Categoria: Tecnologia

Pesquisadores baianos criam solução contra parasitas de abelhas sem ferrão

Pesquisadores de uma universidade do sudoeste da Bahia desenvolveram antídoto de baixo custo para combater moscas parasitas que invadem e destroem colônias de abelhas sem ferrão. A solução homeopática foi desenvolvida no laboratório da Casa do Mel da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Após a pesquisa, que levou um ano, eles criaram o antídoto a partir do próprio agente causador, ou seja, o parasita. As moscas que invadem as colônias das abelhas sem ferrão podem extinguir um enxame interior em até 48 horas. “São moscas que se alimentam do mesmo alimento que a abelha coleta para sobreviver.

Elas se alimentam basicamente de pólen, e elas começam a fazer a postura de ovos dentro dos próprios potes de pólen das abelhas, e se alimentam também desse pólen. Então, em questão de 24 horas, a postura já está estabelecida, e em até 48h esse enxame pode estar completamente comprometido e depenado”, explica Generosa Ribeiro, bióloga e pesquisadora da Uesb que coordenou o projeto.

 Segundo Generosa para fazer a solução bioterápica, é preciso seguir algumas etapas. “A solução é bem simples, de fácil acesso para todos os produtores. O criador vai coletar o parasita e vai preparar essa solução diluindo e macerando numa solução de álcool de cereais e água destilada, e fazer a diluições e dinamizações necessárias, de acordo com a metodologia que já divulgamos no site da universidade”, disse. Continue lendo

WhatsApp deve liberar 6 funções muito aguardadas em 2020

O WhatsApp disponibilizou diversas atualizações ao longo de 2019 para inserir novas funções no app, como o desbloqueio por digital no Android e o suporte ao Memoji no iPhone (iOS). No entanto, ainda há recursos disponíveis em rivais, como o Telegram, que são aguardados por usuários e podem chegar ao mensageiro em 2020.

Além do Modo Escuro, que está em desenvolvimento e deve chegar em breve ao app, a possibilidade de editar mensagens enviadas, organizar figurinhas em categorias ou mesmo esconder o status “online” das conversas são ajustes bastante desejados e aguardados, mas que não têm previsão de lançamento. As informações são da TechTudo.

Em nova pesquisa, humanidade começa a explorar o Sol

Foto: Reprodução/Nasa

No último dia 4, quarta-feira, a espécie humana começou oficialmente a exploração da estrela mais próxima da Terra: o Sol. Devido a informações enviadas pela sonda Parker, da Nasa, cientistas estão revendo diversas teorias sobre o espaço. As descobertas foram publicadas em quatro artigos na revista científica Nature. Trata-se da sonda que mais perto chegou da estrela até agora — feito possível apenas graças ao revestimento de carbono de 11 centímetros de grossura que envolve a máquina.

Por causa dele, a sonda é capaz de enfrentar temperaturas de quase 1,4 mil graus Celsius — muito inferiores às da superfície solar, mas suficientes para orbitar o astro. A Parker Probe, como é chamada pelos pesquisadores, foi lançada ao espaço em 2018 e custou aproximadamente 1,5 bilhão de dólares (o equivalente a mais de 6 bilhões de reais). Os responsáveis pelo projeto são da renomada Universidade Johns Hopkins (EUA).

E quais foram os frutos desse investimento bilionário? O maior avanço obtido pela sonda até agora foi relativo ao vento solar, nome dado a uma corrente de partículas energizadas que são emitidas pelo Sol e flutuam pelo espaço. A Parker Probe capturou a melhor visão que se tem até o momento do local de nascimento do vento solar, na superfície do astro.

Além disso, as informações repassadas pela máquina indicaram que a rotação dessa corrente é muito mais rápida do que se esperava, e chega aos 50 quilômetros por segundo (em contraste, os cientistas estimavam sua velocidade em alguns poucos quilômetros por segundo). A revelação tem feito com que os especialistas se perguntem se uma de suas teorias sobre estrelas está equivocada. A ideia mais aceita até agora era a de que, ao envelhecer, os astros diminuíssem a velocidade da rotação.

No entanto, a descoberta de que o vento solar é bem mais rápido do que se pensava pode sugerir que isso nem sempre é verdade, e que o Sol está girando cada vez mais rápido. Até agora, Parker deu três voltas ao redor do Sol. No final da missão, em 2025, é esperado que ela complete a órbita 21 vezes. Por enquanto, resta aos astrônomos esperar para ver quais outros enigmas podem ser resolvidos com a ajuda da sonda.

