Do total de 417 municípios baianos, 391 fizeram investimentos abaixo da média nacional (R$ 403,37) na saúde de cada habitante durante o ano de 2017. Os dados foram divulgados na última segunda-feira (21) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e são referentes às declarações no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde.
O levantamento mostra que, naquele ano, o maior valor aplicado por um gestor municipal da Bahia, com recursos próprios, em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS), foi de R$ 2.017 por habitante, em São Francisco do Conde. Em seguida, aparecem Madre de Deus (R$ 1.216,95) e São Desidério (R$ 912,07). Do lado oposto do ranking está Conceição do Coité. O município investiu apenas R$ 122,84 por cada morador.
Na penúltima posição aparece Valença (R$ 124,56), seguida de Santo Amaro (R$ 129,31). Considerando-se apenas a Bahia, a média de investimento foi de R$ 470,66 por pessoa. A média estadual de 2017 é ligeiramente maior do que a registrada nos dois anos anteriores: R$ 459,19 em 2016 e R$ 464,64 em 2015. As informações são do Bahia Notícias.
A desarticulação política do Planalto aproxima o governo de Jair Bolsonaro da frigideira na disputa pela presidência do Senado. Numa articulação que inclui lances de egocentrismo e megalomania, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) imprime as digitais da Presidência da República na candidatura de Davi Alcolumbre (DEM-AP). Trata-se de algo muito parecido com uma opção preferencial pela trapalhada, pois até os aliados do governo avaliam que não há milagre capaz de fazer de Alcolumbre o próximo comandante do Senado.
No seu penúltimo lance, Onyx enviou um emissário para conversar com Simone Tebet (MS), que mede forças com Renan Calheiros (AL) pela vaga de postulante do MDB ao comando do Senado. Em nome do chefe da Casa Civil, o deputado não-reeleito Leonardo Quintão (MDB-MG) propôs que Simone abdicasse de sua pretensão em favor de Alcolumbre. Em troca, o governo apoiaria uma candidatura da rival de Renan para chefiar o Senado no biênio 2021-2022. A oferta, por risível, foi refugada.
Em vez vez de recuar, Simone avançou. Reuniu-se a portas fechadas, por exemplo, com Tasso Jereissati (CE), candidato do PSDB. Aproximou-se da obtenção do apoio do tucanato. Em privado, Tasso já acena com a hipótese de se juntar à adversária de Renan caso ela prevaleça na briga interna do MDB. De resto, Simone procurou aliados para informar que não cogita recuar
Além de exorcizar o flerte do Planalto, Simone Tebet desmontou uma trapaça que atribuiu a Renan. A senadora contou que o companheiro de partido espalhava o “boato” de que a candidatura dela seria de fachada. Coisa urdida com o propósito de simular uma disputa partidária e atenuar a onda de ataques a Renan. Nessa versão, Simone desistiria na reta de chegada. Como prêmio, levaria a presidência da Comissão de Constituição e Justiça.
Simone disse aos colegas que considera “inaceitável” qualquer tipo de composição com o cacique alagoano. “Do contrário, teria que mudar do Brasil”, ela exagerou. Quanto à sondagem encomendada por Onyx Lorenzoni, tachou-a de “ofensiva”. No esforço que empreende para inflar seus desastres, o chefe da Casa Civil conseguiu irritar até os hipotéticos aliados.
O senador eleito Major Olímpio (SP), lançado pelo PSL, partido do clã Bolsonaro, como alternativa na corrida pela poltrona de presidente do Senado, diz cobras e lagartos de Onyx. Acusa-o de meter o nariz onde não deveria. O deputado Rodrigo Maia (RJ), correligionário de Onyx no DEM, também está irritado.
Em harmonia com o óbvio, Rodrigo Maia concluiu que nem o Todo-Poderoso conseguiria convencer os demais partidos a admitir que o DEM presidisse simultaneamente as duas Casas do Congresso. Por isso, Maia enxerga o esforço de Onyx para emplacar Alcolumbre no Senado como uma espécie de sabotagem contra a sua reeleição na Câmara, já praticamente pavimentada.
