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CESTA DO POVO – QUEM NÃO SE LEMBRA?

Por Thiago Braga

Durante muito tempo, a Cesta do Povo alegrou a dona de casa na busca por um “precinho mais em conta”, ainda que “pago na hora”, onde todo mundo queria comprar barato e abastecer suas dispensas com produtos de boa qualidade.

A rede de supermercados fazia parte da EBAL – Empresa Baiana de Alimentos S/A. O letreiro trazia o nome do comércio, seguido do logo do governo estadual.

Esse “mercadinho”, perto de casa, oferecia uma linha completa de alimentos, bebidas, perfumaria e produtos de limpeza. Se achava de tudo, da bolacha água e sal (cream – cracker), ao bacalhau fresco na semana santa. Não fazia entrega em domicílio.

Com o passar dos anos, a Cesta do Povo fechou suas portas, restando apenas a unidade de Vitória da Conquista no sudoeste do estado. O que temos hoje? A lembrança de um grande projeto social que esteve presente no dia a dia dos baianos.

Após Brumado, Ebal fecha lojas da Cesta do Povo em Caetité e Guanambi

cesta-do-povo-encerra-atividades-achei-sudoesteFoto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A loja da Cesta do Povo no município de Caetité, no sudoeste baiano, fechou as portas após 25 anos de funcionamento. Recentemente, as unidades de Guanambi e Brumado também tiveram as atividades encerradas.

De um total de 80 lojas existentes, ainda restam 50 para serem fechadas. Criada com o objetivo de aumentar a oferta de produtos que compõem a cesta básica de forma a oferecer produtos mais baratos, a Cesta do Povo foi de grande importância social, por muitos anos responsável pela regulação dos preços em toda região.

A Ebal já teve uma estrutura de 276 lojas e 2.769 funcionários em 229 municípios. Dados do mês de maio deste ano mostram que cerca de 1.200 funcionários já teriam sido demitidos e 150 lojas da Cesta do Povo fechadas desde dezembro de 2015.