Dia: 9 de janeiro de 2023

Condeúba: Morreu o Sr. Geraldo de Magela Novaes Patente aos 86 anos de idade

 

Sr. Geraldo de Magela Novaes Patente,  morreu aos 86 anos de idade

Morreu na manhã desta segunda-feira dia 9 de janeiro de 2023 às 11:00 horas o Sr. Geraldo de Magela Novaes Patente aos 86 anos de idade. Segundo informações de familiares, a causa morte foi natural. O Sr. Geraldo deixou viúva a Sra. Jovelina de Souza Patente e dois filhos: Darley Souza Patente e Yelanei Sousa Patente Aragão além de 4 netos: Filipe Carvalho Patente, Flavia Carvalho Patente, Beatriz Carvalho Patente e Matheus Sousa Patente Aragão. O corpo será velado no Memorial São Matheus, o sepultamento será amanhã terça-feira (10), às 11h30min., no Cemitério Municipal Barão José Egídio de Moura e Albuquerque na sede em Condeúba. A família agradece a todos que comparecer a esse ato de fé e solidariedade Cristã.

Atendimento: FUNERÁRIA SÃO MATHEUS

Nós do Jornal Folha de Condeúba, neste momento de muita dor e luto, prestamos nossos mais sinceros sentimentos de solidariedade e amor à família do Sr. Geraldo, na esperança de que Deus nosso Pai, dê todo o conforto e consolo necessário aos parentes e amigos. Que permaneçam as boas lembranças, carinho e afeto para com a memória dele, descanse em paz, nas graças de Deus amigo Geraldo.

Caetité: Realizada a corrida superação Run 5 km, atleta condeubense fatura o 2º Lugar

 

O atleta condeubens “Beto”, exibindo o trofeu de segundo lugar na corrida superação run 5 km de Caetite

Caetité/BA., atleta de Condeúba Beto conquista primeiro pódio de 2023 na corrida superação run 5 km 2º Lugar na categoria de 40 a 49 anos. O atleta Beto que veio diretamente de São Paulo onde esteve praticipando da São Silvestre.

Beto agradece a todos que lhe apoiaram: Gratidão aos Postos Condeúba e Ringo, Bruna Móveis, Açaímix, Fabiana Moreira Nutricionista, Prefeitura de Condeúba, Biofarma, Forte Farma e Jornal Folha de Condeúba.

Fotos:: Org. evento

Ditadura só é boa para os ditadores. O voto é a única arma que o povo deve usar para chegar ao poder!

O que ocorreu ontem em Brasília nos conduz a um estado de reflexão, exige de todo cidadão brasileiro o uso da sua racionalidade, da sua prudência e do seu equilíbrio. Corremos sério risco de assistir nossa pátria ser transformada em um campo de batalha, em convulsão social, em derramamento de sangue.

É uma situação que requer muito equilíbrio de toda a sociedade brasileira, principalmente de quem defende a democracia. Ditadura só é boa para os ditadores. A ação da polícia, do Exército, guardiãs do ordem pública, que protegem os homens, as mulheres e as crianças, precisam intervir sim.

A disciplina tem que se fazer presente em todos os locais: nas escolas, nas universidades, nas ruas, nos órgãos públicos, em todos os locais, inclusive, no Congresso Nacional, representação do povo, como é o Executivo, legitimamente eleitos pelo povo.

O voto é a arma que a sociedade tem para manifestar sua insatisfação.

Medicamento usado para diabetes poderá ser usado contra a obesidade

Foto: Reprodução/Pfizer

A semaglutida já era utilizada no Brasil para tratamento do diabetes tipo 2 e agora pode ser usada também no tratamento de sobrepeso e obesidade, em forma de medicamento injetável. Há, no entanto, diferença de dosagem.

Enquanto que para o controle da glicose a semaglutida aplicada é de 0,5 miligrama a 1 miligrama, para redução do peso corporal a substância é de 2,4 miligramas.

A semaglutida é da mesma família da liraglutida, também utilizada nos dois tratamentos. Mas o diferencial do medicamento aprovado pela Anvisa no início deste ano é sua eficácia.

