Dia: 27 de julho de 2020

Educação: Novo Fundeb vai tirar 46% das cidades de condição de subfinanciamento

O novo Fundeb vai possibilitar uma expansão de recursos para a educação que tira ao menos 46% dos municípios brasileiros da condição de subfinanciamento.

O esforço fiscal não será trivial. O novo modelo exigirá da União mais do que o dobro de dinheiro hoje destinado pelo fundo ao financiamento da educação básica.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) que torna o fundo permanente foi aprovada na Câmara na terça-feira (21). O texto ainda precisa passar pelo Senado.

O gasto por aluno no Brasil não chega à metade da média de países desenvolvidos, e isso será impactado. Porém, há discussões sobre a pertinência de se elevar esses gastos.

Há especialistas que dizem que o país elevou recursos nas últimas décadas e não alcançou resultados a contento. Destacam ainda experiências exitosas com os orçamentos atuais, mesmo em cidade pobres. Isso reforçaria o argumento de que o problema é de gestão.

O desafio do Brasil é a desigualdade. Desestruturadas, as escolas têm jornadas de aulas reduzidas e falta de professores. Há ainda mais de 7 milhões de crianças e jovens fora dos colégios.

Principal mecanismo de financiamento à educação básica, o Fundeb reúne parcela de impostos de estados e municípios e uma complementação da União para atender estados e respectivos municípios que não atingem um valor mínimo por aluno a cada ano.

As verbas são redistribuídas com base no número de estudantes e modalidade. Matrículas em creche e ensino integral têm valores maiores, por exemplo. Continue lendo

Dona de casa morre após ser medicada com hidroxicloroquina sem o consentimento da família

Uma dona de casa, de 54 anos, morreu, vítima da Covid-19, uma semana depois de ter sido medicada com a hidroxicloroquina, no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em São Paulo.

Segundo a irmã da vítima, a auxiliar de enfermagem aposentada, Zileide Silva do Nascimento, o medicamento foi dado sem o consentimento da família.

Em entrevista à Agência Pública de jornalismo investigativo do Brasil, Zileide contou que recebeu uma ligação do hospital, no dia 1º de maio, informando que a irmã dela, Zemilda Silva do Nascimento Gonçalves, estava em estado estável e era medicada com hidroxicloroquina.

O medicamento foi dado à paciente entre os dias 30 de abril e dia 4 de maio. Após esse período, Zemilda teve que fazer duas hemodiálises porque teve problemas nos rins. Na madrugada do dia 11 de maio, a paciente não resistiu e acabou morrendo.

No atestado de óbito consta que as causas da morte foram insuficiência respiratória aguda, infecção por coronavírus, pressão alta e colesterol alto.

“Eu imaginava que [a hidroxicloroquina] fosse algum medicamento bom. Se tivessem me falado dos perigos, eu não teria autorizado”, disse Zileide.

Procurada pela Agência Pública, a Fundação do ABC, que administra o hospital, informou que “não divulga dados relacionados ao atendimento prestado aos pacientes, como determina o Código de Ética Médica”.

Estudantes da rede pública de municípios da região sudoeste sofrem com a falta de aulas

Caetité ainda não adotou o sistema de aulas online na rede pública de ensino. (Foto: Lay Amorim.

As aulas presenciais estão suspensas em todo o país devido à pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. Por conta da situação, diversos municípios baianos, a exemplo de Brumado, Dom Basílio e Caculé, adotaram o sistema de aulas online na rede pública de ensino para evitar prejuízos maiores aos estudantes.

Na contramão da história, conforme apurado, onze cidades da região sudoeste não adotaram a nova medida e estudantes estão sofrendo com a falta de aprendizado.

Em Aracatu, Anagé, Maetinga, Tanhaçu, Ituaçu, Barra da Estiva, Tanque Novo, Rio de Contas, Presidente Jânio Quadros, Caetité e Igaporã, as secretarias municipais de educação não adotaram a tecnologia online como aliada para o retorno das aulas.

Pais de alunos cobram mais empenho e atenção para a educação pública nas referidas cidades para que o prejuízo não seja maior no futuro para crianças, adolescentes e jovens.

Jussiape: PM fecha bares após denúncia de aglomeração em festa com ‘paredão’

Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Moradores se aglomeraram em uma festa de aniversário ao ar livre na noite de sábado (25), em Caraguataí, distrito de Jussiape, na região da Chapada Diamantina. A comemoração teve fogos de artifício, carros com som “paredão”, e a praça pública estava cercada com mesas e bebidas. Segundo a Prefeitura de Jussiape, todas as providências foram tomadas para dispersar a aglomeração de forma pacífica e responsável.

Segundo a Polícia Militar, muitas pessoas estavam aglomeradas nos bares, quase todas sem máscaras, e sem distanciamento social, descumprindo o decreto de isolamento. A PM, junto com o coordenador epidemiológico, Marlúcio Caires, orientou a todos sobre o uso da máscara e também orientou os proprietários dos bares para o fechamento dos estabelecimentos para encerrar a festa.

Por meio de nota enviada ao G1, o prefeito Éder Jakes (MDB), que também é médico, disse que não estava ciente da realização do evento, pois não colocaria a saúde da população em risco. “É inadmissível eventos em meio à pandemia”, relatou. A Prefeitura de Jussiape informou ainda, que, desde o início da pandemia, tem tomado medidas contra a propagação do vírus na cidade.

O município tem dois casos curados da Covid-19 e não tem estrutura pare receber pacientes com sintomas agravados pelo vírus. Ainda segundo a prefeitura, Rio de Contas, município vizinho a Jussiape, registrou um aumento de casos da doença nos últimos dias.

A Secretaria de Saúde de Jussiape possui um serviço de comunicação para que seja possível informar às autoridades de saúde, a chegada recente ao município de pessoas que vieram de outras cidades que já possuem registro de infecção além de denúncias sobre aglomerações. O número disponibilizado pela Secretaria de Saúde é: (77) 99125-6261.