Tremor de terra de 3,5 atinge cidades do interior da Bahia

Foto: Reprodução/Google Earth

Um tremor de terra assustou moradores de cidades do Centro-Sul do estado na madrugada deste sábado (9). O abalo aconteceu por volta das 4h30 e teve magnitude de 3,5, de acordo com o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A origem do tremor foi na cidade de Amargosa, mas, segundo o professor Aderson do Nascimento, coordenador do LabSis, pode ter sido sentido em municípios até 40 quilômetros distantes do epicentro.

Nas redes sociais, há relatos de moradores de cidades como Mutuípe, São Miguel das Matas, Mutuípe e Elísio Medrado. De forma geral, o Brasil é conhecido por não registrar grandes terremotos, devido ao fato de estar localizado em cima de uma placa tectônica. No entanto, em algumas localidades do país – além do próprio do Recôncavo, lugares como o agreste pernambucano e a borda da bacia potiguar –, acontecimentos como esse são relativamente comuns.

De acordo com o jornal Correio, além do Brasil, locais como o interior dos Estados Unidos e da África do Sul também estão no interior de placas tectônicas. A magnitude – de até 3,5 – é considerada de pequena a moderada. A duração deve variar de acordo com o local onde foi sentido, porém, não costuma passar de alguns segundos.

Substância do ipê-roxo é testada em novo remédio contra câncer de próstata

Foto: Reprodução/Flickr

O ipê-roxo, árvore comum na mata atlântica brasileira, está no centro de pesquisas que investigam um novo tratamento para o câncer de próstata. O projeto, feito em parceria entre pesquisadores da UFC (Universidade Federal do Ceará) e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), criou uma substância análoga à beta-lapachona, encontrada nas árvores com menor toxicidade.

A pesquisa foi finalista na categoria inovação tecnológica em oncologia da edição 2019 do prêmio Octavio Frias de Oliveira, uma iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha. A patente foi registrada nos EUA com ajuda da Universidade do Texas.

Segundo uma das autoras da pesquisa, Cláudia do Ó Pessoa, da UFC, os medicamentos hoje no mercado enfrentam dois problemas: a resistência que as células tumorais desenvolvem ao longo do tratamento e os efeitos colaterais, que muitas vezes impedem a pessoa de continuar recebendo a terapia.

As pesquisas com plantas da biodiversidade brasileira visam encontrar soluções para esses dois problemas. A toxicidade da beta-lapachona e, consequentemente, os efeitos colaterais que ela pode causar foram dribladas com a associação do selênio, que ajudou a poupar as células normais e atingir apenas as células tumorais.

Os testes foram feitos in vitro e ainda precisam ser validados em animais. Na UFMG, a pesquisa foi liderada por Eufrânio Nunes Silva Júnior. Também participam Eduardo Henrique Guimarães Cruz, da Universidade Federal de Santa Catarina, e David A. Boothman e Molly Silvers, da Universidade do Texas.

Cientista utiliza vegetação da Caatinga para deixar outras plantas resistentes à seca

Foto: Divulgação

Utilizar micro-organismos que habitam em plantas típicas da caatinga para fazer com que espécies de outros locais se tornem mais resistentes à seca. Essa é a pesquisa e missão do cientista baiano Adailson Feitoza, professor e coordenador do curso de engenharia de bioprocessos e biotecnologia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, norte da Bahia.

Quando concluída, a pesquisa espera encontrar um conjunto de bactérias que possam ser transformadas em um produto comercial que ajude a reparar os danos causados pelas mudanças climáticas que são consequências da degradação do meio ambiente. O impacto proporcionado pelo estudo pretende gerar uma nova tecnologia, a qual produtores de áreas onde há pouca demanda hídrica recorram para manter a produtividade e gerar lucro e renda.

“A tecnologia será voltada para desde os micros e pequenos produtores, até os que produzem em larga escala”, fala Adailson. Ele afirma que a inspiração para a pesquisa surgiu dos dados alarmantes que apontam aumento na variabilidade de chuva e seca até 2050, o que pode, dentre outras coisas, prejudicar a produção agrícola. Após se deparar com os dados, surgiu o questionamento: como manter produtividade agrícola em solo árido? Continue lendo

Baiana é premiada pela ONU por solução para filtrar água

Foto: Divulgação/ONU

Aos 21 anos, a brasileira Anna Luisa Bezerra, formada em biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia, foi uma das vencedoras do Prêmio Jovens Campeões da Terra, promovido pela Organização das Nações Unidas. Ela é a primeira brasileira a ganhar a competição.

