Dia: 26 de janeiro de 2023

Bolsonaro já tentou extinguir reserva Yanomami quatro vezes

Quando era deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou extinguir terras indígenas dos Yanomami.  (AP Foto/Eraldo Peres)
Quando era deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou extinguir terras indígenas dos Yanomami. (AP Foto/Eraldo Peres)
  • Quando era deputado, Bolsonaro tentou, por decreto, extinguir a então recém-criada reserva dos Yanomami;
  • Argumento do então parlamentar era de que indígenas da etnia Yanomami seriam Venezuelanos;

  • Reserva foi criado há 30 anos por ameaça de garimpeiros a vida dos indígenas.

Há 30 anos, o então deputado Jair Bolsonaro apresentou um decreto legislativo que visava a extinção da reserva Yanomami, demarcada pelo então presidente Fernando Collor de Mello. Na justificativa, o agora ex-presidente da República questionava a origem dos indígenas, que transitam entre o Brasil e a Venezuela. As informações foram apuradas pelo site Congresso em Foco.

Atualmente, a gestão dele é alvo de uma investigação que busca averiguar se houve tentativa de genocídio contra indígenas Yanomamis, devido à crise enfrentada pelos grupos da etnia atualmente.

“Questionamos se o total de indígenas ‘encontrado’ pela Funai [Fundação Nacional do Índio] é realmente de brasileiros ou venezuelanos”, aponta Bolsonaro em decreto na época.

O questionamento sobre a nacionalidade dos Yanomamis tem sido levantado até hoje, principalmente por bolsonaristas que acreditam que os indígenas seriam responsabilidade do país vizinho. Dessa forma, para eles, não seria papel do governo brasileiro atender a população que vive uma crise humanitária e de saúde.

Segundo especialistas, os grupos da etnia costumam se deslocar em grandes áreas que, sim, correspondem aos dois países. Por isso, Yanomamis precisam de grande extensão de terras para conseguir sobreviver dentro dos próprios costumes.

No decreto, Bolsonaro escreve: “Torna sem efeito o Decreto de 25 de maio de 1992, que homologa a demarcação administrativa da terra indígena Yanomami”.

Na época, ele integrava o PDC do Rio de Janeiro e alegou ainda que a nacionalidade dos yanomamis ameaçava a “defesa do território nacional”. O texto foi arquivado no final da legislatura.

Bolsonaro não desistiu e pediu o desarquivamento em 1995. Ele conseguiu, além disso, o parecer favorável do então deputado Elton Rohnelt (PSC-RR), dono de uma mineradora e ligado a garimpeiros, segundo o Congresso em Foco. O futuro ocupante do Planalto foi mais longe e conseguiu apoio de 257 deputados para solicitar urgência na votação do texto em plenário.

Mas o pedido de urgência acabou rejeitado e, quando o texto voltou às comissões, foi novamente arquivado.

Em 1998, ele tenta novamente levantar a pauta. Nessa época, fez um discurso elogioso a Cavalaria dos Estados Unidos, que quase extermínou as populações indígenas estadunidenses.

“A Cavalaria brasileira foi muito incompetente”, está em seu discurso proferido no dia 16 de abril de 1998, como deputado então do extinto Partido Progressista Brasileiro (PPB). “Competente, sim, foi a Cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esse problema no país”. Ele faz, porém, uma ressalva, bem no estilo avança e recua que lhe é característico: “Se bem que não prego que façam a mesma coisa com o índio brasileiro, recomendo apenas (…) se demarcar reservas indígenas em tamanho compatível com a população”.

Assim, pediu novamente o desarquivamento do decreto naquele ano, mas não obteve sucesso.

Uma nova tentativa, dessa vez, melhor sucedida, ocorreu em 2003, quando ele já integrava o Progressistas. Na época, o texto chegou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas foi novamente arquivado. Agora, de forma definitiva.

Assim, foram quatro tentativas de votar o mesmo decreto.

A ameaça do garimpo

Em 1990, a região onde vivem os Yanomamis foi tomada por pelo menos 40 mil garimpeiros, mostra apuração do Congresso em Foco. Cerca de 38 mil indígenas ocupavam o território.

A expectativa atual é de que 20 mil garimpeiros estejam na região atualmente. Esse é o principal fator apontado para a crise enfrentada pela população indígena.