A semaglutida é vista entre os médicos como um avanço no tratamento da obesidade. Isso porque os outros medicamentos existentes possibilitam uma perda de peso de, no máximo, 10%.

“Quando o paciente tem uma indicação de perda de peso inferior a 5% do peso corporal, a melhor indicação é mudança de hábito alimentar. Quando tem a necessidade de perda de peso de mais de 5%, até 15%, aliam-se as mudanças de hábitos de vida e a terapia farmacológica. A novidade é que a semaglutida pode reduzir mais de 15%”, explica o médico Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Líderes mundiais condenam ação de bolsonaristas, e Biden chama ataques de ultrajantes

SÃO PAULO, SP, E LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Líderes mundiais condenaram a invasão a diferentes pontos da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde deste domingo (8), por manifestantes golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos primeiros a se manifestar foi Gabriel Boric, presidente chileno. “O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia”, disse, por meio do Twitter.

Outro líder a demonstrar repúdio aos atos foi Alberto Fernández, presidente da Argentina, por meio de uma série de mensagens postadas no Twitter em que presta apoio ao presidente Lula e menciona uma “tentativa de golpe de Estado”. “Quem tentar desrespeitar a vontade da maioria ameaça a democracia e merece não só a resposta legal adequada, mas também a condenação da comunidade internacional”, diz uma das postagens.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também classificou o episódio de tentativa de golpe em mensagem que condenava a invasão. Em visita à fronteira com o México, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a situação no Brasil é ultrajante.

Pouco depois, em tuíte, o americano disse condenar o que chamou de “ataque à democracia e à transferência pacífica de poder no Brasil”. Ele manifestou o apoio dos EUA às instituições democráticas do país e disse que “a vontade da população do Brasil não pode ser minada”.

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, também usou a rede social para dizer que uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) seria urgente diante da situação. “Toda minha solidariedade a Lula e ao povo do Brasil. O fascismo decide atacar. A Direita não conseguiu manter o pacto de não-violência”, completou.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, chamou os atos de “ações de natureza fascista” por meio de sua conta de Twitter. “Condenamos o ataque às instituições em Brasília, que se trata de uma ação condenável e um ataque direto à democracia”, afirmou também.

Ignacio Ybáñez, embaixador da União Europeia no Brasil, afirmou que estava “seguindo com grande preocupação os atos antidemocráticos e as ações violentas na Praça dos Três Poderes”. Já a Embaixada dos EUA emitiu um alerta a cidadãos americanos em Brasília para evitar a região invadida.

O governo de Portugal, liderado pelo primeiro-ministro António Costa (Partido Socialista), repudiou os atos antidemocráticos. Em nota divulgada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo luso afirmou que “condena as ações de violência e desordem que hoje tiveram lugar em Brasília” e reiterou seu “apoio inequívoco às autoridades brasileiras na reposição da ordem e da legalidade”.

“O Governo transmite a sua inteira solidariedade à Presidência da República do Brasil, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, cujos edifícios foram violados nas manifestações antidemocráticas que tiveram lugar esta tarde”, diz o texto. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também condenou o episódio. O chefe de Estado se manifestou ao vivo, por chamada telefônica, durante o telejornal da emissora SIC, uma das líderes de audiência do país.

Outros líderes europeus também se pronunciaram. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que “instituições democráticas devem ser respeitadas” e que “o Presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também ofereceu apoio ao presidente e “às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro”.

O vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, disse, também por meio do Twitter, que acompanha com preocupação a situação no Brasil e que “qualquer ato de violência contra as instituições democráticas deve ser veementemente condenado”. A mensagem foi compartilhada na rede social por Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana.

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, mencionou sua “condenação completa do atentado às instituições democráticas do Brasil”.

Autoridades dos Estados Unidos também fizeram declarações de apoio. O presidente americano, Joe Biden, que neste domingo fez uma viagem a El Paso, afirmou que o ataque acontecido no Brasil é “ultrajante”.

Jake Sullivan, assessor de segurança nacional dos EUA, afirmou que Biden estava “acompanhando a situação de perto”. “Nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável. A democracia brasileira não será estremecida pela violência”, disse ele.

O secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que “usar violência para atacar instituições democráticas é sempre inaceitável”.

