Categoria: Saúde Pública

Prefeito de Medina interior de Minas fecha praça com arame farpado para evitar aglomeração de idosos

Município de Medina tem cerca de 21 mil habitantes e está com 15 casos confirmados da Covid-19. Prefeito afirma que a maior preocupação é com os idosos e a medida foi necessária porque eles permaneciam sentados na praça durante o dia.

Por Marina Pereira, G1 Grande Minas

Arame foi colocado ao redor da praça para evitar aglomeração — Foto: Ascom/Prefeitura

O avanço do coronavírus pelo interior de Minas tem preocupado as autoridades. Em Medina, no Vale do Jequitinhonha, o prefeito decidiu cercar a principal praça da cidade com arame farpado para evitar aglomeração de idosos. Com cerca de 21 mil habitantes, o município já tem 15 casos confirmados da doença.

O prefeito Evaldo Lúcio Peixoto explicou ao G1 que já havia passado uma tinta à base de cal nos bancos e mesmo assim, os idosos davam um jeito de sentarem.

“Eles pegavam folha de jornal e papelão, colocam no banco e sentavam. Como vi que não tinha jeito, decidi colocar arame farpado perto dos bancos e resolveu o problema. Ninguém vai querer sentar em cima de arame farpado. Colocamos fita de isolamento e folhetos informativos com orientações”.

Praça Max Machado fica no Centro de Medina — Foto: Ascom/Prefeitura

No município, tem outras praças mas o local preferido dos idosos era a Praça Max Machado, que fica na área central. Segundo o Prefeito, eles costumavam chegar por volta das 7h, as 11h saíam para almoçar, tiravam um cochilo e 14h estavam de volta. Continue lendo

Governo vai contratar 5,1 mil profissionais para ações contra covid-19

Foto – Wilker Porto / Agora Sudoeste

O Ministério da Economia autorizou a contratação temporária de 5.158 profissionais de saúde para ações de enfrentamento á covid-19. A portaria foi publicada ontem (26) no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com informações da Agência Brasil, os profissionais poderão ser contratados já a partir deste mês de maio e os contratos terão validade de até seis meses.

A remuneração e a distribuição dos profissionais ficarão a cargo do Ministério da Saúde. As vagas estão distribuídas da seguinte forma: 192 médicos intensivistas, 100 enfermeiros intensivistas, 60 fisioterapeutas intensivistas, 606 médicos, 18 médicos para Unidade Básica de Saúde, 698 enfermeiros, 684 fisioterapeutas, 2.259 técnicos de enfermagem, 101 técnicos em laboratório, 102 farmacêuticos, 57 nutricionistas, 61 biomédicos, 120 fonoaudiólogos e 100 psicólogos.

Para custear a contratação, o governo publicou, também na edição desta terça-feira do DOU, uma Medida Provisória (MP) que abre um crédito extraordinário de R$ 338,2 milhões em favor do Ministério da Saúde. Na mesma MP, o governo também abre crédito de R$ 28,720 bilhões para o Ministério da Cidadania para cobrir despesas de auxílio emergencial para proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade, devido à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o texto, o valor total, de mais de R$ 29 bilhões, será liberado a partir da contratação de operação de crédito interno (contratos ou emissão de títulos da dívida pública).

Urandi: Prefeitura orienta Planova a entrar em quarentena como medida de contenção ao avanço da Covid-19

Em Urandi, dezenas de funcionários da empresa Planova, que atua na linha de transmissão de energia em toda região, estão contaminados com o novo coronavírus. De acordo com o coordenador da Vigilância de Saúde da cidade, Ricardo Dias, 600 trabalhadores são de outros estados do país e 600 são do próprio município. Até o momento, segundo informou os funcionários e pessoas indiretamente ligadas aos mesmos, 46 pacientes testaram positivo para a doença, completando 65 ao todo na cidade. Como medida de contenção e avanço da COVID-19.

Dias afirmou que o ideal é a empresa paralisar as atividades e entrar em quarentena por 14 dias a fim de evitar a proliferação do vírus. “Pra gente ter um controle maior e consegui quebrar essa cadeia de transmissão”, afirmou. Segundo o coordenador, os trabalhadores acabam se tornando agentes multiplicadores da doença, mesmo assintomáticos.

