Associação do distrito de Alegre em Condeúba, Investe em Reflorestamento e Produção Sustentável de Polpas de Frutas

Nós do Jornal Folha de Condeúba, estivemos por algumas vezes, visitando e tomando conhecimento da grande iniciativa da Associação dos Pequenos Produtores e Agricultores do Distrito de Alegre Município de Condeúba/BA.
HISTÓRIA:- A Associação dos Pequenos Produtores e Agricultores do Distrito de Alegre foi fundada em 18 de abril de 1998, portanto, estará completando no próximo mês de abril, 27 anos de grandes transformações no distrito de Alegre e no município de Condeúba.
Conversamos com um dos fundadores e hoje presidente da entidade Sr. Ozorino que nos declarou: “As reuniões iniciais foram na Igreja Nossa Senhora das Graças, no Distrito, e, posteriormente, com a construção da nova Igreja São Camilo, foram para lá as reuniões. Depois, a associação através da sua diretoria, conseguiu junto ao Poder Público Municipal, uma área de 594 metros quadrados para construir a sua sede, e, logo a seguir, a própria associação adquiriu mais outra área, são três lotes, que perfazem a garagem dos tratores e dos demais veículos.
Hoje a associação conta com uma frota de veículos composta de dois tratores, um pampa, uma moto e um furgão baú para transportar as polpas de frutas. Constantemente são oferecido cursos para aprender e aperfeiçoar os associados a fazer geleia e polpas de frutas.
O nosso sonho é desenvolver cada vez mais esta entidade, que foi iniciada com 105 sócios e estando hoje com 115 pagantes ou famílias, é uma associação com capacidade de grande desenvolvimento. O início da fábrica de polpas se deu em 2018, com a construção iniciada do barracão, por conta de um edital que a entidade ganhou junto ao governo do estado”, disse.
PROJETO:- Os associados há alguns anos atras, fizeram um projeto mirabolante e audacioso de iniciar uma indústria de Polpas de Frutas. Paralelamente, faz parte do mesmo projeto, a criação de um viveiro de mudas de plantas frutíferas e nativas, para futuro reflorestamento de Áreas de Preservação Permanente (APPs), em nascentes de água. Com isso, visa transformar a realidade ambiental e econômica da região.
A iniciativa busca não apenas recuperar áreas degradadas, mas também gerar renda e garantir alimentos saudáveis para a população local. No entanto, os desafios são grandes: entraves jurídicos e políticos têm dificultado a comercialização da produção, especialmente para o fornecimento à merenda escolar.
O presidente da entidade Sr. Ozorino Neres de Oliveira que nos disse: “Nossa ideia é fechar esse ciclo sustentável, reflorestando áreas essenciais e aproveitando o potencial frutífero da nossa terra para gerar produtos naturais e nutritivos. Mas sem o apoio do município que é tão necessário, enfrentamos dificuldades para escoar a produção, principalmente no tratamento da água”, relatou o presidente, que está envolvido neste projeto desde seu início.
A Fábrica de Polpas, ainda em fase de estruturação, visa transformar frutas nativas e cultivadas localmente em produtos prontos para o consumo, valorizando a agricultura familiar e fomentando a economia regional. A inclusão na merenda escolar poderia ser um passo fundamental para a consolidação do projeto, beneficiando tanto os produtores quanto aos alunos e professores.
Com a visibilidade adequada e o suporte dos poderes municipais, estaduais e federais, a comunidade espera superar os obstáculos e tornar a iniciativa, um modelo de sustentabilidade e desenvolvimento para outras regiões. A necessidade de imediato: Água tratada no local, para que o município através da Vigilância Sanitária, possa emitir o alvará de funcionamento da fábrica. Depois o próprio município se incumbe, de inserir o produto na sua rede, como merenda escolar.
Fotos: Associados/JFC