Integrante da comissão que investiga a invasão do Capitólio, o deputado Jamie Raskin afirmou que países democráticos devem agir rapidamente e comparou a situação ao ocorrido nos EUA: “Esses fascistas que têm como modelo os manifestantes de 6 de janeiro [seguidores] de Trump devem terminar no mesmo lugar: a prisão”.

Os golpistas invadiram áreas do Congresso Nacional, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo e depredação e entraram em confronto com a PM.

Os atos guardam semelhanças com o evento acontecido nos Estados Unidos que, coincidentemente, completou dois anos nesta semana. Ocorrida em 6 de janeiro de 2021, a invasão ao Capitólio foi insuflada por um discurso do então presidente Donald Trump em Washington, levando manifestantes a invadirem o prédio do Legislativo americano, em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020 —o republicano e seus seguidores sustentam até hoje o discurso mentiroso de que o pleito foi fraudado.

O maior ataque recente à democracia americana foi classificado por muitos como uma tentativa de golpe de Estado e se tornou alvo de uma série de investigações, do Departamento de Justiça, do FBI e do próprio Congresso. O ataque resultou na morte de cinco pessoas, entre os quais um policial.

Desde então, a polícia federal americana prendeu mais de 950 pessoas —a investigação é considerada a maior da história do órgão—, tendo aberto processos contra 940, segundo o Programa sobre Extremismo, grupo da Universidade George Washington. Mais da metade dos réus, 482, confessou a culpa, e outros 44 foram assim considerados pela Justiça.

Já a ação promovida por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro neste domingo ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O presidente Lula não está em Brasília neste final de semana —viajou para São Paulo e visitava Araraquara, no interior paulista, para acompanhar vítimas das chuvas.

Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.

*

Colaboraram Giuliana Miranda, de Lisboa, e Thiago Amâncio, de Washington

Antes bolsonaristas, parlamentares agora tentam criar pontes com governo Lula

Bolsonaristas e ex-bolsonaristas comparecem às cerimônias de posse dos novos ministros (REUTERS/Adriano Machado)
Bolsonaristas e ex-bolsonaristas comparecem às cerimônias de posse dos novos ministros (REUTERS/Adriano Machado)
  • Antigos aliados de Bolsonaro acenam ao novo governo Lula;

  • ‘Ex-bolsonaristas’, parlamentares compareceram à posse de ministros;
  • Políticos que se mantém próximos de Bolsonaro também adotaram postura neutra.

Antigos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão se movimentando para se aproximar do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta semana, ao menos quatro ex-deputados bolsonaristas marcaram presença na cerimônia de posse de Geraldo Alckmin como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Junior Bozzella (União-SP), Julian Lemos (União-PB), Heitor Freire (União-CE) e Dayane Pimentel (União-BA) se elegeram parlamentares em 2018 na esteira do bolsonarismo, mas romperam com Bolsonaro ao longo do governo. O motivo foi a saída do ex-mandatário do PSL, partido que se fundiu ao DEM para criar o União Brasil.

Além de serem do mesmo partido, os deputados têm em comum o fato de que não se reelegeram em 2022, situação atribuída, em parte, ao rompimento com Bolsonaro.

“Bolsonaro é um mal ainda a ser extirpado. É o Bolsonaro, não é a centro-direita. É o extremismo e o radicalismo que o Bolsonaro insuflou. Esse é um ponto de convergência de todos nós que foram vítimas dessa milícia digital e pagamos o preço disso nas urnas por enfrentar o Bolsonaro em defesa do processo democrático”, disse Bozella, ao portal O Globo.

Os quatro registraram nas redes sociais o comparecimento ao evento de Alckmin. O vice-presidente e agora ministro é visto como uma ponte entre conservadores e o governo do PT.

Novos apoios

Não foi apenas parlamentares afastados de Bolsonaro que fizeram acenos a Lula. O deputado federal Otoni de Paula (MDB), vice-líder do antigo governo na Câmara e apoiador do ex-presidente, esteve na posse dos ministros das Cidades, Jader Filho, e dos Transportes, Renan Filho.

À colunista Bela Megale, do Globo, informou que trata-se de um “gesto de gentileza e respeito”, já que os dois ministros são do MDB. Ele complementou dizendo que fará “forte oposição” ao atual governo.

