Dia: 11 de janeiro de 2023

Condeúba/Cachoeira: Morreu o Sr. Adenor Rodrigues Moreira aos 93 anos de idade

Sr. Adenor Rodrigues Moreira, morreu aos 93 anos de idade

Morreu na tarde desta quarta-feira dia 11 de janeiro de 2023 às 17h25min., o Sr. Adenor Rodrigues Moreira aos 93 anos de idade. Segundo informações de familiares, a causa da morte foi natural. Denor deixou viúva a Sra. Rosa Maria de Jesus e 8 filhos: José, Valdir, Antônio, Tereza, Marli, Maria, Jueliza, Hermisa e Maria Aparecida (In memorian), além de 32 netos e 36 bisnetos. O seu corpo vai ser velado a partir das 22:00 horas de hoje, na residência da sua filha Maria na Cachoeia localizada logo após a ladeira da ponte, o sepulto será amanhã dia (12) a tarde às 17:00 horas, no Cemitério Municipal da Cerquinha. A família agradece a todos que comparecer a esse ato de fé e solidariedade Cristã.

Atendimento: FUNERÁRIA SÃO MATHEUS

Nós do Jornal Folha de Condeúba, neste momento de muita dor e luto, prestamos nossos mais sinceros sentimentos de solidariedade e amor à família do Sr. Adenor, na esperança de que Deus nosso Pai, dê todo o conforto e consolo necessário aos parentes e amigos. Que permaneçam as boas lembranças, carinho e afeto para com a memória dele, descanse em paz, nas graças de Deus amigo Adenor.

Produção de alimentos complementa renda de agricultores de Candiba

Foto: Divulgação/CAR

Manga, goiaba, cebola, tomate, maxixe, abóbora, banana, melancia.

Os agricultores familiares da Associação dos Produtores Rurais de Pilões, da zona rural de Candiba, na região sudoeste da Bahia, já possuem uma variedade de alimentos em seus quintais, graças ao apoio do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

A venda desses produtos para estabelecimentos comerciais da região garante uma renda complementar para os agricultores que estão animados com a segunda colheita realizada.

A presidente da associação, Carmem Aparecida Cardoso, conta que antes havia cultivos básicos e para consumo. “Tivemos um grande avanço relacionado ao cultivo de alimentos de subsistência e despertamos o desejo de plantar mais e alimentos diferentes também”.

Foram, no total, R$ 55,8 mil investidos em insumos como sementes, sistemas de irrigação, bombas, fita gotejadora, adubação, entre outras melhorias para o desenvolvimento da produção dos agricultores de Pilões.

A iniciativa faz parte das ações Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do projeto. Os agricultores contam ainda com o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pelo Mais ATER, ação coordenada pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), unidade da SDR, em parceria com a Prefeitura Municipal e o Consórcio Alto Sertão.

MP junto ao TCU pede bloqueio de contas de Jair Bolsonaro, Ibaneis Rocha e Anderson Torres

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O subprocurador Geral do Ministério Público da União (MPU) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que seja decretada a indisponibilidade de bens do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.

O pedido de Furtado ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, ocorre em razão Tomada de Contas Especial aberta para apurar atos de vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal.

No domingo, Dantas solicitou a instauração da TCE para identificar os responsáveis pelos prejuízos e eventuais omissões no ataque a prédios públicos durante os atos na Praça dos Três Poderes.

Furtado pede ainda que sejam indisponibilizados os bens de outros “responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”, disse o subprocurador no pedido.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador pelo período de 90 dias, em decorrência dos atos terroristas ocorridos em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Quem assumiu o Governo do DF foi a vice-governadora, Celina Leão (PP). Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso, STF e Palácio do Planalto, na tarde de domingo. Os terorristas não foram contidos por policiais militares que estavam na área.

O então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, foi demitido do cargo durante a invasão. Ele está nos Estados Unidos, onde foi passar férias com a família. Antes de assumir o cargo de secretário do DF, Anderson atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro.

Ônibus investigados em ataque golpista têm forte elo com interior de SP

FLÁVIO FERREIRA, PRISCILA CAMAZANO E TAYGUARA RIBEIRO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O interior do estado de São Paulo é a região do país que concentra a maior parte das empresas donas dos ônibus que estão sob investigação no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que trata dos ataques aos edifícios dos três Poderes no Distrito Federal no último domingo (8).

