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Cerca de 200 baianos já foram testados com a vacina de Oxford contra Covid-19

Por TV Bahia

Cerca de 200 baianos foram testados com a vacina contra a Covid-19 idealizada pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A informação foi divulgada pela pesquisadora-chefe dos testes clínicos da vacina no Brasil, Suen Ann Costa Clemmens.

Saiba mais sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford
“Já temos cerca de 200 vacinados, incluindo o dia de hoje [quinta-feira], na Bahia, mais de 1.700 no Brasil. As pessoas são voluntárias e tem que ser soronegativas, ou seja, não ter exposição ao vírus, não ter tido a doença. [Tem que ter] entre 18 e 55 anos, adultos, com alta exposição ao vírus”, explicou a pesquisadora sobre o perfil dos voluntários.

A nutricionista Thiana Paiva, uma da voluntárias que já foram testadas, afirma que antes da vacinação ela foi atendida por um médico, que explicou que ela não poderia doar sangue por um ano e nem engravidar.

“No primeiro dia, a gente passa pelo médico ele explica todo o processo que vai ser feito, quantas vezes a gente vai ter que voltar lá, quais os exames que vai ter que fazer, explica também que a gente não pode doar sangue durante um ano e explica que a paciente não pode engravidar”, contou a nutricionista.

O teste da vacina no Brasil foi autorizado pela Anvisa no dia 2 de junho. Dos 5 mil voluntários brasileiros, 1.500 são baianos, principalmente profissionais de saúde, que não tiveram a covid-19.

Essa é a terceira e última fase da testagem, e nela os pesquisadores querem saber o grau de eficácia e segurança da vacina. “A gente espera que temos que aprovar isso antes do final do ano. Daí tem a parte do registro, o registro deve ser feito primariamente no país de origem e acredita que se provar esse ano o registro deva ser feito rapidamente e  em seguida será feita no Brasil, em paralelo, seja feito, para que a gente tenha acesso a essa vacina”, explicou Suen Ann Costa Clemmens.

Secretário adianta pontos da estratégia de vacinação para covid-19

Foto – Divulgação

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, adiantou nesta quarta-feira (5) a preparação está sendo feita para a estratégia nacional de imunização de brasileiros quando a vacina contra a covid-19 estiver disponível no país. O assunto foi discutido na Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o enfrentamento à pandemia. Segundo Correia, está sendo feito o mesmo cálculo usado para a vacina contra influenza, cerca de 100 milhões de doses no país.

O secretário disse que, tendo em vista as taxas de letalidade desse grupo, idosos e pessoas com comorbidades, como cardiopatia e obesidade, estarão entre os primeiros a receber a vacina. Também estarão no grupo prioritário os profissionais de saúde. As primeiras 30,4 milhões de doses vão chegar em dois lotes: metade, 15,2 milhões, em dezembro e a mesma quantidade em janeiro. “Com o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões brasileiros vacinados para covid-19 e possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso país”, disse Arnaldo Correia.

Além desses dois lotes, mais 70 milhões de unidades da vacina serão disponibilizadas gradativamente, a partir de março de 2021. O medicamento está sendo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em conjunto com a Universidade de Oxford, e já se encontra em fase de testes clínicos em vários países, incluindo o Brasil.

Um acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a biofarmacêutica prevê que, antes do término dos ensaios clínicos, o que representaria 15% do quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de US$ 127 milhões. A negociação garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, tenha condições de produzir a vacina de forma independente.