Vitória da Conquista sedia 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente do Vale do Rio Gavião


Com o tema “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”, a 1ª Conferência do Meio Ambiente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Gavião (CIMA-Civalerg) teve início na manhã desta sexta-feira (9), no Centro Cultural Glauber Rocha. O evento, promovido pela Civalerg, com o apoio da Prefeitura Municipal e de outras instituições públicas e privadas, contou com a presença da prefeita Sheila Lemos na solenidade de abertura.

O objetivo principal do encontro é debater a importância do fortalecimento da agenda ambiental na região e trazer à tona discussões pertinentes sobre a realidade dos municípios do sudoeste baiano, sobretudo a necessidade de consolidar uma agenda de redução das mudanças climáticas e incentivar a adoção de medidas de adaptação pelas cidades dessa região. O CIMA-Civalerg é composto por 19 municípios, entre eles Vitória da Conquista.

Na ocasião, a prefeita Sheila Lemos reiterou o compromisso do município com a pauta climática. “Vitória da Conquista tem o pacto de atuar de forma integrada na proteção do meio ambiente e no crescimento sustentável da cidade, por meio de políticas públicas concretas. Vivemos um momento em que as mudanças climáticas deixaram de ser um alerta distante para se tornarem uma realidade que impacta profundamente nossas vidas. A crise climática não conhece fronteiras e exige de nós uma resposta coletiva”, afirmou a gestora municipal.

“Esta conferência é uma oportunidade valiosa para fortalecer parcerias e construir soluções conjuntas”, adicionou. “A COP-30 acontecerá aqui no Brasil em 2025 e, para que isso aconteça, precisamos de um começo, que se inicia pelos municípios. Através do Consórcio, conseguimos utilizar ferramentas para realizar esta Conferência Intermunicipal e levar os delegados com 10 propostas e cinco proposições que serão apresentadas na etapa estadual”, explicou o diretor da Civalerg, Roberto Herbert.

Para a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Claudia Passos, o evento de hoje é uma oportunidade ímpar para trazer à tona um assunto tão urgente quanto a crise climática. “Nesta conferência, estamos recebendo a comunidade acadêmica, a população e outros municípios para discutir a necessidade da preservação ambiental e o que pode ser feito para diminuir os efeitos causados por essas mudanças”, afirmou.

Oportunidade de discussão em conjunto e networking

O engenheiro agrônomo Dheymerson Rodrigues veio de Cândido Sales para participar do evento. “Uma conferência como esta é muito importante para a região, visto que o clima é muito específico, principalmente com a seca, e precisamos ter acesso a informações que nos ajudem a lidar com essa questão ambiental, especialmente nos municípios menores. A partir daqui, podemos tratar das políticas públicas particulares de cada lugar”, sinalizou o profissional de 31 anos.

Sentimento compartilhado pela engenheira florestal e ambiental Maiara Batista, de 35 anos. “Sempre comentei sobre a falta de eventos sobre o meio ambiente aqui na região, então esta é uma excelente oportunidade. Acredito que todos juntos, buscando ideias melhores, podemos lidar melhor com essas questões climáticas”, pronunciou a engenheira do município de Tremedal.

O evento

A CIMA-Civalerg também é um evento preparatório e responsável por eleger os delegados que deverão representar a região na 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente (4ª CEMA), que será realizada nos dias 11 e 12 de março de 2025, em Salvador, com o tema “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”.

Além de uma palestra com Sarah Rabelo, mestre em engenharia ambiental, sobre o tema “emergência climática”, foram formados grupos temáticos, cujas propostas serão discutidas posteriormente em discussão aberta.

Cinco eixos temáticos estão em discussão pelos grupos: 1) Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa; 2) Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos; 3) Justiça climática: superação das desigualdades; 4) Transformação ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social; e 5) Governança e educação ambiental: participação e controle social.

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