A rentabilidade dos bancos em 2018 foi a mais alta em sete anos, voltando a níveis pré-crise, segundo o Banco Central (BC). O retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário, que mostra o percentual de lucro com relação ao total investido pelos acionistas dos bancos, alcançou 14,8% em dezembro, no melhor fechamento anual desde 2011, quando foi de 16,5%, de acordo com o Banco Central.
Segundo o diretor de fiscalização do BC, Paulo Souza, com esse resultado, as instituições brasileiras ficam na média da rentabilidade mundial. A melhoria foi influenciada pelo forte recuo nas despesas de provisão, que trata-se de uma receita que fica reservada para um gasto já previsto, segundo Souza.
Em 2016, essa linha somou 120 bilhões de reais, montante que caiu para 85 bilhões de reais em 2017 e para cerca de 65 bilhões de reais no ano passado. Esse instrumento é utilizado pelos bancos como precaução para atrasos ou calote nos pagamentos.
Segundo ele, a despesa de provisão deve agora se manter nessa faixa, a não ser que medidas estruturais, de melhoria no ambiente de garantias, levem a uma redução na inadimplência.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já chegou a afirmar que, embora o lucro dos bancos seja crescente, a rentabilidade no Brasil já foi bem maior, na casa de 19% a 20% ao ano, quando a Selic também era mais alta. Hoje, a taxa básica de juros está na sua mínima histórica de 6,5%.
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