Jornal Folha de Condeúba

A convenção do União Brasil em Vitória da Conquista foi marcada pela presença de deputado, vereadores, lideranças de todos os partidos da base aliada da prefeita Sheila Lemos, além do líder de honra da sigla, ACM Neto. O encontro ocorrido no Olimpo Cerimonial, na noite deste sábado (20), foi o momento de apresentar o plano de governo da gestora.

A prefeita relembrou seu mandato e se disse orgulhosa do trabalho prestado. “A tarefa não é fácil, a tarefa é difícil, mas eu descobri que eu tenho uma missão de vida e essa missão é cuida de gente. Graças a Deus eu estou tendo a oportunidade de cuida do meu povo, cuidar com muita dedicação, cuidar com muito amor. Eu trabalho todos os dias. Eu sou uma pessoa pacífica, não gosto de brigas, não gosto de discussão, mas para defender o meu povo, eu viro bicho”, disse.

Sheila relembrou alguns processos movidos por seus adversários e também o abraço simbólico ao Complexo de Escuta Protegida. “Eu abracei o Complexo e não deixei que trator nenhum passasse por cima dos sonhos de Vitória da Conquista. Quando entraram na Justiça querendo acabar com o SUAS na Comunidade, nós esbravejamos, nós gritamos e nós fomos para a Justiça dizer que aquilo não é para mim, eu não preciso, é para o povo que precisa.

Eu recebi lá em casa um oficial de Justiça, entraram contra a Carreta da Saúde, a carreta que vai atender as pessoas que precisam fazer seus exames. Pasmem! Isso é um absurdo! Se eles não gostam de trabalhar, o problema é deles. Deixem nós que gostamos, que trabalhamos todos os dias para fazer essa cidade melhor”, disparou.

Por fim, a prefeita apresentou seu plano de governo que foi construído com a escuta da comunidade e também dos partidos coligados, tendo a frente o professor e ex-reitor da Uesb, Abel Rebouças.

Servidores, ex-funcionários do órgão e outros investigados teriam recebido até R$ 16,5 milhões de fazendeiros do oeste do estado

Seis pessoas, entre elas servidores e ex-funcionários do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), foram alvos na manhã desta sexta-feira, dia 19, da ‘Operação Ceres’, deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Companhia Independente de Policiamento Especializado da Região Sudoeste da Polícia (Cipe Sudoeste) e do Comando de Policiamento Regional do Extremo Sul da Bahia, da Polícia Militar.

Elas são investigadas por crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e de associação criminosa. Segundo as investigações, elas estariam envolvidas em esquema de pagamento de propinas, no total de quase R$ 16,5 milhões, cobradas para viabilizar ilegalmente a concessão de licenças ambientais e autorizações de supressão de vegetação, entre os anos de 2019 e 2023.

As investigações apontam que o pagamento de propinas foi realizado, na maior parte, por fazendeiros ou empresas relacionadas a empreendimentos rurais do oeste do estado, via depósitos bancários nas contas de um dos investigados. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais nos municípios de Salvador, Camaçari, Guanambi e Riacho de Santana e em uma empresa, na cidade de Lauro de Freitas. A pedido do MP, a 1ª Vara Criminal Especializada da capital também determinou a suspensão das funções de um técnico do Inema e o sequestro de bens dos investigados.

O material apreendido (documentos, celulares, computadores, jóias) será submetido a conferência e análise pelos promotores de Justiça e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis. Na mitologia romana, Ceres é a deusa da agricultura e da fecundidade da terra.