Dia: 21 de agosto de 2020

Governo analisa prorrogação por mais 60 dias os acordos de redução salarial

Foto – Wilker Porto

Está em analise pelo presidente Jair Bolsonaro mais uma prorrogação dos acordos de suspensão e redução salarial que foram liberados na pandemia da Covi-19 pela Medida Provisória 936. De acordo com informações, a Secretaria Especial de Trabalho do Ministério da Economia, a ideia é estender esses acordos por mais 60 dias, já que a covid-19 continua afetando o faturamento da maioria das empresas.

A prorrogação dos acordos foi negociada pelo setor produtivo com a secretaria nos últimos dias. Para os empresários, mesmo depois de quase cinco meses de pandemia, a situação ainda se encontra difícil em alguns estabelecimentos. Donos de bares e restaurantes dizem que ainda não foram autorizados a retomar as atividades em algumas cidades.

E alegam que, mesmo onde já puderam reabrir as portas, o faturamento caiu para cerca de 30% do nível anterior à pandemia. Por essa razão, alegam que precisam de mais tempo para voltar a pagar 100% aos seus funcionários e solicitaram a renovação da MP.

Arrecadação em julho é a mais baixa para o mês desde 2009

Foto – Wilker Porto 

A contração da atividade e a suspensão de vários tributos durante a pandemia fizeram a arrecadação federal fechar julho no menor nível para o mês desde 2009. No mês passado, as receitas da União somaram R$ 115,99 bilhões, com recuo de 17,68% em relação a julho de 2019, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação federal somou R$ 781,956 bilhões. Esse também representa o menor valor para o período de janeiro a julho desde 2009. Em relação ao mesmo período do ano passado, a arrecadação acumulada desabou 15,16%, em valores também corrigidos pela inflação.

Segundo a Receita Federal, o principal fator que explica a queda na arrecadação é a crise econômica, que aumentou a compensação de tributos em R$ 9,151 bilhões entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado. Por meio da compensação, empresas que tiveram prejuízos ou lucros menores que o projetado pedem devolução de tributos pagos quando a estimativa de ganhos estava melhor.

A redução a zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito, em vigor até outubro, diminuiu a arrecadação federal em R$ 2,351 bilhões em julho. O adiamento de tributos durante a pandemia teve impacto negativo de R$ 516 milhões nas receitas do mês passado.

Estudante de 16 anos morta por coronavírus após dar à luz reclamava de falta de ar

Foto: Arquivo Pessoal

A mãe da estudante Gilda Santos Costa, que tinha 16 anos e morreu por coronavírus depois do parto, em Sorocaba (SP), lamenta a morte da filha e afirma que todos acreditavam que a falta de ar relatada pela adolescente poderia ser da gravidez. “Ela tinha dores no corpo e muita falta de ar. Achávamos que estava ligada à gravidez. Como mãe, eu gostaria de deixar um alerta para os jovens. Infelizmente, essa doença tira a vida de jovens também, assim como tirou a da minha princesa”, lamenta Girlene Juliana dos Santos.

A estudante estava no primeiro ano do ensino médio e teve a filha, um bebê prematuro de seis meses. A criança está internada e terá alta quando atingir o peso necessário. Girlene ainda conta que a garota fazia planos para a nova fase de mãe em meio aos estudos e ao tratamento que fazia no hospital GPACI, em Sorocaba, por ter anemia falciforme, uma doença genética grave que atinge os glóbulos vermelhos.

Ainda de acordo com a mãe, a adolescente fez o ultrassom no dia 9 de julho, quando começou a sentir os primeiros sintomas. No dia seguinte, ela foi levada ao GPACI e transferida para o Hospital Regional, onde foi confirmada a Covid-19. Durante a internação no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), o parto precisou ser realizado.

Contudo, a adolescente não resistiu às complicações da doença. “Gilda ficou internada e não houve melhora. Foram dias entre a UTI e o quarto até recebermos uma ligação para irmos ao hospital com urgência. A nossa guerreira lutou e, não tendo mais força, acabou nos deixando”, disse.

Desemprego na pandemia sobe mais de 20% entre maio e julho, aponta IBGE

Foto: Agência O Globo

A pandemia do coronavírus fez o número de desempregados no Brasil aumentar em 20,9% entre maio e julho. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o G1, além do aumento do desemprego, a pesquisa mostrou que: Caiu em 3,5% o número de trabalhadores ocupados na comparação com maio; O país perdeu 1,9 milhões de trabalhadores informais em três meses; Houve queda de 42,6% no número de trabalhadores afastados devido ao isolamento social; 3,2 milhões de trabalhadores afastados ficaram sem remuneração em julho; 4 milhões de brasileiros recorreram a empréstimos financeiros na pandemia.

De acordo também com o levantamento, o país encerrou o mês de julho com 12,2 milhões de desempregados, cerca de 2,1 milhões a mais que o registrado em maio, quando somavam, aproximadamente, 10,1 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de desemprego passou de 12,4% em junho para 13,1% em julho. Ainda segundo o levantamento, o número de trabalhadores ocupados teve queda de 3,5% entre maio e julho, passando de 84,4 milhões para 81,4 milhões.

Ou seja, em três meses caiu em 2,9 milhões o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho. O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Professores vão às ruas cobrar da administração de Tanhaçu os 60% dos precatórios da educação

Foto: Lay Amorim

Na noite da última quarta-feira (19), os professores da rede municipal de Tanhaçu, saíram às ruas a fim de cobrar da atual gestão a aplicação dos 60% dos precatórios do Fundeb na educação. Em entrevista, Valdirene Pereira, presidente do Sindicato dos Professores de Tanhaçu (Sipro), disse que a categoria já conseguiu na Câmara de Vereadores o direito de ter os recursos rateados.

“Na quarta se deu a vitória no Senado, o que motivou a categoria um pouco mais a continuar na luta. Esperamos que o prefeito se sensibilize e entre em um acordo com os professores”, afirmou.

Em sua defesa, a gestão alega, segundo Pereira, que está acatando recomendação dos órgãos fiscalizadores no sentido de inibir esse rateio com o magistério. “O fato de os órgãos fiscalizadores inibirem não isenta a gestão de entrar em acordo com a categoria e fazer o rateio.

Estamos abertos à negociação e nossa luta continua. Vamos esperar o tempo que for para colher os frutos dessa luta”, completou.