Aos pouquinhos, Onyx vai conseguindo a proeza de unificar as forças políticas contra o Planalto. Azeda as relações a pretexto de empinar a anticandidatura do azarão Alcolumbre. Em condições normais, seria como pisar de propósito numa casca de banana. Num instante em que Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, chega ao Senado emporcalhado pelo Coaf, é como se Onyx estivesse decidido a impor ao governo a transposição de uma passarela recoberta de cachos de banana.
O pai e a madrasta de uma criança de 4 anos foram presos na terça-feira (22) suspeitos de torturar e acorrentar o menino em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, o menor foi encontrado acorrentado no quintal da casa onde morava com a dupla de suspeitos.
Ainda segundo a polícia, o garoto morava com o pai e a madrasta, enquanto a mãe dele residia em outro município. Policiais foram até a residência após uma denúncia anônima. Não há informações do que motivou os suspeitos a cometerem o crime.
A vítima foi entregue ao Conselho Tutelar, que levou o menino para o Hospital em Serra Talhada. O garoto passou por exames traumatológicos e está internado na unidade de saúde.
O menino tinha sinais de espancamento e estava muito debilitado, conforme informou o Conselho Tutelar. A mãe da vítima foi localizada e está no hospital junto com o filho. Ao Conselho, ela informou que o pai do garoto não deixava que ela tivesse contato com a criança.
A mãe também disse que já tinha entrado com um processo na Justiça para ter a guarda do filho. Tanto o pai quanto a madrasta serão apresentados em audiência de custódia nesta quarta-feira (23). O Conselho Tutelar e a Polícia Civil vão continuar acompanhando o caso.
O Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil empregos formais, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (23) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Esse foi o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais.
De acordo com a secretaria, em dezembro, devido às características habituais do período para alguns setores, houve retração no mercado formal. A queda no mês ficou em 334,4 mil postos, resultado de 961,1 mil admissões e 1,2 milhão de desligamentos.
Para quem pediu um benefício ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), toda espera é longa. O desconforto com a demora é ainda maior porque, na maioria dos casos, o segurado deixa o posto com a promessa de que receberá uma resposta em até 45 dias e, quando esse prazo não é cumprido, a ansiedade só cresce. Administrativamente, não há muita opção.
O segurado que pediu uma aposentadoria ou quem solicitou uma pensão por morte, por exemplo, pode registrar uma reclamação na Ouvidoria da Previdência, mas as garantias de algum resultado não são grandes.
O advogado João Badari, do Aith, Badari e Luchin Advogados, diz que, a partir dos 45 dias, opta por ir à Justiça, alegando “negativa tácita”, devido à falta de resposta. “O segurado pode judicializar, sem advogado, no Juizado. Por causa da fila única, hoje não há muito o que fazer administrativamente”, explica Badari.a
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em março foi de 0,30%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 23. É o menor resultado registrado para o mês desde 1995. O indicador é considerado uma “prévia” da inflação oficial do mês em que é divulgado.
A gasolina foi o item que mais registrou queda no período, de 2,73%. No começo do ano, a Petrobras baixou o preço do combustível vendido nas refinarias ao menor valor, desde 2017, vendido a 1,4337 reais por litro. A queda dos preços na ponta da cadeia dessa vez foi sentida nas bombas e chegou ao consumidor final.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do combustível no país foi de 4,258 na semana entre os dias 13 e 19 de dezembro. Na segunda quinzena de dezembro, o combustível custava 4,365 em média no Brasil. Segundo o IBGE, os preços do etanol (-1,17%) e do óleo diesel (-3,43%) também caíram, contribuindo para o resultado de -2,4% dos combustíveis. Completam as baixas no setor de transportes os preços de passagens aéreas (-3,94%), que haviam subido 29,61% em dezembro.
Em comparação com o período anterior, dezembro, o IPCA-15 teve aceleração, já que havia registrado deflação de -0,16%. Segundo o IBGE, o setor de alimentação teve alta nos preços nas primeiras semanas de janeiro e pesou no resultado. A inflação oficial do Brasil em 2018, IPCA, fechou em 3,75%.
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