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Cirurgia inédita no SUS em São José do Rio Preto/SP., cortou o elo entre bebês

Ainda no útero da mãe, a menina supria suas necessidades e as do irmão gêmeo, que não se desenvolveu

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Iris Fernanda Pinto Oliveira de Andrade, agora esperançosa após a cirurgia que salvou a vida da bebê, vai começar a preparar o enxoval da filha Kariny Rebeca

Uma cirurgia devolveu a esperança para aos pais de Kariny Rebeca, que ainda está na barriga da mãe. Quando estava na 20ª semana de gestação, a dona de casa Iris Fernanda Pinto de Oliveira de Andrade, 32 anos, descobriu que estava gerando gêmeos, mas um deles não havia se desenvolvido e estava prejudicando a bebê saudável.

Por isso, precisou passar por uma fetoscopia para interromper o fluxo sanguíneo para a massa. Caso contrário, o coração de Kariny não daria conta de suprir suas necessidades e a do feto não desenvolvido e ela poderia morrer. O procedimento foi realizado no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) pela primeira vez no SUS de Rio Preto no último dia 11. “Foi uma surpresa triste. Eu não esperava engravidar porque tenho endometriose. Foi dolorido, eu chorei. Era uma vida, mas a gente tem que aceitar a vontade de Deus, nada é do jeito que a gente quer”, considera a mãe.

A cirurgia foi possível graças a um equipamento que chegou no ano passado ao HCM. Na operação, interrompe-se o fluxo sanguíneo do feto saudável para o que não se desenvolveu, que após o procedimento vai diminuindo de tamanho – pois não recebe mais sangue – e é retirado no momento do parto. “Introduzimos uma câmera pequena dentro do útero. Ela e o ultrassom, que é realizado ao mesmo tempo, permitem que a gente identifique o local correto em que os vasos devem ser cauterizados. A fibra de laser que faz a cauterização passa junto com a câmera”, explica a especialista em medicina fetal Cristiane de Moraes Dias. O procedimento leva de 40 minutos a duas horas. Continue lendo