As duas unidades estaduais de referência no tratamento de vítimas de queimaduras por fogos e explosão de bombas contabilizaram 44 atendimentos no período de 23 a 27 de junho, um aumento de 57% em relação ao São João do ano passado. Contudo, quando comparado aos anos anteriores à pandemia, ele representa queda de 27,8% (2019) e 25,42% (2018).
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, teve o maior número de ocorrências relacionadas aos festejos juninos, com um total de 37 atendimentos, sendo 14 vítimas de queimaduras por fogos e 23 por explosão de bomba. Já no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, também referência no atendimento a queimados, deram entrada sete pessoas vítimas de queimaduras e fogos de artifício.
O secretário de Saúde do Estado, Fábio Villas-Boas, reforçou o temor de que um novo pico nos índices do Covid-19 aconteça após o período junino. O gestor utilizou o exemplo de outros períodos festivos, como a Semana Santa, para exemplificar a previsão. “Seguramente, no comecinho de junho vamos ter um aumento no número de casos.
Na sequência, o aumento de internações e mortes. Esse filme já vimos”, lamentou. Vilas-Boas reforçou o pedido para a população de que evite aglomerações em locais fechados e sugeriu, que caso seja possível, que as pessoas se reúnam ao ar livre e praticando o distanciamento, o que contingenciaria as chances de contaminação.
“Em último caso, se for fazer algum tipo de aglomeração, faça só com seus familiares e amigos próximos, pessoas com quem já vem convivendo rotineiramente, do lado de fora de casa. Sugiro às pessoas que tentem ver a possibilidade, com a prefeitura, de fechar a rua e passar a noite festejando ao ar livre”, ponderou.
Na noite do dia 23 de junho de 2021, véspera de São João, às 18:00 horas como de costume, os condeubenses principalmente os moradores da zona rural mantiveram a tradição de fazer a fogueira junina. Além das costumeiras orações feitas na hora de acender a fogueira, este ano teve um pedido a mais para São João e Santa Izabel interferir nessa pandemia e mostrar um caminho aos povos para acabar com esse mal que está na terra, o coronavírus ou covid-19, que já dizimou uma enorme parcela da humanidade.
Deixando um pouco de lado essa questão da pandemia, as pessoas se divertiram muito neste São João, mesmo sem ter feito grandes festas, nem ter visto as maravilhosas quadrilhas junina, mas cada família recebeu alguns parentes ou poucos amigos e acabaram comendo um bom assado ao redor da fogueira, além de degustar as iguarias do rico cardápio da festa junina. Claro que não faltou nas comemorações de ontem, os fogos de artifícios e o embalo da boa música nordestina.
O pensamento foi unanime, todos disseram ontem (23), que no próximo ano nossas comemorações serão sem restrições, pois com certeza, nossa população já estará toda vacinada, por isso, vamos nos preservar de excessos, evitar grandes aglomerações para que não nos contaminamos por esse vírus maligno que aí está, nos privando de todos os direitos que temo de nos divertirmos. Finalizamos dando um grande VIVA SÃO JOÃO!!! E até o próximo ano se Deus quiser, sem pandemia.
Em mensagem de vídeo, a prefeita Sheila Lemos destacou a importância da tradição do São João para os nordestinos e, em especial, para os conquistenses, mas alerta para a necessidade de manter os cuidados sanitários, como o uso de máscara, higiene das mãos, álcool em gel e evitar aglomerações.
Segundo Sheila, “mesmo com a tradição do São João, a gente não pode esquecer que estamos enfrentando um vírus terrível, que causa a dor em milhões de famílias, tendo tirado a vida de mais de meio milhão de brasileiros e mais de 500 conquistenses. Não são números apenas, são vidas perdidas, pelas quais lamentamos profundamente”.
Ela ressaltou a ameaça do novo coronavírus e até que todos estejamos vacinados, “todo mundo está correndo risco. Temos que pensar uns nos outros. Cuidar de nós para cuidar de todos”.
