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CASSAÇÃO: Tribunal especial forma maioria para cassar mandato de Witzel

Os deputados e desembargadores que compõem o colegiado ainda analisarão se ele terá os direitos políticos cassados por até cinco anos

Cerimônia de transmissão de cargo do governador Wilson Witzel e seu vice Cláudio Castro no Palácio Guanabara em Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

O Tribunal Misto formou maioria nesta sexta-feira, 30, para confirmar o impeachment do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC). Acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia, Witzel já estava afastado do cargo até o fim do ano por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com o impeachment – o primeiro de um mandatário estadual na Nova República -, ele está definitivamente fora do Palácio Guanabara.

Os cinco deputados e cinco desembargadores que compõem o colegiado ainda analisarão se ele terá os direitos políticos cassados por até cinco anos. Na votação sobre o impeachment, que continua em andamento, o resultado já teve os sete votos necessários para a derrota de Witzel – até aqui, ninguém votou pela absolvição. O governador não compareceu à sessão; foi representado por seus advogados.

Enquanto as denúncias criminais que estão no STJ envolvem uma série de acusações de corrupção e lavagem de dinheiro – são, ao todo, quatro peças acusatórias -, o impeachment em si abarca atos que poderiam configurar crime de responsabilidade. São eles: a requalificação da empresa Unir Saúde para firmar contratos com o Estado, assinada por Witzel em março de 2020; e a contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha anunciados pelo governo no início da pandemia.

Por trás das duas organizações sociais estaria o empresário Mário Peixoto, preso pela Operação Favorito em maio de 2020. A acusação do impeachment alegou que os atos administrativos de Witzel tinham como intuito beneficiar o esquema de corrupção colocado em curso por Peixoto, que mantém relações com os governos do Rio desde os tempos de Sérgio Cabral (MDB, 2007-2014), e outros empresários e agentes políticos.

“A questão central sob a ótica do crime de responsabilidade não é definir quem era o detentor último do poder decisório da estrutura da Unir, e sim que a requalificação da Unir foi ato ímprobo, que não atendeu ao interesse público”, afirmou o deputado Luiz Paulo (Cidadania), representando a acusação. Foi dele o pedido que resultou na abertura do processo, em junho do ano passado. Continue lendo

Novo governo com a velha política das cleptocracias brasileiras. Dilma pode ocupar cargos públicos (decidiu o Senado).

Brasília - DF, 31/08/2016. Presidente da República Michel Temer recebe notificação do Senado. Foto: Beto Barata/PR
Foto: Beto Barata/PR – Presidente interino da República Michel Temer recebe notificação do Senado. 

Por Luiz Flávio Gomes

Temer assume definitivamente o governo e novamente não está se comprometendo com o efetivo combate à corrupção sistêmica no país. Nem tampouco, até aqui, externou qualquer tipo de apoio à Lava Jato. Continuamos sem encontrar um governante sério que dê vida para as palavras de Ulysses Guimarães, que dizia:

“A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública”. Continue lendo

Após impeachment, Senado não cassa os direitos políticos de Dilma

Dilma-BB-300x169O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovado nesta quarta-feira( 31) no Senado. Sessenta e um senadores votaram a favor do impedimento da petista, alegando crime de responsabilidade fiscal. Vinte foram contra. No entanto, na segunda votação no plenário, os senadores mantiveram os direitos políticos de Dilma.

O resultado da votação foi de 42 votos a favor da cassação, 36 contra e três abstenções. Para que Dilma ficasse inelegível por oito anos, era necessário que dois terços do Senado, ou seja, 54 senadores votassem pela inabilitação.

Essa definição já era esperada até mesmo por aliados da petista, pois ela junto a Luís Inácio Lula de Silva tentaram angariar votos de alguns senadores indecisos, mas não foi o suficiente para evitar o afastamento definitivo.

Com a aprovação do impeachment, o peemedebista Michel Temer tomará posse ainda hoje sendo efetivado no cargo de presidente do Brasil. Em seguida, ele viaja para a China, onde vai participar do encontro do G-20.

SÓ PARA REFLETIR!!!!

Dilma Rousseff (PT) foi eleita com 54 milhões de votos.                                                                   Michel Temer (PMDB) eleito com 363+61 = 424 votos. E viva a Democracia Brasileira!!!

Julgamento do impeachment inicia semana da vergonha nacional, diz Lula

Lula láO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “semana da vergonha nacional” o início do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, que começa nesta quinta-feira (25).

Ele participou nesta manhã de um encontro com trabalhadores e sindicalistas anunciado como um ato “em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos”, no município de Niterói, na região metropolitana do Rio. Continue lendo

Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes, diz Dilma em pronunciamento

DilmaCercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) fez um pronunciamento à imprensa e classificou o processo contra ela de “impeachment fraudulento”. Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a “maior das brutalidades que pode ser cometida”. Continue lendo

Impeachment sem crime, poder sem povo

EveraldoO Brasil vive momentos importantes da sua história. Temos uma vida democrática recente e essa democracia, que tanto custou ao povo brasileiro, está seriamente ameaçada. Há uma conjunção de forças políticas e de interesses, dentro e fora do Brasil, que conspiram contra uma presidente eleita com 54 milhões de votos há pouco mais de um ano. Um consórcio oposicionista, formado por setores que exigem o retorno da ditadura militar, por órgãos da mídia monopolista e partidos derrotados nas últimas eleições, ancorados num poder paralelo existente dentro da própria estrutura do Estado e, numa maioria parlamentar fisiológica, desenvolve campanha sem trégua para justificar o afastamento da presidenta. Almejam eles interromper o mandato e alçar ao poder o vice, representante do partido que está há doze anos ocupando parcelas significativas dos ministérios, cargos públicos e direção de estatais. Querem tirar uma presidenta séria, honesta e coroada pelas urnas para colocar no lugar o vice sem voto, denunciado em vários inquéritos da Lava-Jato e cercado de personagens processados por corrupção. Continue lendo

61% apoiam o impeachment de Dilma e 58%, de Temer, diz pesquisa

A maioria da população brasileira apoia não só o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas também do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (9), pela Folha de S. Paulo, 60% apoiam a renúncia da petista e do peemedebista.

Mesmo assim, o apoio ao impeachment de Dilma caiu de 68% para 61% entre abril e março. Entre os entrevistados, 58% esperam a saída do vice-presidente, enquanto 28% defendem sua permanência no Palácio do Planalto.

No caso de vacância dos dois maiores cargos do Executivo, 79% dos brasileiros esperam que seja feita uma nova eleição, enquanto 16% são contrários a essa alternativa. A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 7 e 8 de abril, com 2.779 pessoas de 170 municípios.

Corrupção corroeu LuloPetismo, seus sucessores também são.

Por Luiz Flávio Gomes

Groucho Marx afirmou que “é difícil fazer previsões, sobretudo quando dizem respeito ao futuro” (grifei). Mas as ruas deram seu recado: Basta! Chega de corrupção! Mais: o maior partido hoje no Brasil se chama “Lava Jato”. Se Dilma sair por renúncia ou impeachment quem assume é o PMDB. O problema da corrupção vai continuar ou se agravar.

Mais: não há como confiar numa decisão rápida do TSE (para cassar a chapa Dilma/Temer). Gilmar Mendes vai assumir sua presidência e já se posicionou: o processo é lento. Mais ainda com Temer na presidência. Continue lendo