O Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus anunciou que o maior buraco de ozônio sobre o continente Ártico, que tinha mais de 1 milhão de km², se fechou. Os cientistas explicaram que a recuperação não teve relação com a redução de emissões poluentes devido ao isolamento social no mundo, causado pela pandemia de covid-19.
Esse buraco sequer foi consequência da poluição, e sim de um vórtice polar especialmente poderoso. Trata-se de um sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos. Quando esse fenômeno se dissipou, permitiu a chegada de ar rico em ozônio, e a camada do Ártico conseguiu se recuperar.
Além da extensão impressionante, o buraco chegou a esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera. Segundo os pesquisadores, a última vez que um forte esgotamento químico de ozônio foi observado no Ártico foi em 2011.
A escassez de ozônio no Polo Sul, por outro lado, é causada pela ação humana: poluentes fazem com que substâncias como cloro e bromo cheguem à estratosfera e se acumulando em um vórtice polar, tornando mais fina a camada que protege a Terra da radiação ultravioleta.
Já no Ártico, os vórtices polares são muito mais fracos, e por isso as condições necessárias para um forte esgotamento de ozônio normalmente não são encontradas. Por isso a equipe disse que o buraco deste ano era algo “sem precedentes” na região.
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