Os veículos foram utilizados para transportar até Brasília os manifestantes que participaram do ato golpista na capital federal e que promoveram vandalismo nos prédios do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.

Das 86 placas indicadas na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que determinou a apreensão dos veículos, 29 delas identificam ônibus que têm como proprietárias firmas sediadas no interior paulista.

As empresas desse grupo estão distribuídas pelas cidades de Araras, Assis, Franca, Hortolândia, Indaiatuba, Itu, Jacareí, Jaú, Jundiaí, Limeira, Lins, Marília, Mirandópolis, Nhandeara, Pindamonhangaba, Piracicaba, Presidente Prudente, Rio Claro, Salesópolis, São José do Rio Preto, Sertãozinho, Várzea Paulista e Votuporanga.

No estado de São Paulo, ainda há ônibus cujas empresas estão sediadas na capital, na região metropolitana (Barueri, Embu das Artes, Osasco e Mauá) e no litoral (Cubatão).

O local da matriz das empresas pode não coincidir com os lugares de onde partiram os ônibus para Brasília, porém é mais comum que as empresas do ramo levem passageiros que estejam em cidades próximas a suas garagens.

Em geral as firmas do setor alugam os veículos para terceiros.

O segundo maior grupo de empresas está no Paraná. Das 22 companhias do estado cujos veículos estão sob investigação, apenas uma está sediada na capital, Curitiba.

Na sequência do ranking das donas dos veículos aparece o estado de Minas Gerais, com 11 firmas.

A lista é completada pelo estado de Goiás (5 empresas), pelo Distrito Federal (2), por Mato Grosso do Sul (2), pelo Rio Grande do Sul (2), por Santa Catarina (2), pelo Espírito Santo (1), por Mato Grosso (1) pela Paraíba (1).

Em sua decisão do domingo, o ministro do STF determinou a apreensão de “todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal”.

As placas apontadas por Moraes são de veículos que estavam estacionados nas imediações da Granja do Torto (uma das residências oficiais da Presidência da República).

O ministro deu prazo de 48 horas para que os proprietários dos ônibus fossem identificados, ouvidos, e apresentassem “a relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações”.

A reportagem tentou contato com algumas das empresas e aquelas que responderam negaram ter relação com os atos golpistas do último domingo.

Um dos motoristas da empresa Autoviação Triplo X, Evandro Cesar dos Santos, disse à reportagem que prestou o serviço de transporte sem saber o motivo da viagem.

“Quando a pessoa liga pedindo ônibus eu só pergunto para onde, data, horário e passo o valor. O que a pessoa vai fazer ou deixar de fazer eu não sei, eu não posso invadir a privacidade dela”, afirmou.

Santos disse que a empresa não tem culpa de nada e que estava a cerca de 30 quilômetros de distância da Praça dos Três Poderes. “De lá pra cá, eu não tive mais contato com os meus passageiros”, completou.

O advogado Rodrigo Leite, que defende duas das empresas sediadas no interior paulista, a Astra Turismo e a Ramos & Silva, afirmou que elas foram contratadas por terceiros para realizar apenas o transporte dos passageiros.

De acordo com nota enviada por Leite, “todos os veículos objetos da investigação, portanto, não foram cedidos gratuitamente pelas empresas, que partiram das cidades de Mirassol (SP), Votuporanga (SP) e Fernandópolis (SP).”

O advogado disse também que nos autos do inquérito, que tramita sob sigilo, foram cumpridas as determinações do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo Leite, os nomes dos contratantes dos ônibus não poderiam ser informados à reportagem em razão do dever do sigilo profissional da advocacia e das regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

“Informamos ainda que nosso escritório, atuante há mais de 15 anos no setor de transportes de passageiros comumente denominadas ‘empresas de ônibus’, não patrocina nenhuma defesa dos aludidos passageiros, atualmente detidos sob investigação de terrorismo e/ou vandalismo, e, igualmente repudiamos tais eventos, e quaisquer atos que ataquem a democracia e o Estado Democrático de Direito”, disse na nota.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a PF deve indiciar os golpistas presos em flagrante na noite do domingo (8) em Brasília por suspeita de crimes cometidos nos atos de vandalismo.

Até o final da tarde desta terça (10), 446 pessoas já haviam sido levadas para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Na decisão em que autorizou a retirada dos golpistas do acampamento no quartel-general do Exército, Moraes apontou para a possibilidade de prática dos crimes previstos na Lei Antiterrorismo e, também, o de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, incitação ao crime, ameaça e dano ao patrimônio público.

