Dia: 8 de março de 2021

Fachin anula condenações de Lula relacionadas à Lava Jato; ex-presidente volta a ser elegível

Ministro do Supremo Tribunal Federal considerou que 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou nesta segunda-feira ( 8) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível.

A decisão de Fachin não necessita de referendo do plenário do STF, a não ser que o próprio ministro decida remeter o caso para julgamento dos demais ministros. Se houver recurso — a PGR já anunciou que recorrerá — aí, sim, o plenário terá de julgar.

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Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula.

Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o “juiz natural” dos casos.

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

“Foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz a nota do gabinete do ministro.

Em nota, a 13ª Vara Federal de Curitiba informou que cumprirá a decisão, remetendo os autos dos processos à Justiça Federal do Distrito Federal. O G1 procurou a assessoria do ex-juiz Moro. Segundo a assessoria, ele ainda não havia decidido se irá se manifestar.

Na mesma decisão, Edson Fachin declarou a “perda do objeto” e extinguiu 14 processos que tramitavam no Supremo e questionavam se o Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula.

A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.

“Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

De acordo com o gabinete de Fachin, julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal já havia restringido o alcance da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba.

“Inicialmente, retirou-se todos os casos que não se relacionavam com os desvios praticados contra a Petrobras. Em seguida, passou a distribuir por todo território nacional as investigações que tiveram início com as delações premiadas da Odebrecht, OAS e J&F. Finalmente, mais recentemente, os casos envolvendo a Transpetro (subsidiária da própria Petrobras) também foram retirados da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba”, diz a nota.

De acordo com o texto, nas ações penais envolvendo Lula, assim como em outros processos julgados pelo plenário e pela Segunda Turma do STF, “verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas, ainda outros órgãos da Administração Pública”.

Segundo o ministro, em outros casos de agentes políticos denunciados pelo Ministério Público Federal em circunstâncias semelhantes ao de Lula, a Segunda Turma do Supremo já vem transferindo esses processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Embora divergente e derrotado nas votações na Segunda Turma em relação a esse ponto, Fachin considerou que o mesmo entendimento deveria ser aplicado ao ex-presidente.

“Faço por respeito à maioria, sem embargo de que restei vencido em numerosos julgamentos”, escreveu o ministro na decisão.

Teor da decisão
A decisão individual do ministro Fachin foi tomada com base na ação apresentada pela defesa do ex-presidente Lula em novembro do ano passado que questionou a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar e julgar a ação do triplex do Guarujá e pediu a anulação das decisões tomadas no âmbito desse processo.

O argumento foi o de que não há relação entre os “desvios praticados na Petrobras”, investigados no âmbito da Operação Lava Jato, e o custeio da construção e reforma do tríplex, que a acusação diz terem sido feitas em benefício de Lula.

Na decisão, Fachin considerou que se consolidou um “entendimento majoritário” que esvaziou a competência da Justiça Federal do Paraná para casos não ligados diretamente aos desvios da Petrobras. Isso, explicou o ministro, ocorreu com casos ligados às delações da Odebrecht, da OAS e da J&F.

“Como se vê, diante da pluralidade de fatos ilícitos revelados no decorrer das investigações levadas a efeito na ‘Operação Lava Jato’, a competência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba foi sendo cunhada à medida em que novas circunstâncias fáticas foram trazidas ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal que, em precedentes firmados pelo Tribunal Pleno ou pela Segunda Turma, sem embargo dos posicionamentos divergentes, culminou em afirmá-la apenas em relação aos crimes praticados direta e exclusivamente em detrimento da Petrobras S/A”, escreveu o ministro na decisão.

Fachin afirma que, ao analisar a questão da competência, é preciso ser imparcial e apartidário.

“As regras de competência, ao concretizarem o princípio do juiz natural, servem para garantir a imparcialidade da atuação jurisdicional: respostas análogas a casos análogos. Com as recentes decisões proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não há como sustentar que apenas o caso do ora paciente deva ter a jurisdição prestada pela 13ª Vara Federal de Curitiba. No contexto da macrocorrupção política, tão importante quanto ser imparcial é ser apartidário”, disse Fachin.

O ministro considerou que as acusações contra o ex-presidente Lula não se limitam a supostos crimes cometidos em relação à Petrobras.

“Ocorre que a conduta atribuída ao ora paciente, qual seja, viabilizar nomeação e manutenção de agentes que aderiram aos propósitos ilícitos do grupo criminoso em cargos estratégicos na estrutura do Governo Federal, não era restrita à Petrobras S/A, mas à extensa gama de órgãos públicos em que era possível o alcance dos objetivos políticos e financeiros espúrios”, escreveu.

De acordo com o ministro, “na estrutura delituosa delimitada pelo Ministério Público Federal, ao paciente são atribuídas condutas condizentes com a figura central do grupo criminoso organizado, com ampla atuação nos diversos órgãos pelos quais se espalharam a prática de ilicitudes, sendo a Petrobras S/A apenas um deles”.

A decisão de Fachin ainda atinge outros casos ligados ao ex-presidente Lula, como os habeas corpus que questionavam a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa do Paraná. Segundo a TV Globo apurou, Fachin tomou a decisão de forma individual sem conversar com outros colegas.

Parar é péssimo. Morrer, pior ainda, Unir para Viver!

