Dia: 5 de setembro de 2020

Artistas começam a receber auxílio da Lei Aldir Blanc

Foi iniciado nesta sexta-feira (04), pelo Ministério do Turismo (MTur), os repasses para estados e municípios dos recursos previstos na Lei Aldir Blanc. Sancionada no final de junho, a lei foi regulamentada em agosto e vem para socorrer o setor cultural e de eventos durante a pandemia do novo coronavírus.

O Mtur encaminhou as ordens de pagamentos para 100 municípios e cinco estados, num total de R$ 194,2 milhões. O Estado do Amapá e o município gaúcho de Nonoai foram os primeiros a concluir todas as etapas previstas no processo. A Lei, batizada de Aldir Blanc em homenagem ao escritor e compositor que morreu de covid-19, prevê o repasse de R$ 3 bilhões, sendo metade destinada aos estados e ao Distrito Federal, e a outra metade, aos municípios e ao Distrito Federal.

O recurso poderá ser usado para pagamento de renda emergencial mensal aos trabalhadores da cultura – R$ 600 pelo período de três meses –, subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais – entre R$ 3 mil e R$ 10 mil – e iniciativas de fomento cultural. Dentre essas iniciativas, estão aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e outros instrumentos destinados à manutenção de agentes, de espaços, de produções, entre outros.

O pagamento será dividido em quatro lotes. O primeiro com pagamento até 11 de setembro, o segundo com pagamento até 26 de setembro, o terceiro com pagamento até 11 de outubro e o último com pagamento até 26 de outubro.

O MTur e a Secretaria Especial de Cultura oferecem canais de atendimento para tirar dúvidas sobre a aplicação da legislação, pelo site portalsnc.cultura.gov.br/auxiliocultura e o e-mail [email protected].

Nova cervejaria vai investir R$ 1,2 bilhão com implantação de fábrica em Alagoinhas

Nova cervejaria vai investir R$ 1,2 bilhão com implantação de fábrica em Alagoinhas Alagoinhas vai ganhar sua terceira cervejaria. A Cidade Imperial Petrópolis vai investir R$ 1,2 bilhão para implantar fábrica no município, onde serão gerados 350 empregos diretos. Anúncio foi feito nesta quinta-feira (03), durante assinatura de protocolo de intenções com Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
A unidade, que terá capacidade de produção de 7,2 milhões hectolitros por ano, vai fabricar cerveja, chopp, bebida energética e água mineral. A cervejaria Cidade Imperial possui mais duas unidades fabris, uma no município de Petrópolis, no Rio de Janeiro, e outra na cidade de Frutal, em Minas Gerais. As duas fábricas juntas produzem 3 milhões de hectolitros por ano e geram 3 mil postos de trabalhos diretos e indiretos.

Bahia negocia com a Rússia vacina promissora contra Covid-19

Foto: Reprodução/TV Globo

O Governo da Bahia continua fazendo negociações com a Rússia em relação a vacina que o país produz, a Sputinik V, contra a Covid-19. No mês passado, o governador Rui Costa já tinha falado sobre a vacina e da importância de estar em diálogo com os diversos fabricantes do produto. Por causa do interesse, o governo assinou, na semana passada, um memorando de entendimento, para que os testes da fase três da vacina sejam feitos em 500 pessoas na Bahia.

A previsão é que os voluntários comecem a receber as doses em outubro deste ano. Duzentas e cinquenta pessoas receberão a vacina e as outras 250 o placebo. Caso a vacina seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o estado baiano vai receber doses já prontas para a aplicação. A Bahia não vai participar da produção da vacina.

No entanto, a negociação prevê que todas as informações científicas da vacina russa sejam repassadas para a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma). O cronograma prevê as aprovações legais ainda neste mês de setembro e o começo dos testes na Bahia em outubro.

Levantamento do IBGE mostra que 71,5% da população brasileira depende do SUS

A Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 71,5% dos brasileiros – mais de 150 milhões de pessoas – dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento. Os dados levam em conta o ano de 2019, quando a Covid-19 ainda não tinha alcançado o status de pandemia.

De acordo com o UOL, a pesquisa aponta que 59,7 milhões de pessoas (28,5%) no país possuíam algum tipo de plano de saúde – médico ou odontológico. Se analisados apenas os planos médicos, esse número cai para 26%. Dessa forma, 74% dos brasileiros dependem da saúde pública.

A região Sudeste é a que possui maior concentração de pessoas com plano de saúde, com 37,5%. Ela é seguida por Sul (32,8%), Centro-Oeste (28,9%), Nordeste (16,6%) e Norte (14,7%).

