Categoria: Tecnologia

“Redes sociais se tornaram o 5º poder da política no Brasil”, diz pesquisador

Por Rafael Rodrigues da Silva

As redes sociais se tornaram uma espécie de “quinto poder” no Brasil. Essa é a conclusão a que chegou Marco Aurélio Ruediger, diretor de Análise de Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Como doutor em Sociologia e mestre em Gestão e Análise de Políticas Públicas, Ruediger comanda uma equipe formada por pesquisadores de diversas áreas que pesquisam sobre a modernização das estruturas do Estado, e-Democracia e sociedade em rede, além de outros temas-chave para o entendimento da política como imigração, segurança pública e protestos sociais.

Em entrevista à BBC Brasil, Ruediger afirma que a política será cada vez mais suscetível à pressão das novas tecnologias — em especial as redes sociais — como parte de um processo de modernização das esferas que considera como irreversível. Ele ainda cita o caso Ilena Szabó, que recentemente foi nomeada pelo ministro da justiça Sérgio Moro para chefiar o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária para, horas depois, ter a nomeação anulada pelo mesmo ministro por conta de pressões feitas por grupos nas redes sociais, como um dos vários indícios de que esses mecanismos se tornaram uma espécie de “quinto poder” no país.

Apesar disso, ele não acha que esse poder das redes sociais é necessariamente ruim. O pesquisador acredita que as pressões existentes nesses ambientes podem até mesmo ajudar a aprimorar a democracia, mas é preciso ter discernimento para saber se as agendas defendidas por esses grupos são mesmo de um clamor popular orgânico ou se estão sendo influenciadas por algoritmos (“bots”) que deformam a vontade real da população.

Assim como no caso de Szabó, que teve a nomeação revogada após pressão dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro pelo fato ser a favor do desarmamento e de uma mudança na política de drogas, o mesmo tipo de pressão popular feito pelas redes sociais pode ser visto na queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL), e na eleição do senador David Alcolumbre (DEM) à presidência do Senado. Todos esses fatos foram impulsionados pela ação de influenciadores digitais, que catalisaram ações coletivas virtuais para criar um efeito direto na realidade.

Ruediger ainda vê nas redes sociais uma nova “arma” para os políticos eleitos, que podem averiguar em tempo real o quanto suas decisões são bem aceitas ou não pela população, e voltar atrás nelas — o que causa muitas críticas durante o fato, mas evita o desgaste da imagem a longo prazo.

Fonte: BBC

CNH digital pode ser cadastrada sem necessidade de ir ao Detran

Já é possível gerar CNH digital na sua casa. Os Usuários não precisam mais se dirigir ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para gerar uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital válida.

O órgão, junto do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), tem uma ferramenta que permite a fazer o documento pelo app CNH Digital, sem precisar ir até o Detran. Para isso, o usuário só precisa ter uma CNH com o QR code na parte de trás. Os modelos emitidos após maio do ano passado já contam com isso. A proposta é que o usuário consiga ter uma versão digital com processo apenas pelo sistema online.

Para abrir o documento no celular ou tablet, é preciso que o usuário faça o download do aplicativo “Carteira Digital de Trânsito (CDT)”, disponível gratuitamente nas plataformas Google Play e App Store, e se cadastrar biometricamente com a câmera do próprio dispositivo.

1ª ponte estaiada da Bahia é entregue em Ilhéus; confira fotos

Por Renata Preza/Secom

O nome oficial da ponte, que será decidido pela AL-BA, poderá ser Ponte Jorge Amado, em homenagem ao escritor baiano que nasceu na região. (Foto: Mateus Pereira / GOV-BA)

Na manhã desta quarta-feira (1º), o governador Rui Costa foi a Ilhéus para realizar a última vistoria antes da abertura oficial da Ponte Ilhéus-Pontal, a primeira ponte estaiada do estado, que contou com cerca de R$100 milhões em investimentos.

“Gostaria de registrar o reconhecimento pela dedicação dos trabalhadores nesta obra e também o trabalho realizado pelo então governador Jaques Wagner, que foi o responsável pelo início do projeto. Hoje, temos a satisfação de entregar a ponte concluída, um importante vetor de crescimento e que já figura como o novo cartão postal de Ihéus. A obra tem uma função muito importante não só para os moradores da cidade, mas também para turistas que precisam ir para o litoral sul”, destacou o governador, revelando ainda que o nome oficial da estrutura, que será decidido pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), poderá ser Ponte Jorge Amado, em homenagem ao escritor baiano que nasceu na região.

Além dos 533 metros de extensão, a ponte, que fica acima do Rio Cachoeira, conta com 25 metros de largura e abrange um sistema viário com 2,7 quilômetros e acessos ao Centro e ao Litoral Sul, dotado de quatro pistas de rolamento para veículos, uma ciclofaixa e ainda faixa para pedestres. O pintor Marcos Coutinho disse que Ilhéus precisava da obra. “O pessoal e a cidade estavam necessitados dessa obra. Além de se tornar um incrível ponto turístico, ainda facilita a chegada ao Centro e, no sentido oposto, ao Pontal. O governo estadual está de parabéns”, garantiu.