Ao todo, sete jovens de diferentes regiões — África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental — foram selecionados e receberão os prêmios no dia 26 de setembro, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.

Anna Luisa, que entrou na faculdade em 2015, começou a desenvolver o projeto Aqualuz em 2013, ainda no Ensino Médio. Durante as aulas em que aprendeu sobre a seca no semiárido, a cientista se motivou a criar algo que pudesse solucionar o problema. “Aquela foi a minha grande oportunidade. Sempre quis ser cientista e vi na escola uma oportunidade para criar uma tecnologia viável e de baixo custo”, afirmou a Revista Veja.

O Aqualuz é um filtro que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água tratada não é acessível. Mais de um milhão de pessoas sofrem por falta de acesso a água no Brasil. Com a invenção de Anna Luisa, a água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o líquido está seguro para o consumo. De fácil manutenção, o sistema pode durar até 20 anos.

Aeroporto Glauber Rocha: Rui Costa não vai a evento com Bolsonaro em Vitória da Conquista

Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O governador da Bahia, Rui Costa, desistiu de comparecer à inauguração do aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, marcado para esta terça-feira (23). A decisão deu-se em consequência da polêmica criada por Jair Bolsonaro que, na sexta-feira, disse que os governadores do Nordeste eram “governadores de paraíba”.

“A medida anunciada é excluir o povo da inauguração, fazer uma inauguração restrita a poucas pessoas, escolhidas a dedo como se fosse uma convenção político-partidária. Não posso concordar com isso”, diz Costa.

De acordo com o jornal o Globo, o vice-governador da Bahia, João Leão, e os três senadores do estado também não vão à inauguração, que se transformou num mega evento desde que Bolsonaro falou sobre os governadores nordestinos.

Eram inicialmente cerca de 200 convidados. Passou para 300 na sexta-feira — desses apenas 70 para o governo da Bahia — e, ao longo do fim de semana, o número subiu para 600 convidados (neste caso, a quantidade reservada ao governo da Bahia era de cem convites).

Sucesso de testes em macacos deixa cientistas otimistas sobre vacina contra o HIV

Foto: Creative Commons

Cientistas dos Estados Unidos estão otimistas quanto a futuros testes da vacina contra o vírus HIV em humanos. O otimismo se dá por conta dos resultados positivos alcançados em testes feitos com macacos.

No estudo publicado nesta quarta-feira (17) em um veículo especializado, a revista “Science Translational Medicine”, os pesquisadores afirmaram que conseguiram eliminar a presença do SIV (imunodeficiência Símia) nos primatas, uma versão do vírus HIV que infecta apenas estes animais.

Em nota, a equipe responsável pela descoberta afirmou que o resultado do experimento com a vacina atenuada é a “chave” para o teste em humanos. O texto ainda destaca que a equipe usou uma variação geneticamente modificada do vírus da herpes como vetor para a imunização dos animais.

A vacina, segundo reportagem do Bem Estar, é feita a partir de uma forma comum do vírus da herpes, o citomegalovírus (CMV) modificado geneticamente para servir de vetor, empacotando o vírus enfraquecido da SIV. Os estudos registraram que 59% das cobaias foram imunizadas com sucesso pela vacina.

Arbitragem no Brasil melhorou com o VAR, aponta relatório da CBF

Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Um dos protagonistas do Campeonato Brasileiro até a parada para a realização da Copa América, o árbitro de vídeo causou estranheza nas primeiras nove rodadas da competição. O público que assiste futebol pela TV ou frequenta os estádios por aqui ainda não se acostumou com o tempo que os árbitros levam para rever as decisões com o auxílio do VAR – a demora, inclusive, é algo que se repetiu na Copa América disputada no país.

Apesar das críticas e dos problemas – que voltaram a acontecer na noite desta quarta-feira pela Copa do Brasil –, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um balanço parcial no qual ficam evidentes os benefícios da adoção da tecnologia no futebol nacional. De acordo com a Revista Placar, Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem da CBF, apresentou um relatório sobre a utilização do VAR na Comissão do Esporte da Câmara a pedido de um ex-colega de apito.

A audiência pública foi solicitada pelo ex-árbitro e deputado paranaense Evandro Rogério Roman (PSD-PR). É bom deixar claro que os políticos brasileiros não têm qualquer autoridade para alterar as regras do futebol. Roman teve protagonismo em sua carreira de juiz, atuando em jogos da primeira divisão nacional e em disputas internacionais na década passada.