OMS suspende estudos com hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19

Nesta segunda-feira, 25, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a suspensão dos testes clínicos com hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus. A decisão foi motivada por preocupações em relação à segurança do medicamento após um grande estudo publicado na revista The Lancet associar a substância ao aumento de mortes por problemas cardíacos, como arritmia.

“O Grupo Executivo implementou uma pausa temporária do braço da hidroxicloroquina no Estudo Solidariedade, enquanto os dados de segurança são revisados ??pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados. […] Essa preocupação está relacionada ao uso de hidroxicloroquina e cloroquina contra a Covid-19. Desejo reiterar que esses medicamentos são geralmente considerados seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária”, disse Tedros Ghebreyesus,

diretor-geral da OMS em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 25. A pesquisa, realizada pela Universidade Harvard com 96.032 pacientes internados por causa da Covid-19 em seis continentes entre dezembro de 2019 e abril deste ano mostrou que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus não traz nenhum benefício. Além disso, o tratamento está associado ao aumento do risco de arritmias cardíacas e de levar os pacientes a óbito.

Médico da BA tem parada cardíaca e morre após tomar hidroxicloroquina

O médico Gilmar Calasans Lima, que morreu de covid-19

Médico da BA tem parada cardíaca e morre após tomar hidroxicloroquina O médico Gilmar Calasans Lima, que morreu de covid-19 Imagem: Arquivo pessoal Aurelio Nunes Colaboração para o UOL, em Salvador 21/04/2020 12h05Atualizada em 21/04/2020 21h23 Após quatro dias de tratamento domiciliar com hidroxicloroquina contra o novo coronavírus, o médico Gilmar Calasans Lima, 55, morreu 45 minutos depois de dar entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau, em Ilhéus, com um quadro de parada cardiorrespiratória. A informação é do secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Na manhã de hoje, Vilas-Boas disse que, por ser médico, Gilmar teve acesso à combinação de hidroxicloroquina e azitromicina sem a necessidade de receita médica. Mas a família contestou a informação do secretário e afirmou que os medicamentos foram, sim, prescritos por outro médico do mesmo hospital. A foto de uma receita médica enviada pela família ao UOL nesta tarde mostra a prescrição de hidroxicloroquina e azitromicina

Família diz que medicamentos foram prescritos por outro médico

Para familiares do médico morto, a afirmação do secretário de que Gilmar se automedicou foi “irresponsável” e “caluniosa”. Segundo Vilas-Boas, entretanto, o documento é a prova de que “a prescrição em questão foge ao protocolo” — o uso do medicamento é orientado apenas para pacientes internados — e, por isso, “será aberta uma sindicância para apurar as circunstâncias do fato”.

Lima era hipertenso e diabético. Alteração cardiovascular é um dos efeitos colaterais da hidroxicloroquina, mas não é possível saber se a morte de Giomar está relacionada ao uso do remédio.

A hidroxicloroquina é a versão menos tóxica da cloroquina. Seu uso foi liberado pelo Governo do Estado da Bahia no último dia 8 exclusivamente para tratamento em ambiente hospitalar de pacientes com diagnóstico positivo para a covid-19 internados nas redes pública e privada do estado.

Na ocasião a secretaria informou que havia em estoque 50 mil comprimidos, e que uma nova carga, de 1 milhão de comprimidos, estava sendo adquirida.

“É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma”, declarou Vilas-Boas, ao portal Metro 1.

Lima foi o 46º óbito confirmado pela covid-19 no estado. Segundo a Sesab, o médico teve os primeiros sintomas da doença em 11 de abril.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, há 47 mortes no estado. Os casos já são 1.489.

Ele chegou a apresentar melhora clínica, sem febre ou dispneia, quando apresentou um mal súbito e foi levado por familiares ao Hospital da Costa do Cacau, mas não resistiu.

“Foi submetido a manobras de reanimação por 45 minutos, permanecendo sem estabilizar o ritmo cardíaco, terminando por evoluir para o óbito”, explicou Vilas-Boas.

A direção do Hospital Regional da Costa do Cacau divulgou nota lamentando a morte. “O colaborador permanecia em isolamento domiciliar na última semana quando nas últimas 48 horas apresentou piora, sendo internado de urgência no HRCC. Neste momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos”, diz a mensagem.