Nesta terça-feira (10), o ministro determinou a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres.

Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil no domingo (8), quando bolsonaristas atacaram os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

Ex-comandante da Polícia Militar do DF é preso após ordem de Moraes

Ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira foi preso nesta terça (10) após ordem de Alexandre de Moraes. (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Distrito Federal)
Ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira foi preso nesta terça (10) após ordem de Alexandre de Moraes. (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Distrito Federal)

O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Cappelli.

O ex-comandante ficou ferido durante a invasão aos palácios no domingo. O governo federal, integrantes da Polícia Federal e do Judiciário têm creditado à PM do DF a responsabilidade pela invasão da praça dos Três Poderes.

Nesta terça, Moraes determinou também a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres.

O interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça que a manifestação golpista promovida por militantes bolsonaristas foi possível por causa da “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas por Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e secretario de Segurança Pública exonerado.

A Polícia Militar tentou conter a invasão, mas, com baixo número de efetivo no local, não conseguiu evitar o avanço dos golpistas.

Integrantes do governo federal relatam à Folha de S.Paulo que, no sábado (7), foi realizada uma reunião com representantes da segurança do DF. Nesse encontro, segundo essas pessoas, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) garantiu a segurança da Esplanada dos Ministérios.

A reunião foi realizada após o aumento do deslocamento de bolsonaristas para Brasília a partir da sexta (6).

“Havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, disse o ministro da Justiça Flávio Dino nesta terça (10).

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Quem são os senadores que votaram contra intervenção federal no DF?

A medida que deu ok para a intervenção federal foi aprovada no início da tarde desta terça-feira, em sessão extraordinária

Flávio Bolsonaro foi um dos senadores que votou contra intervenção; veja lista abaixo (REUTERS/Adriano Machado)
Flávio Bolsonaro foi um dos senadores que votou contra intervenção; veja lista abaixo (REUTERS/Adriano Machado)
Aprovado no Senado com ampla maioria, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve somente dez votos contrários, todos de senadores bolsonaristas. Um dos opositores à medida foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente e que buscou desvincular do pai a responsabilidade pelos atos terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo.

Quando foi aprovada a intervenção? A medida foi aprovada no início da tarde desta terça-feira, em sessão extraordinária. Os senadores chancelaram a medida adotada por Lula após a invasão ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal por apoiadores de Jair Bolsonaro. Dos 81 senadores, 70 participaram da sessão extraordinária de forma presencial ou remota.

Flávio Bolsonaro quer punição individual. Ao votar de forma remota, Flávio pediu a individualização dos crimes e disse que quer participar da comissão que acompanhará as investigações dos atos terroristas, para que não seja transformada em um palanque político. Ele tem atuado como uma barreira de contenção diante das críticas direcionadas ao seu pai, Jair Bolsonaro.

“Não queiram criar essa narrativa mentirosa como se tivesse alguma vinculação de Bolsonaro a esses atos irresponsáveis. O presidente (sic) Bolsonaro, após o resultado das eleições, ficou em silêncio, se recolheu e está lambendo as feridas. Não é essa expressão que muitos estão usando ai? É o que eles está fazendo, praticamente incomunicável, então é importante fazer esse registro”

Além do primeiro filho de Bolsonaro, senadores de PL, Podemos, PP e PSDB também se manifestaram de forma contrária à intervenção federal no DF, todos aliados do ex-presidente ao longo de seus quatro anos de governo.

Os senadores que votaram contra são:

  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)
  • Plínio Valério (PSDB-AM)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Eduardo Girão (Podemos-CE)
  • Carlos Viana (PL-MG)
  • Luis Carlos Heinze (PP-RS)
  • Zequinha Marinho (PL-PA)
  • Lasier Martins (Podemos-RS)
  • Marcos do Val (Podemos-ES)

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Empresários do agro, CACs e comerciantes: veja financiadores dos atos golpistas no DF

Primeiros responsáveis foram identificados no Sul e Centro-Oeste

Primeiros financiadores de atos e acampamentos golpistas começaram a ser identificados, segundo Flávio Dino. Na imagem, o acampamento no QG do Exército em Brasília, um dos maiores do país. (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)
Primeiros financiadores de atos e acampamentos golpistas começaram a ser identificados, segundo Flávio Dino. Na imagem, o acampamento no QG do Exército em Brasília, um dos maiores do país. (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)
  • Ministro da Justiça diz que foram identificados os primeiros financiadores dos atos golpistas no DF;

  • Segundo Flavio Dino, trata-se de empresários do Sul e Centro-Oeste do país;
  • Eles atuam no comércio local, no agronegócio e são CACs.

