Categoria: Condeúba

Mulher suspeita de financiar atos terroristas em Brasília é presa no RJ

Polícia já prendeu dois possíveis financiadores no RJ; um terceiro está foragido

Mulher é acusada de financiar atos terroristas em Brasília (AP Photo/Eraldo Peres, File)
Mulher é acusada de financiar atos terroristas em Brasília (AP Photo/Eraldo Peres, File)
  • Mulher de 48 anos foi presa após se entregar em uma delegacia de Campos dos Goytacazes, no Rio

  • Ela é acusada de ser uma das financiadoras dos atos terroristas do último dia 8, em Brasília
  • Júnior Bombeiro também foi preso, e um terceiro investigado no Rio de Janeiro segue foragido

Uma mulher de 48 anos foi presa na noite de segunda-feira (16) em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, acusada de financiar os atos terroristas do último dia 8 em Brasília.

Elizângela Cunha Pimentel Braga se entregou em uma delegacia após se tornar um dos três alvos da Polícia Federal (PF) em operação para deter no Rio envolvidos no episódio golpista que resultou na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes na capital federal.

Além da mulher, Roberto Henrique de Souza Júnior, conhecido como Júnior Bombeiro, foi detido também na segunda. A terceira pessoa segue foragida.

A PF explicou que a investigação tenta identificar lideranças locais que bloquearam rodovias que passam pelo Rio. Na ação, foram apreendidos celulares, computadores e diversos documentos.

Lideranças cariocas em manifestações golpistas

Elizângela, Júnior e o terceiro investigado são acusados de financiar “atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas”.

Além da verba destinada ao episódio, eles teriam liderado bloqueios de estradas e manifestações em frente a quarteis generais em território carioca.

Segundo informações do jornal O Globo, os mandados dos três estão sob sigilo, e a Polícia Federal não detalhou as ações de cada um.

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Suspeito de financiar atos terroristas foi condenado por atacar médicos na pandemia

Publicitário fez ataques públicos a profissionais que defendiam medidas estabelecidas pela ciência

Genival é bolsonarista e suspeito de financiar atos terroristas em Brasília - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Genival é bolsonarista e suspeito de financiar atos terroristas em Brasília – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Suspeito de financiar os atos terroristas ocorridos no último dia 8, em Brasília, Genival José da Silva já foi condenado na Justiça de São Paulo em duas oportunidades por atacar médicos durante a pandemia de Covid-19.

O publicitário de 69 anos foi condenado a pagar um total de R$ 25 mil por ofensas aos profissionais realizadas nas redes sociais, segundo informações do portal UOL.

Os médicos atacados por Genival são:

  • Benedito Carlos Maciel, então superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP
  • Ulysses Strogoff de Matos, então médico assistente da Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) do HC

Entenda as condenações:

Primeiro processo

Em agosto de 2020, Genival foi condenado a pagar R$ 30 mil em danos morais a Benedito, por ofensas feitas após uma entrevista em que o médico defendia o distanciamento social e recomendava o uso apenas de medicamentos com comprovação científica no combate à Covid-19. Após recorrer, conseguiu diminuir o valor da multa para R$ 15 mil.

Genival disse que:

  • A classe médica estava “podre”
  • Benedito era um dos responsáveis por uma “carnificina mórbida, macabra e desumana”
  • Os médicos estavam “matando em nome de ambições políticas”
  • Era “comprovado cientificamente” que as máscaras prejudicam a saúde

Em sua defesa, o publicitário citou a profissão para dizer que era alguém “dotado de conhecimento e informações” e que sofria a angústia de ter um ente doente que, segundo ele, morreu por negligência da classe médica.

Sobre os ataques, afirmou que “a liberdade de expressão foi um dos maiores direitos conquistados pelo povo brasileiro após o fim do regime militar”.

Segundo processo

Tempos depois, Genival foi condenado a pagar R$ 10 mil a Ulysses também por ataques feitos ao médico após entrevista na qual o profissional recomendava o distanciamento social e medidas que impediam acesso aos locais públicos em Ribeirão Preto.