O equipamento vai fomentar o turismo na região sul e também melhorar a mobilidade de aproximadamente 511 mil pessoas que moram nos municípios de Ilhéus, Itabuna, Una, Canavieiras, Buerarema, Itacaré e Uruçuca. A abertura da ponte ainda vai viabilizar que a produção da região possa ser escoada para diferentes modais, a exemplo do Porto de Malhada e o futuro Porto Sul.

A região contava com uma ponte antiga, construída nos anos 60, que será substituída por um equipamento arquitetônico que incorpora elementos de iluminação cênica e urbanismo, de acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), que foi o órgão responsável pela execução da obra. Além das áreas verdes, a urbanização da antiga ponte inclui quadras esportivas e parques infantis. A construção da ponte também levou à necessidade de restaurar e duplicar um trecho da BA-001, em Ilhéus, até o entroncamento da BR-251. O objetivo da intervenção foi dar mais fluidez ao fluxo de motoristas na rodovia. Os serviços seguem em andamento na Orla Sul da cidade e contam com recursos da ordem de R$ 11 milhões.

PACIENTES COM CERATOCONE TÊM ALTERNATIVAS PARA TRATAR O PROBLEMA

Por Equipe Times Brasília 

Doença que pode motivar cegueira reversível é a maior causa de transplantes de córnea no Brasil

Em tempos de pandemia, muito se fala em não colocar as mãos no rosto. Mas quando um cisco cai nos olhos ou surge uma sensação de coceira, a reação mais comum é a de esfregar a região para diminuir o incômodo. Pois esse hábito que parece ser inofensivo pode não somente tornar os olhos porta de entrada para o novo coronavírus (Covid-19), como também ser responsável pelo surgimento de problemas oculares, como o ceratocone, doença que é o tema da campanha Junho Violeta. “O ceratocone é uma enfermidade não inflamatória que afeta a estrutura da córnea, que é uma fina camada transparente na parte da frente do globo. A córnea é a principal lente do olho e com o afinamento e alteração de curvatura gerados pelo ceratocone, podem surgir visão embaçada ou dupla, imagens ‘fantasmas’, dor de cabeça e sensibilidade à luz”, destaca o Dr. Pedro Bertino*, médico do Hospital de Olhos Inob, empresa do Grupo Opty.

Além de uma tendência genética, alguns hábitos também podem potencializar o aparecimento da enfermidade, como o costume de coçar os olhos, o principal fator de risco associado. “Se não cuidado, o ceratocone leva à cegueira reversível, que pode ser recuperado com os tratamentos. Dependendo da evolução da doença, o oftalmologista pode escolher diferentes abordagens. Entretanto, quanto mais novo o paciente, mais agressiva é a doença e, consequentemente, ele tem menos qualidade de vida”, ressalta o Dr. Guilherme Rocha, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty. Continue lendo

Iguana é resgatada após aparecer em calçada de rua em Barreias

Uma iguana foi resgatada após aparecer em calçada nas proximidades da Praça do Abraço, em Barreias, no oeste da Bahia. A informação foi divulgada pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o G1, o caso aconteceu no sábado (27), após o réptil ter sido visto por moradores na rua Marcos Freire.

De acordo com os bombeiros, foi utilizado um puçá, uma espécie de rede própria para a captura de animais. Os militares conseguiram alcançar a iguana e impedir que ela fosse para a rua, onde poderia ser atropelada. Após o resgate, eles fizeram a avaliação do animal e o levaram de volta à natureza. O réptil não tinha sinais de ferimentos.

Deslizamento de rochas assusta moradores do município de Guaratinga

Foto: Reprodução/TV Bahia

Um deslizamento de rochas assustou moradores do município de Guaratinga, no sul da Bahia, na noite de domingo (21). Um vídeo gravado por um morador flagrou plantações de cacau e bananas destruídas. De acordo com o G1, ninguém ficou ferido. Segundo os moradores, as rochas cederam por volta das 19h40, no povoado de São João do Sul.

A montanha de pedras que fica no local tem cerca de 400 metros. De acordo com o engenheiro civil Luiz Edmundo Campos, o deslizamento pode ter sido causado pela chuva, porque pode ocorrer infiltração de água na fissura da rocha quando o local não tem serviços para retiradas de pedras e construções de estradas. A Defesa Civil de Guaratinga foi até o local na tarde desta segunda-feira (22) e isolou a área.

Maior buraco já registrado na camada de ozônio se fecha

O Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus anunciou que o maior buraco de ozônio sobre o continente Ártico, que tinha mais de 1 milhão de km², se fechou. Os cientistas explicaram que a recuperação não teve relação com a redução de emissões poluentes devido ao isolamento social no mundo, causado pela pandemia de covid-19.