No vídeo, Sheila Lemos lembra que muita festas juninas ainda virão e que é preciso muito cuidado agora. “Vamos nos cuidar. Viva São João! Viva a Vida!”, finalizou a prefeita de Vitória da Conquista.
Recordar é viver, esse é um provérbio Português: Por isso, vamos usar desse expediente luso, para relembrar com muita alegria e por que não dizer, com bastante saudade os grandes momentos dos São João e São Pedro passados, com as rezas e crendices ao acender as fogueiras às 18:00 horas do dia 23 de junho, ouvindo as musicas juninas nas vozes de grandes interpretes, as exibições das grandes quadrilhas juninas, as leituras de poesias em cordel, se referindo às fogueiras de São João e São Pedro. Revendo os enfeites das ruas, praças e residencias, a confecção e montagem de todos os enfeites, que por sua vez concretiza o que foi antes planejado.
Os forrós tomam conta desse período junino, quer seja, nas praças, clubes ou residencias, o baile está formado num só ritmo de forró. Sempre acompanhado da deliciosa culinária baiana, uma vez que as festas juninas tem suas iguarias especiais como pipoca, canjica, amendoim torrado e cozido, pamonha, mingau, milho assado, cuscuz, bolo de fubá de mandioca, quentão chá de amendoim entre outros. Tudo isso é comemorado com muitos fogos do tipo traques, bombinhas, chuvinhas, cobrinhas, pega-moleque, bombas e foguetes de rabo, queimas de fogos de artifícios e também nas grandes praças, tem se o hábito de fazer a queima da nega maluca.
MEIO SÉCULO: Relembrando as festas juninas há mais de 50 anos atrás, quando os festejos eram comemorados só nas residencias, então as arrumações para esperar a fogueira eram enormes, as pessoas programavam o ano inteiro para a chegada do dia de São João ou no caso dos viúvos São Pedro. Já começava no inicio do ano esperando os rios abaixar a água e secar os brejos para plantar milho e feijão, para fazer a festa de São João.
As fogueiras eram retiradas no mato, sendo o surucucu a madeira predileta para a fogueira queimar por inteiro. Depois de tirada era puxada com carro de bois 10 dias antes do São João, neste período era também, providenciado a lenha para acender fogo no forno, que depois de quente tinha que varrer com ramos de madeira nova, usava se folha de bananeira para assar o famoso biscoito de vela, nas assadeiras os biscoito do tipo chiringa, biscoito de sal, manuê, bolos, frango, pernil, lombo e outros. Grandes recordações maravilhosas, eramos felizes e sabíamos disso, pois participávamos de tudo. E VIVA SÃO JOÃO!!!
PANDEMIA: Nos anos de 2020 e 2021 foram retirados do povo do mundo inteiro, o direito de participar de quaisquer tipos de festas, por conta do coronavírus a covid-19, que nesse período tem avassalado a humanidade, matando mais de qualquer tipo de guerra já existente. No Brasil até a presente data 23/6/2021 já morreram mais de 502 mil pessoas, em Condeúba já foram 20 mortes. Enquanto não ser vacinado toda a população, não podemos voltar às nossas atividades normais com segurança, principalmente as festas que geram grandes aglomerações de pessoas. Este ano de 2021 ainda teremos que usar mascara, lavar sempre as mãos, usar álcool em gel, manter o distanciamento entre as pessoas e evitar aglomerações. Que o Senhor São João nos ajude a vencer essa terrível pandemia. AMÉM!!!
Veja abaixo fotos e decorações das festas juninas:Continue lendo
Uma ação policial realizada na segunda-feira (21) apreendeu 142 camisas de um bloco junino que planejava fazer uma festa clandestina de São João em Cruz das Almas, cidade do recôncavo da Bahia. Um decreto estadual proíbe festas na Bahia, por causa da pandemia. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a festa estava programada para ocorrer no dia 24 de junho, na Rua Santo Antônio.