Genival chamou Ulysses de:

  • Petralha
  • Médico sem caráter

À Justiça, o publicitário afirmou que era uma pessoa “esclarecida” e “idônea” e que apenas exerceu seu papel de “cidadão crítico” ao exercer o “direito constitucional de livre pensamento”.

Ambos os processos transitam em julgado, o que significa que Genival não pode recorrer dos mérito das decisões.

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

8 de janeiro foi ‘começo de um golpe’ com ‘ordens de Bolsonaro’, diz Lula

Lula acredita que Bolsonaro sabia da intenção dos apoiadores bolsonaristas de tentar um golpe de estado com os atos de 8 de janeiro. (Foto: Sergio Lima / AFP via Getty Images)
Lula acredita que Bolsonaro sabia da intenção dos apoiadores bolsonaristas de tentar um golpe de estado com os atos de 8 de janeiro. (Foto: Sergio Lima / AFP via Getty Images)
Os atos golpistas e violentos praticados bolsonaristas em Brasília foram o início de golpe de Estado. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acredita que os ataques aos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) foram consequência de ordens e orientações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Fiquei com a impressão de que (os ataques do dia 8 de janeiro) era um começo de golpe. De que aquelas pessoas estavam acatando ordem, orientação do Bolsonaro e fazendo o que Bolsonaro sempre pediu. Ele (Bolsonaro) falou muito tempo em invadir a Suprema Corte, falou por muitas vezes do povo se armar”, afirmou Lula, em entrevista à GloboNews.

Lula apontou ainda que as ações de Bolsonaro tomadas após a derrota nas eleições presidenciais de 2022 indicavam que o ex-presidente tinha conhecimento dos planos de uma possível tentativa de golpe de estado.

O ex-presidente decidiu se calar. Desde o fim do segundo turno, Bolsonaro assumiu uma postura reclusa e muito diferente da que teve durante seus quatro anos de governo.

Evitou aparições públicas, fez poucos pronunciamentos para apoiadores, abandonou as tradicionais transmissões lives nas redes sociais e, até agora, não reconheceu a vitória de Lula.

No fim de dezembro, o ex-presidente decidiu ir para Miami, nos Estados Unidos, onde segue enclausurado. A cerimônia de posse de Lula, no dia 1º de janeiro, ocorreu sem a simbólica troca da faixa presidencial, quando o presidente que deixa o cargo passa o item ao presidente eleito e diplomado.

“Essa decisão dele ficar quieto, de não passar a faixa, de fugir para Miami como se estivesse com medo de algo, me dá a impressão de que ele sabia (dos planos dos atos). Talvez ele estivesse pensando em voltar para o Brasil na glória de um golpe de estado”, completa Lula.

Lula acredita que Bolsonaro sabia da intenção dos apoiadores bolsonaristas de tentar um golpe de estado com os atos de 8 de janeiro. (Foto: REUTERS/Antonio Cascio)
Lula acredita que Bolsonaro sabia da intenção dos apoiadores bolsonaristas de tentar um golpe de estado com os atos de 8 de janeiro. (Foto: REUTERS/Antonio Cascio)

Punição a Bolsonaro e responsabilidade de Anderson Torres

Na semana passada, Bolsonaro e os atos golpistas ganharam a 1ª conexão oficial. O ex-presidente é investigado como um dos incentivadores ou autores intelectuais dos ataques de 8 de janeiro.

O pedido de investigação partiu da PGR (Procuradoria-Geral da República) e foi acatado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na noite desta sexta-feira (13).

A invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes teve como consequência a prisão de centenas de pessoas, o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além da prisão do ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres e do ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fabio Augusto Vieira.

Entenda aqui como Bolsonaro será investigado por ataques golpistas.

Lula também apontou Torres como responsável, e afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública do DF tinha conhecimento da intenção dos ataques e permitiu que acontecessem.