A ex-ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Flavia Arruda, também chamou a atenção ao parar Lula para abraçá-lo no dia da posse. Dois dias depois, se desfiliou do PL, partido de Bolsonaro.

A interlocutores, afirmou que saiu da sigla por não conseguir conviver com radicalismo e garantiu que nunca foi inimiga nem adversária de Lula.

Moraes afasta governador do DF do cargo após vandalismo em Brasília

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Ibaneis Rocha
Governador do DF, Ibaneis Rocha é um aliado do ex-presidente Bolsonaro

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na noite deste domingo (8) que cerca de 200 pessoas foram presas no ato de vandalismo que ocorreu em Brasília. Já a Polícia Civil falou em 300.

Somente a Secretaria de Polícia do Senado Federal prendeu em flagrante 30 manifestantes que invadiram o plenário da Casa e o Salão Negro da Câmara dos Deputados.

Eles foram detidos pelos crimes de dano ao patrimônio e de invasão de prédios públicos, entre outros. Os presos foram levados inicialmente para a delegacia da Polícia do Senado, que fica no Congresso.

“Eu repito o que eu disse: esses acampamentos são incubadores de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta”, afirmou Dino.

Alexandre de Moraes promete punição a golpistas por ataques em Brasília

“Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores” disse o ministro do STF

Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes prometeu punir responsáveis por atos golpistas em Brasília (Foto: Arthur Menescal/Getty Images 2022)
Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes prometeu punir responsáveis por atos golpistas em Brasília (Foto: Arthur Menescal/Getty Images 2022)
Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes falou, na noite deste domingo (8), sobre os ataques terroristas à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que atingiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, e prometeu punir os responsáveis pela ação:

“Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilítica conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!”, prometeu o ministro.

A fala se alinha ao compromisso do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), que discursou de Araraquara, no interior de São Paulo, onde esteve durante os ataques para discutir medidas e soluções para as chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias.

“Vamos descobrir quem foram os financiadores e todos pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade”, assegurou. “É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar para que nunca mais ousem, com a bandeira nacional nas costas, fingindo-se brasileiros, repetirem o que fizeram hoje.”

Em seu discurso, Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal para conter os golpistasRicardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do Ministro da Justiça Flávio Dino, será o interventor e cuidará da segurança em Brasília, a princípio, até o próximo dia 31 de janeiro.

“A democracia garante o direito de liberdade, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia”, declarou o presidente.

Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) também seguiu na mesma linha e disse que “os responsáveis que promoveram e acobertaram” os atos de vandalismo em Brasília devem ser identificados e punidos na forma da lei.

Em sua conta no Twitter, Lira disse que o Congresso Nacional “jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente, mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo”.

Capitólio candango’ mostra essência do bolsonarismo. Por que alerta não foi ouvido?

Supporters of Brazil's former President Jair Bolsonaro demonstrate against President Luiz Inacio Lula da Silva, outside Planalto Palace in Brasilia, Brazil, January 8, 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Gestada durante meses, a versão calanga da invasão do Capitólio, neste domingo (8), era pedra cantada e contou com a omissão e o endosso de autoridades de todos os níveis da federação.

A começar por Jair Bolsonaro (PL), presidente até outro dia e responsável por incutir a violência e a paranoia na corrente sanguínea na ala mais radical de seu eleitorado, alimentada há anos por falsas acusações sobre fraude nas urnas e a suposta perseguição da imprensa, da classe política e do Judiciário.

O ataque às sedes do governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal dão materialidade aos sopapos diários produzidos pelos próceres do bolsonarismo, que até outro dia louvavam as manifestações de caráter golpista como “democráticas”.

Elas acontecem num momento em que agressão a jornalistas já não choca nem rende manchetes. Virou algo normal, de tão recorrente.

O barril de pólvora em forma de acampamentos e mensagens com pedido de intervenção federal está montado desde outubro na frente de quartéis generais do Exército, que nada fez para convencer os lunáticos a voltarem para casa. Talvez porque remetentes e destinatários dos pedidos se confundam na tolice e no desejo.