Esse buraco sequer foi consequência da poluição, e sim de um vórtice polar especialmente poderoso. Trata-se de um sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos. Quando esse fenômeno se dissipou, permitiu a chegada de ar rico em ozônio, e a camada do Ártico conseguiu se recuperar.

Além da extensão impressionante, o buraco chegou a esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera. Segundo os pesquisadores, a última vez que um forte esgotamento químico de ozônio foi observado no Ártico foi em 2011.

A escassez de ozônio no Polo Sul, por outro lado, é causada pela ação humana: poluentes fazem com que substâncias como cloro e bromo cheguem à estratosfera e se acumulando em um vórtice polar, tornando mais fina a camada que protege a Terra da radiação ultravioleta.

Já no Ártico, os vórtices polares são muito mais fracos, e por isso as condições necessárias para um forte esgotamento de ozônio normalmente não são encontradas. Por isso a equipe disse que o buraco deste ano era algo “sem precedentes” na região.

Itatim: Estudantes criam biocombustível com a árvore quixabeira

Foto: Divulgação/Sect

Estudantes de um colégio estadual em Itatim, cidade do centro norte baiano, criaram um projeto para a produção de um biocombustível a partir da árvore quixabeira. O projeto sustentável tem como objetivo combater o aquecimento global.

A árvore, comum na região, tem potencial para produzir um etanol e evitar o uso de gasolina, além de outras substâncias que contribuem para o efeito estufa e o desmatamento. O projeto foi desenvolvido pelos estudantes do Colégio Estadual Geovânia Nogueira Nunes, Marinaldo Mendonça e Jéssica Oliveira.

Eles informaram que o estudo foi moldado a partir da crise que o Brasil enfrentou em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros e muitos postos ficaram sem combustíveis.

Jéssica destaca que o projeto também surgiu com o objetivo de ser uma alternativa para os obstáculos dos biocombustíveis atuais, pois as opções no mercado apresentam desvantagens, como baixa rentabilidade, necessidade de muita água e desmatamento de áreas florestais.

Os estudantes revelam que até o momento, o nível de produção do biocombustível criado por eles ainda é pequeno, mas testes de qualidade são realizados para comprovar a eficácia do produto. Eles contam que o projeto ainda está limitado a pequenos produtores para uso próprio, por causa das normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com o G1, entretanto, com apoio de universidades ou de empresas ele pode ser produzido e distribuído em larga escala. Se o projeto for concluído, os jovens pesquisadores afirmam que os benefícios serão inúmeros, e podem contribuir para impedir mudanças climáticas, uma problemática atual.

Homem na Lua: há 50 anos, a Apollo 11 era lançada rumo ao satélite da Terra

Há 50 anos, partia da Flórida a missão que mudou a forma como olhamos para o Universo. Desde que o homem pisou em solo lunar, seguimos desbravando o espaço, impulsionados pelos avanços tecnológicos e pela curiosidade de descobrir o que existe além da Terra

Era 16 de julho de 1969. As rádios norte-americanas tocavam sem parar o hit Sugar, sugar, dos Archies; a expectativa do Festival de Woodstock estava no imaginário dos jovens que participariam do lendário evento dali a um mês. No Brasil, os jornais noticiavam que a ditadura militar estudava extinguir o Senado. Já na Inglaterra, David Bowie lançava o LP Space Oddity para coincidir com um fato que mudaria para sempre a relação do homem com o Universo: às 10h32 (horário de Brasília), três homens partiriam da Flórida para conquistar a Lua.

Ao entrar na Apollo 11 um ano antes da invenção dos microcomputadores, Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong realizavam um sonho que sempre acompanhou a humanidade. Desbravar o espaço, ultrapassar os limites da Terra e até, quem sabe, dar de cara com alguma forma de vida eram desejos antigos, expressos em diversas culturas do Ocidente e do Oriente. Mais próximo objeto extraterrestre, a Lua exercia um fascínio especial — praticamente todas as sociedades têm mitologias associadas a ela. Continue lendo

 Senhor do Bonfim: Estudantes usam café para criar produtos que repelem mosquito da dengue

Três estudantes de Senhor do Bonfim, cidade do no norte da Bahia, criaram velas e sabonetes, a partir de um óleo extraído da borra do café, com capacidade de repelirem o mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti. De acordo com os alunos, que são do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde Tancredo Neves (Ceeps), o preparo dos produtos ocorre através da mistura do óleo da borra de café com ingredientes como azeite, glicerina, parafina e essências.

De acordo com o G1, na prática, o sabonete consegue criar uma barreira protetora rica em tiamina, a substância capaz de proteger a pele contra os mosquitos. Já a vela, através da queima, consegue exalar no ar substâncias nocivas aos mosquitos. Além disso, os alunos ressaltam que os produtos são livres de substâncias químicas que prejudicam a saúde e possuem custo acessivo para as pessoas.