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Valec e Bamin fazem visita técnica em trecho da Fiol e obras devem ser retomadas em breve

Foto: Divulgação/Valec

Durante a última semana, equipes da Valec e da Bamin fizeram uma visita técnica ao trecho ferroviário leiloado em abril deste ano, a Fiol I. A assinatura do contrato está marcada para o final do mês de agosto, mas a equipe técnica da estatal, liderada pelo diretor de Negócios, Jeferson Cheriegate, promoveu a visita para dar início aos trâmites de transferência do ativo à subconcessionária.

O trecho ferroviário em questão, denominado Fiol I, vai de Ilhéus a Caetité e foi arrematado pela mineradora Bamin pelo valor de outorga de R$ 32,7 mi. A expectativa é que as obras sejam retomadas em breve, gerando empregos e movimentando de imediato a economia. Para Cheriegate, trata-se de um momento marcante, especialmente para a área de negócios, criada recentemente na Valec.

“Após anos trabalhando nesta obra, nossa empresa consegue vislumbrar a concretização deste grande ativo de infraestrutura. Como concessionária, a Valec tem um papel importante não só do ponto de vista contratual, mas na transmissão do conhecimento que adquirimos nesses quase 50 anos de dedicação ao setor ferroviário, e é isso que estamos fazendo aqui”.

‘Fiol vai trazer dinheiro que nunca vimos’, diz presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral

Foto – Wilker Porto 

Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), a mineração baiana chegou ao mês de outubro com um crescimento de 63% desde janeiro. Além disso, há sinal de que ainda há muito o que crescer: estão previstos R$ 70 bilhões em novos investimentos no setor nos próximos três anos. De acordo com informações do Correio da Bahia, o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM),

Antonio Carlos Tramm, explicou que para tornar todo o potencial do subsolo realidade falta apenas a infraestrutura para escoar a produção das áreas de lavras para os portos. “A Fiol vai trazer toda a produção mineral da Bahia, uma boa parte que só depende mesmo da ferrovia para começar acontecer, diretamente para o porto”, projeta.

Segundo Tramm, com a Fiol em operação, a geração de royalties da mineração (Cfem) pela produção de minério de ferro, que hoje é próxima de zero, pode chegar aos R$ 500 milhões por ano. “Com a nossa Fiol começando a funcionar razoavelmente, nem precisa funcionar 100%, a Bahia vai ter uma contribuição em torno de R$ 500 milhões. É um dinheiro que nós nunca vimos antes. Hoje é zero porque nós não temos logística. Não se transporta minério para exportação em kombis”, ressalta.