Um observador da cena havia resumido a situação, dias atrás: “se alguém acampa na frente da sua casa e pede algo que você não quer e/ou não pode fazer, quanto tempo você levaria para explicar para eles que aquele pedido é inconveniente e que precisam sair de sua casa? Uma hora? Duas? Pois as Forças Armadas estão há dois meses recebendo pedidos absurdos e ninguém foi à porta dos quartéis pedir para a turma sair de lá”.

Quem passou perto disso foi o senador recém-eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que aproveitou a fuga de Bolsonaro para os EUA para, em rede nacional, dizer, sem citar nomes, que a postura dúvida do ex-chefe de Estado jogou o peso da responsabilidade sobre os militares. Como se os militares não fossem parte já indissociável da figura do presidente que os empoderou.

Uma mostra do que poderia acontecer foi registrada em 12 de dezembro, quando Lula foi diplomado e radicais promoveram quebra-quebra pela capital. O pretexto era a prisão de um dos seus.

Eles tentaram invadir a sede da Polícia Federal e mesmo assim ninguém foi preso naquele dia.

Logo depois, na véspera de Natal, foi desmontado um plano terrorista para explodir com uma bomba um caminhão-tanque na entrada do Aeroporto de Brasília. A versão calanga do Riocentro foi adiada, mas ali já estava claro que a turma não estava para brincadeiras.

Lula tomou posse no domingo (1º). Todas as tensões e atenções estavam voltadas para a cerimônia. Tudo transcorreu normalmente, e as notícias até então davam conta da desmobilização, não sem um certo esperneio, dos acampamentos em Brasília e outras praças, como Belo Horizonte.

Tudo no vácuo de liderança de Jair Bolsonaro.

Era um engano.

Quem estava quieto seguia tramando.

A explosão da violência em Brasília escancara o tamanho do erro em confiar a segurança da capital a um secretário de segurança que servia o bolsonarismo até semana passada.

Sim, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres era o comandante dos militares responsáveis por garantir a paz e a ordem no Distrito Federal. Mas ele curiosamente estava viajando quando a coisa explodiu.

O governador Ibanêis Rocha (MDB), apoiado e apoiador de Bolsonaro, não teve outra opção se não demiti-lo.

Lula achou pouco e decretou intervenção federal no DF. Não era isso o que pediam os radicais?

Da negação do presidente derrotado em aceitar a derrota à fúria de multidão idiotizada e, de certa forma, subestimada pela ridicularização de memes e pelo noticiário, a invasão do Congresso brasileiro seguiu todos os passos do movimento “original” do dia 6 de janeiro de 2021, em Washington.

Lá uma grande investigação foi aberta para apurar as responsabilidades dos atos que terminaram em tragédia, com cinco mortos.

Essa tragédia estava desenhada com tinta de sangue se o presidente não tivesse, no mesmo dia, viajado para o interior de São Paulo, onde verificaria de perto os estragos das chuvas em Araraquara.

O que teria acontecido se estivesse no palácio no momento da invasão?

Ao fim do dia, centenas de terroristas haviam sido presos, mas a tensão continuava enquanto as cenas dos destroços começavam a vir a público. Era como se um furacão tivesse passado por salões e gabinetes oficiais.

Um dos objetivos dos atos era produzir mártires para seguirem mobilizados – diversos ônibus com extremistas devem chegar à capital na segunda-feira (9/01).

Não é difícil rastrear os grupos, quem os (des)informa, que os organiza e quem os financia.

Os atos foram prontamente repudiados pelas principais autoridades do país. As cenas correram o mundo e mobilizaram a atenção até mesmo do presidente francês, que em suas redes se colocou à disposição para ajudar o país.

Bolsonaro e o núcleo-duro do bolsonarismo seguem calados, em cúmplice silêncio.

O trabalho de remoção e identificação dos terroristas mal começou. Mas será como enxugar gelo enquanto as cabeças do movimento seguirem induzindo impunemente parte da população a uma luta armada e alimentado com ódio e notícias falsas.

Bolsonaro e seus braços-direitos levaram o Brasil ao caos. Um caos construído e subestimado durante meses. E que ficará como marca de pneu nas costas do país durante muitos anos.

O pedido de extradição do principal responsável por isso é só o começo do trabalho de remoção do caos.