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Funcionários da Ford realizam protesto contra fechamento de fábrica em Camaçari

Foto: Reprodução/TV Bahia

Trabalhadores da Ford protestam contra o fechamento da fábrica da montadora em Camaçari, região metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira (12). Na segunda (11), a montadora anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil após um século (veja aqui). Depois do protesto na sede da fábrica, o grupo seguiu em carreata para o Centro Administrativo de Camaçari.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Júlio Bonfim, durante uma reunião com o presidente da Ford na América do Sul, a empresa informou que a decisão de encerramento da produção foi tomada por causa da instabilidade econômica do país.

“Ontem eu tive uma convocação por parte da Ford e nessa reunião, eu esperava que a tratativa era referente aos 460 trabalhadores da Ford que estavam suspensos por contrato em lay-off [suspensão temporária]. Mas fomos surpreendidos por um anúncio, por parte do presidente América do Sul, informando da instabilidade econômica do país e a incerteza econômica do país por parte do governo federal, isso dito pelo próprio presidente América do Sul da Ford. E também a questão do coronavírus impactou diretamente no encerramento das atividades da Ford”, contou Júlio.

Por meio de nota, o Ministério da Economia afirmou que lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. Disse ainda que a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país; que muitos registram resultados superiores ao período pré-crise.

Com o encerramento das atividades no Brasil, a Ford também fechará as fábricas de Taubaté (SP) e Horizonte (CE), além de Camaçari. De acordo com o presidente do sindicato, o impacto será da perda de emprego de 12 mil trabalhadores diretos. No entanto, a Ford alega que serão cinco mil empregos afetados.

Desemprego é recorde e atinge 14,1 milhões de brasileiros

Foto: Agência O Globo

O desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde de 14,6% no trimestre encerrado em setembro, afetando 14,1 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o G1, o índice de 14,6% corresponde a um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao 2º trimestre (13,3%), e de 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado (11,8%). “Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas.

Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país”, informou o IBGE. O resultado do 3º trimestre ficou ligeiramente abaixo do estimado em pesquisa da Reuters junto a especialistas, de 14,9%. O desemprego vem renovando recordes desde julho no país, à medida em que os trabalhadores que perderam sua ocupação na pandemia começam a buscar um emprego após o relaxamento das medidas de restrição.