, menos Brasília ou o que critica a ajuda aos estados e municípios?

Live – O prefeito de Petrolina Miguel Coelho e o senador Fernando Bezerra Coelho realizaram ontem uma live pelo Instagram, aderindo a nova moda neste período de quarentena. Eles discutiram as ações do município e do governo federal no combate à Covid-19.

Inocente quer saber – O PLP 149 sem contrapartidas aos estados e municípios é o melhor caminho para vencer a crise?

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