Na véspera do 8 de janeiro, Torres embarcou para os Estados Unidos, na mesma região onde Bolsonaro estava. Ele só retornou ao Brasil após sua ordem de prisão e desde então encontra-se detido uma cela no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF).

Nesse intervalo, a PF (Polícia Federal) encontrou em sua casa uma minuta de um decreto que estabelecia um golpe de Estado ao instaurar um Estado de Defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Torres prestou depoimento à PF nesta quarta (18), mas optou por ficar em silêncio. O ex-ministro de Bolsonaro chegou sem seu celular ao Brasil.

“Anderson Torres sabia o que iria acontecer. Foi embora e deixou o celular lá”, disse Lula na entrevista.

'Cachorrinhos' ou Estado Islâmico: o que são os extremistas do DF? | Deysi Cioccari
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‘A inteligência não existiu’. O GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e as Forças Armadas também foram alvos de críticas de Lula.

Segundo o presidente, os setores de inteligência dos órgãos falharam ao não comunicar ao presidente os indícios violentos que se acirravam nos dias anteriores aos ataques.

“Saí para Araraquara (no interior de São Paulo) com a informação de 150 pessoas no acampamento em Brasília, que não iria ter mais ônibus. Se eu tivesse a notícia de 8 mil pessoas em Brasília, nem teria saído”.

Apesar disso, o petista não considera Bolsonaro como uma “carta fora do baralho”.

“Se Bolsonaro é carta fora do baralho, vai depender das investigações. Há muitas provocações dele, vai ter muito processo contra ele. Vai depender da Justiça. Eu não considero ninguém carta fora do baralho. Muita gente me considerava e agora eu sou presidente”.

Caso haja alguma comprovação direta de participação de Bolsonaro na trama dos atos, Lula trabalha inclusive com a possibilidade do ex-presidente ficar impossibilitado de concorrer nas eleições de 2024 ou 2026.

“Se ele tiver participação direta no que aconteceu, tem que ser punido. Se ele for punido, tem que ser inelegível. E isso vale para ele, para mim ou para qualquer pessoa”.

Existe possibilidade de Bolsonaro ser preso? Veja o que pensam os ministros do STF.

Condeúba/Faz. Cerquinha: Morreu o Sr. Manoel Alves de Oliveira conhecido por “Mané Velho” aos 82 anos de idade

 

Sr. Manoel Alves de Oliveira conhecido por “Mané Velho”, morreu aos 82 anos de idade

Morreu nesta tarde de quarta-feira dia 18 de janeiro de 2023 às 13:00 horas, o Sr. Manoel Alves de Oliveira conhecido por “Mané Velho” aos 82 anos de idade. NOTA:- O seu irmão João “Grosso” foi sepultado ontem dia 17/1″. Segundo informações de familiares, a causa da morte foi natural. Sr. Manoel era viúvo da Sra. Ilda Alves Pereira de Oliveira com quem teve 13 filhos: José, Antônio, João, Maria, Pedro, Fernando, Roberto, Roberta, Jesuino. São falecidos Manoel Messias, Sebastião, Messias e Francisco. Deixou ainda 2 netos e 1 bisneto. O corpo será velado na residência da sua irmã Ángela na Fazenda Cerquinha, o sepultamento será no Cemitério Municipal da Cerquinha, amanhã cedo dia 19, às 8:00 horas. A família agradece a todos que comparecer a esse ato de fé e solidariedade Cristã.

Atendimento: FUNERÁRIA SÃO MATHEUS

Nós do Jornal Folha de Condeúba, neste momento de muita dor e luto, prestamos nossos mais sinceros sentimentos de solidariedade e amor à família do Sr. Manoel, na esperança de que Deus nosso Pai, dê todo o conforto e consolo necessário aos parentes e amigos. Que permaneçam as boas lembranças, carinho e afeto para com a memória dele, descanse em paz, nas graças de Deus Senhor Manoel.