No Nordeste, a Bahia é apenas o sexto colocado nesse ranking, com 14,6% da população tendo acesso a um plano de saúde. À frente, estão Sergipe (18,7%), Pernambuco (17,4%), Rio Grande do Norte (16,4%), Piauí (15,9%) e Ceará (15,1%). Alagoas (12,8%), Paraíba (12,2%) e Maranhão (5%) completam a lista. Este último, inclusive, é o que possui mais pessoas dependentes do SUS em todo o país.

O IBGE também apontou diferenças entre o grau de instrução. “Quanto mais elevado o grau de instrução, maior, também, a cobertura de plano de saúde, variando, abruptamente, de 16,1% (sem instrução ou com ensino fundamental incompleto) a 67,6% (nível superior completo)”, diz a pesquisa.

ANo Norte, a principal causa de internação foram doenças respiratórias (2.195 registros), originadas principalmente da fumaça ocasionada pelas queimadas na região, como mostra a pesquisa Humans Right Wathc (HRW).

Senado aprova teto de R$ 100 mil para obras sem licitação na pandemia

O Senado aprovou nesta quinta-feira (3) a medida provisória (MP) que prevê o teto de R$ 100 mil para obras executadas pelo poder público sem licitação durante a pandemia do novo coronavírus. O limite anterior à MP era de R$ 8 mil ou R$ 15 mil, conforme o tipo de obra.

A medida provisória está em vigor desde maio, quando foi editada pelo governo, e também autoriza o pagamento antecipado a empresas que firmarem contratos com o poder público. A MP já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora segue para sanção.

Pelo texto, o teto e o pagamento antecipado poderão ser adotados em todos os níveis da administração pública, isto é, em contratos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. De acordo com o texto da MP, as mudanças valem somente durante a vigência do decreto de calamidade pública, portanto, até 31 de dezembro deste ano.

Coronavírus: governo da França fecha 22 escolas três dias após o retorno às aulas

Vinte e duas escolas já tiveram que fechar as portas por registro de casos de coronavírus, 10 delas na ilha da Reunião, território ultramarino francês. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (4) pelo ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer.

O ministro acrescentou que, considerando-se apenas as turmas fechadas, já foram mais de 100 classes de alunos que cessaram as aulas por conta de pelo menos um caso de Covid-19 em sala de aula. Com mais de três casos confirmados, toda a escola é fechada.

As crianças e adolescentes franceses retornaram às aulas na terça-feira, em mais de 60 mil instituições em todo o país. Desde então, foram apuradas cerca de 250 suspeitas ou confirmações de casos de coronavírus nas escolas. Na maioria das vezes, a contaminação ocorreu fora do âmbito escolar, durante as férias, e antes da volta às aulas, destacou Blanquer.

Em entrevista à rádio francesa Europe 1, ele justificou que o número de estabelecimentos fechados é pequeno em relação ao total e que o balanço inicial da volta às aulas é positivo. “Apesar do medo, todo mundo voltou para a escola e isso me deixa satisfeito”, disse o ministro.

Questionado sobre como os pais fariam para trabalhar se muitas escolas fecharem durante o outono e inverno, ele respondeu que, “caso haja interrupção das aulas em massa, um protocolo apropriado será adotado para ajudar as famílias.”

Segundo Blanquer, o objetivo é não atrapalhar o dia a dia das famílias. Outros países europeus, como a Alemanha, também enfrentam a mesma situação, mas não voltaram atrás na decisão de retomar o calendário escolar.

Coronavírus leva em média 30 dias para desaparecer do corpo, diz estudo

Foto: Vincenzo Pinto/AFP

Um estudo italiano publicado no “British Medical Journal” nesta quinta-feira (3) sugere que pacientes da Covid-19 realizem novos testes do tipo RT-PCR quatro semanas ou mais após o primeiro resultado positivo, ou 36 dias após os primeiros sintomas, já que o vírus pode levar em média 30 dias para desaparecer do corpo.

O objetivo dos testes semanas após o primeiro resultado positivo é minimizar o risco de que pacientes que ainda tenham vírus no corpo, mas que sejam considerados recuperados ou que não tenham sintomas, infectem outras pessoas. Os cientistas acompanharam o progresso de 4.538 pacientes da Covid-19 na região de Emilia-Romagna, na Itália, todos com teste positivo entre 26 de fevereiro e 22 de abril, período de pico da pandemia no país europeu.

Cada paciente sobrevivente – 428 pessoas do grupo morreram – foi retestado três vezes durante o estudo: 15 dias após o primeiro teste RT-PCR positivo; 14 dias após o segundo resultado positivo; e 9 dias após o terceiro positivo. Diante dos resultados, a pesquisa alerta que a ciência ainda não sabe o quão infeccioso o paciente de coronavírus pode ser durante a fase de recuperação.