Senado: PEC do fim da reeleição pode ser discutida na próxima semana
Além do fim da reeleição, texto em tramitação no Senado aumenta mandatos de eleitos para cinco e dez anos e unifica ano de eleições

Além do fim da reeleição para cargos do Poder Executivo, a PEC também amplia para cinco anos o mandato de presidente da República, prefeitos, governadores, deputados federais, estaduais e distritais. Já o mandato de senadores passaria de oito para dez anos.
Com os novos tempos de mandato, o texto unifica as datas das eleições gerais, para que todos os cargos, nacionais ou locais, sejam eleitos no mesmo ano.
Transição para novo modelo
A PEC propõe uma transição gradual de 2026 até 2030 para a adoção das novas regras.
Nas eleições presidenciais do próximo ano, os senadores eleitos terão mandato de 9 anos para viabilizar a coincidência dos pleitos seguintes. Presidente e governadores eleitos para primeiro mandato ainda terão reeleição permitia.
Por sua vez, os prefeitos eleitos no pleito municipal de 2028 terão mandato de apenas dois anos para também permitir a coincidência com a primeira eleição unificada, planejada para 2030. Os chefes do Executivo municipal eleitos em primeiro mandato em 2028 também poderão concorrer à reeleição.
Fim da reeleição
No relatório apresentado por Castro, o senador defende que “a experiência acumulada em quase trinta anos de vigência da regra da reeleição não correspondeu às expectativas que conduziram à mudança”.
Para o parlamentar, ao invés de possibilitar a recondução de mandatos bem sucedidos, a reeleição hoje estimula os chefes do Poder Executivo a aderirem “agendas imediatistas, de fácil retorno eleitoral, em prejuízo de projetos estruturantes, de longa maturação, apesar de preferíveis, sob qualquer critério técnico”.
Para Castro, a unificação das eleições gerais e municipais tem dois benefícios principais:
- Economia dos recursos públicos usados para financiamento de campanha;
- Ganho de ordem e previsibilidade para partidos, mandatários e eleitores (planejamento de estratégias de governo e oposição, avaliação dos mandatários pelos eleitores).
“Adotado esse modelo, com as necessárias regras de transição, teremos uma evolução gradual para o quadro definitivo, sem atropelos e com segurança jurídica, respeitando, inclusive, as expectativas de direito daqueles que foram eleitos para um primeiro mandato”, defende o senador.