É óbvio que as restrições da ONDA ROXA são péssimas para quem trabalha com empreendimentos de comércio, serviços e indústria. Tirando as grandes companhias e conglomerados empresariais, os prejuízos para os demais são enormes. Têm toda razão de estarem preocupados. Afinal, parados, como pagarão as contas?

Daí a importância de todos realizarem esforços contra a disseminação do coronavírus, unidos, sem sabotagem, sem se deixarem levar por ideologias negacionistas ou pelo desmazelo para com a vida humana; usando máscara e álcool em gel, evitando aglomerações, e cumprindo todos os demais cuidados sanitários; pra gente sair logo dessa onda roxa e, lutando pela vacina para todos, voltarmos ao normal, ao trabalho, às escolas presenciais, às igrejas, à vida…

Mas não podemos cair no conto do vigário e na embromação daqueles que, ao invés de ajudar a diminuir a contaminação e as mortes, ficam jogando para a plateia com frases do tipo “lockdown não!” ou “primeiro a economia”.

Em um ano de contradições, o presidente não salvou nem 265 mil vidas perdidas para a Covid-19, nem a economia brasileira, que já estava caindo antes da pandemia, e que tombou ainda mais por conta das políticas neoliberais adotadas pelo ministro Paulo Guedes.

Se o presidente, seguindo o exemplo de outros líderes mundiais de direita e de esquerda, independentemente da ideologia política, tivesse investido na ciência e na compra das vacinas com antecedência, talvez não estivéssemos ainda vivendo esta tragédia, que já dura desde março de 2020.

Lutar pela vacina para todos deve ser o que nos une. Sem fake news, teorias da conspiração ou bobajadas de WhatsApp. O Brasil sempre foi campeão de vacinação e ninguém nunca teve problemas graves com outras vacinas. Por que só agora, quando a gente mais precisa, é que ficam colocando minhocas na cabeça do povo, inclusive abusando da religião para espalharem mentiras?

Cientificamente, a vacina é o que há de comprovadamente mais eficiente contra o coronavírus. Defender a aprovação do auxílio emergencial para as pessoas em situação de desemprego também é necessário, para reaquecer a economia e, dessa forma, movimentar os empreendimentos e gerar mais empregos.

Vamos obedecer à lei e às normas, para a gente sair logo desse sofrimento.

Levon Nascimento

O QUE É SER MULHER?

HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O QUE É SER MULHER?

Ser mulher é muito mais do que uma missão
É uma busca constante da condição
É o encontro entre a maturidade e a razão
É a delicadeza da mulher que passeia pela emoção.
Ser mulher é ter sensibilização
É construir um poço de perdão
É querer abrir sempre a porta do coração
É ter também um pouco de ilusão.
Ser mulher é muito mais do que sorrir
É construir o caminho para ser feliz
Ser mulher é gerar muitas vidas
É se tornar muito querida.
É ser forte, confiante e atrevida.
É ser guerreira, lutadora e decidida.
Ser mulher é doar a própria vida
É ser sempre bem reconhecida.
Ser mulher é dedicar-se todo tempo da sua vida
É amar e às vezes pelo parceiro é agredida
É labutar o dia todo sem descansar
É ter a responsabilidade de sua família cuidar
Ser mulher é também saber esperar
É saber se amar para depois nos amar
É deixar o tempo se aproximar
Para esperar o futuro chegar.

Antônio Santana,
Poeta.
Condeúba – Bahia.

Homem é preso após comprar moto roubada em rede social no oeste da Bahia

Foto: Diuvlgação/PRF

Uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada na sexta-feira (05), resultou na prisão de um homem, no Km 184 da BR-020, trecho da cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. De acordo com a PRF, o suspeito, de 22 anos, conduzia uma moto modelo Honda | CG, quando foi abordado por agentes para uma fiscalização de rotina. Durante a ocorrência, foram encontrados sinais de adulteração nos itens de identificação da motocicleta, que circulava com placa clonada.

Após consultar os dados do sistema, os policiais descobriram que a moto, na verdade, era um veículo roubado, em dezembro de 2019, também em Luís Eduardo Magalhães. Em depoimento, o suspeito informou que comprou a moto por R$ 2 mil, após negociar em uma rede social. O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para formalização dos procedimentos cabíveis pelos crimes do art. 180 (Receptação), do Código Penal.

Palmeiras bate Grêmio e leva a Copa do Brasil

Foto: Thaís Magalhães/CBF

O Palmeiras venceu o Grêmio ontem (7), por 2 a 0, no Allianz Parque, e conquistou mais uma vez a Copa do Brasil. É a quarta vez que o Verdão ganha a competição — as outras foram em 1998, 2012 e 2015. Wesley e Gabriel Menino fizeram os gols na arena.

De acordo com o Uol Esporte, a equipe de Abel Ferreira já tinha a vantagem de jogar pelo empate, pois havia batido o Tricolor na Arena Grêmio pelo mesmo placar, com gol de Gustavo Gómez. A Copa do Brasil faz o Palmeiras encerrar a temporada com três títulos.

Já campeão Paulista e da Libertadores, o Verdão igualou a temporada de 1993, a última em que havia conquistado três torneios em um único ano (Paulista, Rio-São Paulo e Brasileiro). O Grêmio ainda é o maior vencedor da Copa do Brasil, com cinco taças.