Entrevista: Levon do Nascimento
No segundo sábado de maio (11/05), a partir das 8h, no Colégio Berlaar Imaculada Conceição, o sociólogo Levon do Nascimento, de Taiobeiras-MG, será o palestrante do período da tarde do 1º Módulo da Quarta Turma da Escola de Formação em Fé e Política da Arquidiocese de Montes Claros, cujo tema é “análise da conjuntura social, econômica, eclesial e política com instrumentos de como fazer uma análise de conjuntura”. Nesta entrevista de 10 perguntas, ele responde ao jornalista João Renato Diniz Pinto sobre sua vida profissional, pessoal e familiar na fé e na política.
1) Primeiramente, qual é a sua formação e um pouco da sua história de vida familiar e profissional?
Fiz Ciências Sociais na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e recentemente conclui o mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e da Fundação Perseu Abramo. Sou casado há 16 anos com Flaviana e temos uma filha e dois filhos. Trabalho desde 2001 na Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, em Taiobeiras, onde leciono História para os anos finais (6º ao 9º) do Ensino Fundamental.
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2) Comente sobre as suas publicações?
Sou uma pessoa um tanto tímida e reservada. Comecei a escrever para dar vazão àquilo que eu pensava e, de certo modo, não conseguia expressar verbalmente. Mas também para atender à minha vocação cristã de ser “luz no mundo” e “sal da terra” (Mt 5, 13-14), ou seja, de interferir na sociedade a partir dos valores evangélicos. Desse modo, passei a compor artigos de opinião, crônicas e outros textos, inicialmente publicando-os no jornal “Folha Regional”, de Taiobeiras; e, em seguida, num blog que eu mantinha na internet. Os livros acabaram sendo a reunião de muitos desses escritos, que falam de fé, política, sociedade, ética, cultura regional, etc. Recentemente, lancei dois livros, “Crer e Lutar” (O Lutador, 2017) e “Vidas Interrompidas” (Autografia, 2018). “Crer e Lutar” é um conjunto de textos reflexivos sobre esse contexto sombrio do neofascismo que estamos vivendo, buscando iluminar a luta de quem se opõe a essa conjuntura, a partir da referência da Palavra de Deus. Já “Vidas Interrompidas” é a adaptação de minha dissertação de mestrado para o formato de livro, abordando, e buscando compreender analiticamente o fenômeno do genocídio de jovens pobres, pardos e negros pelo tráfico de drogas em Taiobeiras entre os anos de 2013 e 2017. Não me considero um escritor propriamente, apenas alguém que usa o recurso da escrita para se colocar e contribuir com o debate de nossos temas cotidianos. Continue lendo
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