Começa a surgir o rastro do dinheiro que mantinha os acampamentos golpistas. O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que as investigações conseguiram identificar os primeiros financiadores dos atos terroristas no Distrito Federal, que aconteceram no último domingo (8) e resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Os financiadores identificados até agora são todos de grupos que compõem a base de apoio do ex-presidente.

Sem revelar nomes dos empresários suspeitos, Dino afirmou nesta terça-feira (10) que eles são:

  • Empresários do comércio local do DF;
  • Empresários do agronegócio; e
  • CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores)

“Nós temos uma investigação em curso, que vai ter vários desdobramentos. Nestes investimentos, já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo aqueles relativos aos ônibus, aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os ônibus. Estas pessoas estão todas identificadas”, afirmou Dino.

Os responsáveis por financiarem os atos antidemocráticos eram de origem de regiões em que Bolsonaro venceu Lula na disputa eleitoral:

  • De estados do Sul;
  • De estados do Centro-Oeste.
Flavio Dino detalhou quais são os próximos passos da investigação sobre os financiadores de atos golpistas. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Flavio Dino detalhou quais são os próximos passos da investigação sobre os financiadores de atos golpistas. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
De acordo com o ministro, os próximos passos envolvem indenização pelos danos provocados, abertura de ação penal e descoberta de outros financiadores.

Na segunda-feira, Dino já havia afirmando que foram identificados financiadores de dez estados que bancaram o transporte dos manifestantes para Brasília.

E quem levou os golpistas à Brasília? O nome ‘Ramiro Caminhoneiro’ foi mencionado pelo menos 82 vezes em grupos de aplicativos de mensagens usados por extremistas para organizar as caravanas ao DF.

Nas menções, ‘Ramiro Caminhoneiro’ aparece como organizador das caravanas. Nas mensagens enviadas, um mesmo número de telefone aparece atrelado a pessoa que estaria organizando a ida de diversos grupos para a capital federal.

Os acampamentos golpistas, contudo, já não existem mais. Após os atos de terrorismo e a ordem do STF, bases bolsonaristas no entorno de quartéis foram desmobilizadas em todos os estados.

Acampamentos em Brasília, Rio, São Paulo, Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre foram aos poucos sendo esvaziados nesta segunda por forças de segurança como a Polícia Militar e o Exército.

Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também estão entre os estados que cumpriram a determinação de Moraes e desmontaram os acampamentos bolsonaristas.

Rodovias também foram liberadas e refinarias, que estavam na mira de extremistas, funcionaram normalmente após policiais impedirem bloqueios.

Mas outros alvos já foram escolhidos. Três torres de transmissão de energia elétrica caíram, com “indícios de vandalismo e sabotagem”, em diferentes locais do país, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Não houve interrupção no fornecimento de energia. Confira o que já se sabe sobre os ataques às torres de transmissão elétrica.

Após ordem do STF, acampamentos bolsonaristas por todo país foram desmontados e desmobilizados. Os financiadores de atos golpistas identificados até agora são todos de grupos que compõem a base de apoio de Bolsonaro, segundo Flávio Dino. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Após ordem do STF, acampamentos bolsonaristas por todo país foram desmontados e desmobilizados. Os financiadores de atos golpistas identificados até agora são todos de grupos que compõem a base de apoio de Bolsonaro, segundo Flávio Dino. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Moraes quer combate firme ao terrorismo. O ministro do STF criticou os bolsonaristas radicais, na manhã desta terça, que “até domingo faziam badernas e crimes e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias” e garantiu o combate firme ao terrorismo.

“As instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer”, declarou.

O magistrado do Supremo também agiu contra os responsáveis pela segurança do DF no dia das invasões. Nesta terça, determinou as prisões do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e do ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira

O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Cappelli.

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. 

Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.

Os primeiros nomes dos presos começaram a ser divulgados. O governo do DF publicou, nesta terça (10), uma lista com 277 nomes de pessoas detidas nos atos de vandalismo e encaminhadas a presídios da região.