A proposta de demaração das Terras Yanomamis começou na Constituição de 1988, ainda no governo de José Sarney. A área, de 9 milhões de hectares, era estipulada em tamanho 70% menor, mas a invasão do garimpo e a pressão internacional fez com que o território fosse ampliado legalmente.

Artesãos condeubenses se organizando em prol do bem comum para todos

Por Joandina de Carvalho

Encontro de artesãs condeubenses realizado no Cantinho do Beija-Flor Mandassaia do Alegre

No domingo passado, dia 22 de janeiro, aconteceu um importante encontro no sítio Cantinho Beija – Flor/ Mandassaia do Alegre. Artesãos e apoiadores da Arte e da Cultura como fonte de renda nessa região do município de Condeúba avaliaram o trabalho que estão realizando. O encontro foi importante também pela possibilidade de sonhar e fazer projetos.
O encontro foi coordenado por Joandina Carvalho, que mora na região, Joelma Prado, presidente da Associação dos Artesãos de Belo Campo e Creuza que entre outras funções é atual coordenadora adjunta do território do Sudoeste Baiano e Conselheira do Conselho Estadual do CEDETER. Creuza participa do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, em Belo Campo.
A experiência de Joelma e Creuza compartilhada conosco trouxe luzes e sonhos para a nossa caminhada, já que no município de Condeúba temos diversos grupos de artesãos mas ainda desarticulados.
Um dos pontos destacados foi o apoio que recebem do governo municipal, Cesol e Sebrae. Marcaram presença no encontro o vereador Maurílio Guilherme e Marcos, secretário de Cultura do Município de Condeúba.
A arte e o artesanato podem ajudar as pessoas e a sociedade se transformarem. A experiência de Jéssica, que também participou do encontro é um exemplo de inclusão através da arte.
Esperamos que esse intercâmbio cultural continue e com um apoio maior da Prefeitura Municipal de Condeúba.

Fotos: Joandina

Cordeiros/Condeúba: Chuva forte derruba ponte na Fazenda Araçás

Ponte da Fazenda Araçás no momento que caiu

Uma tromba dágua que caiu na noite de ontem quarta-feira dia 25 de janeiro de 2023, no município de Cordeiros margeando a Serra passou pelo Distrito de Mandassaia em Coneúba, seguindo rumo ao Distrito de Feirinha, Distrito do Alegre e Comunidade do Olho d’Água e adjacências, provocou muitas inundações e vazões de represas, na Fazenda Araçás no corredor de José Avelar a ponte sobre o Rio Condeúba cedeu e ficou incomunicável a ligação entre os distritos da Feirinha com Mandassaia, já na ponte que liga o Distrito de Mandassaia à Cordeiros as águas estavão passando sobre a ponte da Divisa, no período da manhã desta quibta-feira (26),  estava sem condições de trafegar veículos de pequeno porte.

Veja vídeo feito pelo amigo Marcio da Ambulância

 

Condeúba: Morreu a Sra. Alvina Maria de Souza aos 92 anos de idade

 

Sra. Alvina Maria de Souza, morreu aos 92 anos de idade

Morreu na noite de ontem quarta-feira dia 25 de janeiro de 2023 às  21:00 horas no Hospital Samur em Vitória da Conquista a condeubense Sra. Alvina Maria de Souza aos 92 anos de idade. Segundo informações de familiares, a causa morte foi DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA. Sra. Alvina era viúva do Sr. Adriano Antônio de Souza e deixou 7 filhos: BENTO, MARIA, JOÃO, ANTONIA, MARIA DE LOURDES, IZABEL E RITA DE CÁSSIA além de 8 netos e 7 bisnetos. O corpo está sendo vela na sua redidência à Praça Santo Antônio nº 412 Centro, o sepultamento será hoje dia (26), às 17:00 horas no Cemitério Municipal Barão José Egídio de Moura e Albuquerque na sede em Condeúba. A família agradece a todos que comparecer a esse ato de fé e solidariedade Cristã.

Atendimento: FUNERÁRIA SÃO MATHEUS

Nós do Jornal Folha de Condeúba, neste momento de muita dor e luto, prestamos nossos mais sinceros sentimentos de solidariedade e amor à família da Sra. Alvina, na esperança de que Deus nosso Pai, dê todo o conforto e consolo necessário aos parentes e amigos. Que permaneçam as boas lembranças, carinho e afeto para com a memória dela, descanse em paz, nas graças de Deus Senhora Alvina.