O HÁBITO DE LAZER CULTURAL DO BRASILEIRO
Por Antonio Novais Torres
Em 2007, o Sistema Fecomércio/RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro-Fecomércio-RJ; Serviço Social do Comércio – SESC Rio – e Serviço Nacional do Comércio – SENAC Rio) realizou, por meio da Ipsos Public Affaris, o 1º estudo O habito de lazer cultural brasileiro, para analisar os hábitos de lazer relacionados à cultura, como ler um livro, assistir a um filme no cinema, visitar exposições, ir ao teatro ou a espetáculos de dança.
O levantamento foi realizado em mil domicílios de setenta cidades, em nove regiões metropolitanas, e buscou compreender a visão da população sobre atividades culturais de lazer, os motivos que a levam ou não a procurar essas atividades e a avaliação dos consumidores sobre sua participação no ambiente cultural.
Os resultados: em 2007, mais da metade dos entrevistados não havia lido sequer um livro, nem ido ao teatro, ao cinema, ou visitado exposição de arte, assistido a show de música ou espetáculo de dança. O principal motivo alegado: falta de hábito ou gosto.
A inércia em relação à cultura apontada na pesquisa correlacionava-se com a questão Inter geracional: os pais dos não-participantes não tinham o hábito de frequentar ambientes culturais, e por isso não estimulavam os filhos. E a análise dos dados mostrou que estes achados independiam do gênero, da faixa etária, da classe social, da renda ou do grau de escolaridade do entrevistado.
Entre outros órgãos culturais, em Brumado, a ALAB – Academia de letras e artes de Brumado, O ABRACADABRA com o seu movimento cultural diversificado, o Professor José Walter (cordelista) com apresentações várias em muitos locais, divulgando o seu trabalho literário e cordéis nas escolas, na faculdade local, têm o compromisso de difundir a cultura e levar para a população esse movimento cultural/educacional por meio de apresentações em vários seguimentos: escolas, praças e demais ambientes recipientes à cultura. Da participação popular depende o sucesso dessas apresentações que precisa do reconhecimento e a valorização para essa iniciativa que se entende como um direito da cidadania ter acesso a esse movimento, importante trabalho que se tem firmado como positivo.
A cultura representa a civilização do homem e o remete à realidade social e ao conhecimento das ideias, das crenças, costumes e condições da alma do povo em suas diferentes opções, seja escrita ou oral que incorpora o conhecimento geral, a se expressarem conforme leituras realizadas sobre o tema arguido sem acanhamento, distinguindo o conceito popular do erudito nas suas comunicações.
As preocupações com a cultura fazem parte da organização social e, atento a isso, foi instituída a Lei 13.018 de 2014 a Política Nacional de Cultura Viva para ampliar o acesso da população aos meios de produção, circulação e fruição cultural a partir do apoio do Ministério da Cultura (MinC), em parceria com governos estaduais e municipais e por instituições, como escolas e universidades com resultados exitosos. Divulgação do Plano Nacional de Cultura (PINC 2010).
Antonio Novais Torres
antoniotorresbrumado@gmail.com
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