A delegacia da cidade, contudo, descobriu os planos da festa e conseguiu mandado de busca e apreensão com a Justiça, que foi cumprido na segunda-feira, na casa do organizador do evento. Ainda de acordo com informações da SSP-BA, o bloco junino estava vendendo as camisas por R$ 17. Além das 142 camisa, foram apreendidos um caderno de anotações de compra e venda dos abadás.
“Fizemos o trabalho de investigação e descobrimos o responsável pela venda das camisas. No dia que seria o evento, vamos contar com o apoio da Polícia Militar, para que, se haja algum indicativo de festa, ou aglomeração, possamos punir diante da lei os envolvidos”, explicou o delegado Cristóvão Éder, titular da delegacia da cidade.
O São João na Bahia chega sem tradições, como as fogueiras e as quadrilhas juninas nas ruas, realidade causada pela pandemia do novo coronavírus e vivenciada pelo segundo ano consecutivo. Com a necessidade do cuidado contra a Covid-19 dentro de casa, pais e responsáveis buscam alternativas para fortalecer a cultura nordestina no imaginário das crianças.
A secretária Maristela Buarque, 49, tem o costume de arrumar a filha Sofia, 7, com trajes juninos. Na hora de arrumar o cabelo, Maristela conta que a filha adora fazer a maria-chiquinha. A pequena Sofia ainda ajuda o pai, o projetista Weliton Aragão, no preparo das comidas típicas do São João.
“Antes da pandemia, os festejos juninos eram momentos de reunião de toda a família. Com a ausência da comemoração mais física, a gente faz todo um esforço para fortalecer o imaginário da festa para a Sofia. É por isso que a gente enfeita a casa, veste ela a caráter, coloca um forró para tocar. A Sofia ainda ajuda o pai a fazer canjica, bolo”, diz Maristela.
Para amenizar parte da ausência física da festa, a mãe da Sofia explica que faz uma live de São João com os familiares. Além do auxílio de ferramentas online, Maristela diz que o lápis e o papel mantêm vivas as fábulas juninas que fazem parte do universo da Sofia. “Ela adora desenhar fogueiras, bandeirolas”, acrescenta. Continue lendo
A Bahia vai deixar de arrecadar R$ 79 milhões de ICMS influenciado pelo cancelamento do São João, conforme estudo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), divulgado nesta sexta-feira (18).
De acordo com um da SEI, a quantia que deixará de ser arrecadada não pode ser atribuída exclusivamente ao cancelamento do São João, mas influenciada também pela suspensão da festa. Este é o segundo ano sem São João na Bahia por causa da pandemia da Covid-19. Ainda de acordo com a estimativa da superintendência, 1.476.600 pessoas deixarão de viajar para municípios do interior baiano no período dos festejos juninos.
Com base no último ano comemorativo dos festejos juninos, em 2019, estima-se que ao menos R$ 64,7 milhões provenientes do setor público deixarão de impulsionar os festejos, em especial o mercado da música. Destes, R$ 50,9 milhões são recursos aportados por 311 municípios e R$ 13,8 milhões pelo Governo do Estado.
De acordo com o estudo, deixará de entrar na Bahia R$ 107 milhões decorrentes de gastos de turistas nacionais e estrangeiro.
Devido a pandemia, 24,2 mil empregos formais e informais deixarão de ser gerados nos setores com atividades correlacionadas com o festejo junino, sofrendo impacto também pelo cancelamento do São João.
O cancelamento dos festejos juninos, de acordo com a SEI, foi uma decisão acertada e pautada na necessidade de preservar vidas, uma vez que estamos enfrentando uma pandemia mundial de uma doença altamente contagiosa e o isolamento social extremamente necessário conter a propagação da pandemia.
A SEI é uma autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan) e o estudo foi em parceria com as secretarias de Turismo (Setur), Cultura (Secult) e a Bahiatursa.
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