PF faz operação contra suspeitos de promover e financiar atos terroristas no DF

Operação Ulysses cumpre cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária

Bolsonaristas extremistas atacam prédios dos poderes em Brasília, 8 de janeiro, 2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Bolsonaristas extremistas atacam prédios dos poderes em Brasília, 8 de janeiro, 2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
  • PF faz operação no RJ contra suspeitos de organizar e financiar atos terroristas em Brasília;

  • Operação Ulysses cumpre cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária;
  • Corporação ainda não divulgou os nomes dos investigados.

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta segunda-feira (16) uma operação em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, para prender três pessoas temporariamente e cumprir cinco mandados de busca e apreensão.

Segundo informações do portal Metrópoles, os investigados teriam relação com os atos terroristas feitos por bolsonaristas radicais após o resultado do segundo turno das eleições de outubro passado, como os ataques contra as sedes dos três Poderes, em Brasília.

A Operação Ulysses visa identificar responsáveis por bloquear rodovias na cidade, organizar manifestações em frente a quartéis do Exército no local, além de planejar e financiar atos contra as instituições democráticas.

A PF ainda não revelou os nomes dos investigados.

Eles podem responder pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os Poderes institucionais.

58 policiais enfrentaram mais de 1.500 golpistas

Alertado pelo Serviço de Inteligência de que havia risco de invasão à praça dos Três Poderes em Brasília, o diretor de Polícia do Senado entrou duas vezes em contato com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal pedindo reforço policial, que foi negado nas duas vezes.

Após a invasão, todos os integrantes da Polícia do Senado, mesmo os que estavam de férias e de folga, foram chamados: 58 homens e mulheres tentaram conter uma multidão de cerca de 1.500 golpistas, revelou o programa Fantástico, da TV Globo.

Eles se agruparam na entrada do Congresso e avançaram por dentro do Senado em direção à divisa com a Câmara, por onde apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entravam.

Enquanto os policiais usam spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para afastar os invasores, bolsonaristas extremistas jogavam objetos e disparavam jatos d’água contra os agentes.

Lula encontrará comandantes das Forças Armadas após expor desconfianças

***ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF,  BRASIL,  16-01-2023, Cerimônia de posse da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, com a participação do presidente Lula e da primeira dama Janja da Silva e da ministra da Cultura Margareth Menezes, no Centro Cultural Banco do Brasil. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
***ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, BRASIL, 16-01-2023, Cerimônia de posse da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, com a participação do presidente Lula e da primeira dama Janja da Silva e da ministra da Cultura Margareth Menezes, no Centro Cultural Banco do Brasil. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ter uma reunião até sexta-feira (20) com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para discutir a modernização das Forças Armadas.

O encontro ocorrerá uma semana depois de o petista ter demonstrado grande desconfiança com militares que trabalham na segurança do Palácio do Planalto devido à invasão das sedes dos Três Poderes.

Nesta terça-feira (17), Lula dispensou 40 militares que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio do Alvorada.

Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil, teve uma reunião com Múcio e os chefes das Forças Armadas nesta terça-feira e anunciou que tentará encaixar na agenda de Lula uma reunião com os chefes dos militares até sexta.

Ele defendeu punição a responsáveis por depredar os palácios de Brasília, mas disse que esse não foi o tema do encontro.

A reunião com Lula, segundo ele, também não terá essa finalidade. Costa afirmou que uma das possibilidades para alavancar os investimentos nas Forças Armadas é firmar parcerias público-privadas.

“Outras nações do mundo, por exemplo, nações grandes e desenvolvidas, fazem projeto de PPP para equipar suas Forças Armadas. Com isso, elas conseguem antecipar investimentos que se fossem depender apenas de recurso orçamentário anual não seriam possíveis”, afirmou.

Segundo ele, o tipo de investimento que exige as Forças Armadas são adequados à realização de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada por se tratarem de contratos de longo prazo.

Além de Múcio, participaram da reunião o comandante do Exército, Júlio Arruda, da Marinha, Marcos Oslen, e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.

O chefe da Casa Civil também anunciou que Lula deve ter uma série de viagens em fevereiro. Ele disse que o objetivo é fazer “agendas casadas de inaugurações com lançamento de programas nacionais nas áreas prioritárias”.

