Mês: julho 2020

IBGE: Em maio, menos da metade da população estava ocupada

Um dos efeitos econômicos mais graves na pandemia do novo coronavírus é a perda de mão de obra ocupada. Em maio, o número de brasileiros desempregados chegou a 12,7 milhões, uma taxa de desocupação de 12,9% no trimestre encerrado em maio contra 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, antes do início da pandemia no país. Os dados são da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 30.

Segundo o instituto, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar chegou a 49,5% no trimestre encerrado em maio, o mais baixo nível da ocupação da série histórica, iniciado em 2012. “Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o nível da ocupação ficou abaixo de 50%. Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

São 85,9 milhões de pessoas ocupadas. No trimestre encerrado em maio, 7,8 milhões de pessoas saíram da população ocupada, uma queda de 8,3%. O primeiro a sentir os efeitos de crises na ocupação foi o mercado informal. “É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, destaca Beringuy. Com essas reduções, o contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) chegou a 98,6 milhões de pessoas, uma queda de 7,4 milhões (-7%) em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

“Uma parte importante da população fora da força é formada por pessoas que até gostariam de trabalhar, mas que não estão conseguindo se inserir no mercado, muito provavelmente em função do cenário econômico, das dificuldades em encontrar emprego, seja devido ao isolamento social, seja porque o consumo das famílias está baixo e as empresas também não estão contratando. Então esse mês de maio aprofunda tudo aquilo que a gente estava vendo em abril”, afirma a pesquisadora.

Esgotado com o coronavírus, prefeito de Itabuna pretende reabrir o comércio nesta quarta-feira (01)

Foto: Reprodução/Câmara de Itabuna

Apesar do expressivo número de casos confirmados do novo coronavírus, a prefeitura de Itabuna pretende decretar a reabertura do comércio nesta quarta-feira (01). O repórter Cledeilton Santos adiantou que o comércio deverá funcionar em horário diferenciado, das 9h às 16h, com regras rígidas de distanciamento e uso de máscara e álcool gel. O prefeito Fernando Gomes disse que não há mais como suportar o fechamento do comércio.

À imprensa, ele garantiu que não tem medo de ser preso e que o povo precisa trabalhar. “Nem que a justiça me prenda, mas o comércio abre quarta-feira”, falou. Na semana passada, os ônibus voltaram a circular na cidade, das 8h às 17h30, com frota reduzida. Segundo Santos, a prefeitura vem desenvolvendo um plano especial de contingência para que essa reabertura seja feita de forma prudente.

O decreto de reabertura do comércio deve ser publicado ainda hoje no Diário Oficial do Município. Na última vez que o gestor tentou reabrir o comércio, o Ministério Público o impediu. Itabuna possui 2457 casos confirmados da Covid-19, além de 67 óbitos registrados. Vale lembrar que a cidade é a segunda da Bahia em número de casos confirmados.

PACIENTES COM CERATOCONE TÊM ALTERNATIVAS PARA TRATAR O PROBLEMA

Por Equipe Times Brasília 

Doença que pode motivar cegueira reversível é a maior causa de transplantes de córnea no Brasil

Em tempos de pandemia, muito se fala em não colocar as mãos no rosto. Mas quando um cisco cai nos olhos ou surge uma sensação de coceira, a reação mais comum é a de esfregar a região para diminuir o incômodo. Pois esse hábito que parece ser inofensivo pode não somente tornar os olhos porta de entrada para o novo coronavírus (Covid-19), como também ser responsável pelo surgimento de problemas oculares, como o ceratocone, doença que é o tema da campanha Junho Violeta. “O ceratocone é uma enfermidade não inflamatória que afeta a estrutura da córnea, que é uma fina camada transparente na parte da frente do globo. A córnea é a principal lente do olho e com o afinamento e alteração de curvatura gerados pelo ceratocone, podem surgir visão embaçada ou dupla, imagens ‘fantasmas’, dor de cabeça e sensibilidade à luz”, destaca o Dr. Pedro Bertino*, médico do Hospital de Olhos Inob, empresa do Grupo Opty.

Além de uma tendência genética, alguns hábitos também podem potencializar o aparecimento da enfermidade, como o costume de coçar os olhos, o principal fator de risco associado. “Se não cuidado, o ceratocone leva à cegueira reversível, que pode ser recuperado com os tratamentos. Dependendo da evolução da doença, o oftalmologista pode escolher diferentes abordagens. Entretanto, quanto mais novo o paciente, mais agressiva é a doença e, consequentemente, ele tem menos qualidade de vida”, ressalta o Dr. Guilherme Rocha, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty. Continue lendo