A previsão é que vá para o Rio de Janeiro para lançar um programa de redução de filas de cirurgias, para o Pará “anunciar a retomada de investimento público e aceleração de investimentos privadas em saneamento básico” e para a Bahia em inauguração de novos condomínios do Minha Casa Minha Vida.

O encontro ocorre após Lula ter se queixado da atuação das Forças Armadas durante os atos golpistas do último dia 8. Em café da manhã com jornalistas na semana passada, o presidente defendeu Múcio publicamente, mas também fez críticas aos militares.

“Essa a imagem que eu tenho das Forças Armadas. Umas Forças Armadas que sabem que seu papel está definido na Constituição. As Forças Armadas não são o poder moderador como pensam que são. As Forças Armadas têm um papel na Constituição, que é a defesa do povo brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos. É isso o papel das Forças Armadas e está definido na nossa Constituição. É isso que quero que seja bem feito”, disse o petista, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, Múcio chegou a ser criticado, reservadamente, pelo próprio presidente.

Segundo seus aliados, Lula reclama que o ministro tenha subestimado ameaças à segurança, apostando na saída gradual dos bolsonaristas acampados diante do quartel do Exército em vez de determinar sua retirada.

De acordo com relatos desses interlocutores, o presidente avalia ainda que faltou firmeza a Múcio na relação com os comandantes das Forças Armadas e que o ministro não teria exercido sobre eles qualquer influência.

Trabalhador morre soterrado em silo com 400 toneladas de soja em Luís Eduardo Magalhães

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um trabalhador de 27 anos morreu soterrado em um silo de farelo de soja – espécie de reservatório onde grãos são armazenados fora dos sacos. O caso aconteceu na segunda-feira (16), em uma fazenda na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.

O corpo da vítima, que ainda não teve identidade divulgada, foi resgatado pelos bombeiros. Trabalhadores locais informaram que o jovem fazia a manutenção do depósito, que armazenava cerca de 400 toneladas do farelo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as testemunhas contaram que a vítima teria entrado, por iniciativa própria, sem equipamentos de proteção individual. Essa versão será investigada pela Polícia Civil. Após entrar no local, o jovem foi sugado pela gravidade do sistema de escoamento do silo.

Os bombeiros detalharam que foi necessário cerca de seis horas para retirar as toneladas de farelo do local, para assim fazer o resgate do corpo da vítima. A reportagem entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho, para saber se o órgão acompanhará o caso, e aguarda retorno.

Anderson Torres não entrega celular e PF deve recorrer à nuvem de dados

Aparelho telefônico do ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF não foi entregue aos agentes

Celular de Anderson Torres não foi entregue à PF (REUTERS/Adriano Machado)
Celular de Anderson Torres não foi entregue à PF (REUTERS/Adriano Machado)
A Polícia Federal vai recuperar informações do celular de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, via nuvem de dados. Isso porque o aparelho não foi entregue aos agentes.

Ao chegar ao Brasil no último sábado (14) e ser preso pela Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) não estava com o celular. Se estivesse, o telefone teria sido apreendido e periciado.

No dia 10 de janeiro, dia em que teve a prisão decretada, Torres publicou no Instagram uma mensagem avisando que seu número havia sido clonado. Ele estava de férias nos Estados Unidos.

“Olá, clonaram meu WhatsApp, não aceitem nenhuma mensagem ou ligação”, escreveu.

O que aconteceu com Torres?

Além de ser preso e chegar a pegar até 91 anos de detenção, Torres também corre o risco de ser expulso da Polícia Federal, onde atua desde 2003 – ou seja, há 20 anos. Ele é delegado de carreira.

Segundo delegados ouvidos pelo Metrópoles, a cúpula da corporação já fala na expulsão do ex-ministro. A avaliação é que, após o avanço das investigações, Torres será alvo de um processo administrativo interno que culminará com sua exoneração definitiva da PF.

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.