Tag: Artigo

O QUE É CULTURA?

POR Antônio Santana

Professor, Poeta e Escritor condeubense Antônio da Cruz Santana

No Brasil, não é somente necessário garantir os direitos fundamentais dos cidadãos pela Constituição Federal de 1988, como também o Poder Público deve oferecer-lhes as demais condições para exercê-los. Portanto, é interessante compreender que cultura nos apresenta vários conceitos como: “Todo complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, usos e costumes, assim como todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente na família, como também por parte de uma sociedade da qual é membro”. Cultura também definida em ciências sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade.

No entanto, o que se pode observar é tamanha dificuldade encontrada nas prefeituras de cidades do interior do Brasil, a exemplo de Condeúba, na Bahia, quando se trata de investimentos à Cultura. São milhares de crianças, adolescentes, jovens e também adultos que procuram desenvolver as suas habilidades na arte, nos esportes, na cultura e na literatura, porém, não conseguem nenhum tipo de suporte técnico e apoio financeiro do Poder Público Municipal.

Vale ressaltar, que tanto a filosofia quanto a sociologia, conceituam à cultura intrinsecamente relacionada ao comportamento e ao convívio do homem na sociedade. Nessa perspectiva, se percebe angústias, decepções e insatisfações por parte dos artistas profissionais e amadores ou em formação que querem produzir arte, mas não conseguem desenvolver suas habilidades e/ou talentos por ausência de políticas públicas de governos que não ofertam a esta categoria.

Nesse sentido, torna-se cada vez mais difícil repensar ou reescrever a história do Brasil, sem passar por uma educação que se proponha a trabalhar na transformação intelectual dos indivíduos através da leitura, da arte e da literatura. Abrindo novos caminhos para formar cidadãs e cidadãos humanamente melhores, politizados, conscientes de seus direitos e deveres para com a sua Pátria, visando uma sociedade crítica, solidária e fraterna para todos.

Artigo: Sem choro, nem vela

O assunto da morte é tema recorrente e recortado pelas mídias em tempo real. Assistimos as estatísticas mundiais e à medida que os números de morte aumentam isso nos assola mais de perto. A morte e sua ameaça de proximidade viraram nossa persistente companhia. Ela entra como um discurso viral pelas frestas do inconsciente e desenterra nossos medos mais íntimos. Assunto árduo quando a ideia de controle do ambiente entra em colapso e o pensamento de contágio se hospeda em nós.

O fato é que estamos em luto. O mundo que vivíamos não existe mais, ele está em transformação. Fora isso vamos lidando com perdas de pessoas, aqui e ali… cada um que se vai, uma tristeza, um pouco de nós deixam de existir. As notícias de morte veiculadas pela mídia acabam por espetacularizar os números e subtraem o aspecto simbólico inerente ao processo. Tem dor e sofrimento nestes números que são incalculáveis. Para levar o luto a termo é preciso, segundo Allouch (2004), dar por concluída a vida do morto em um ritual. É preciso que exista um público acolhedor das manifestações do luto, das expressões de dor e desespero do enlutado. O que assistimos é o oposto disso, a banalização da grande maioria da dor do outro.

O que me assusta nesta conjuntura é a ideia de uma morte anônima. Já que o processo de despedida foi modificado e restrito a algumas pessoas num curto espaço de tempo.. Diante da pressa dos rituais e da velocidade com que as mortes acontecem vocês devem imaginar o déficit de elaboração que deixará suas sequelas psíquicas.

Não tem havido fôlego para se fazer lutos atualmente. O tempo está precário em relação a nossa capacidade mental de metabolizar afetos. Daí um tempo estranho. Tudo é muito transbordante. Muitas mudanças simultâneas. Fora e dentro de si. Se a morte já era algo de difícil de ser tratado imagine agora com a conotações de contágio planetário.

Acho que levar a morte a sério, respeitá-la, é uma questão ética, filosófica e humana. Banalizar a morte diz mais de como você lida com sua vida e com as pessoas do que sobre sua morte.

Sheyna Vasconcellos é graduada em Psicologia pela UFBA, mestre em Família na Sociedade Contemporânea

COMO CAMINHARÁ O BRASIL PÓS PANDEMIA EM 2020?

POR: Antônio Santana, professor escritor e poeta – Condeúba – BA.

Antônio da Cruz Santana

Nos últimos meses deste ano em curso o Brasil vem passando por uma série de problemas depois da chegada da pandemia do coronavírus COVID -19. O fato é que, além da crise estrutural instalada na Saúde Pública rotineira do país, o quadro se agravou substancialmente com outra crise, desta vez a crise política( administrativa, econômica e financeira) que terá um impacto negativo para os próximos meses pela ineficiência do governo brasileiro em gerenciar os dois episódios momentâneos.

Vale ressaltar que, quase dois anos já se passaram e o governo do presidente Jair Bolsonaro, segue ainda sem um modelo confiável de gestão. A situação administrativa e política, complicam – se à medida em que a população aguarda ansiosamente medidas eficazes que possam resolver a curto, médio e longo prazo os problemas da saúde, da educação, da segurança pública, da renda e da moradia que são direitos sociais constitucionais e fundamentais para a sobrevivência dos cidadãos brasileiros.

Nós, brasileiros (as), não precisamos de discursos repetitivos ou enfadonhos, mas sim, de ações concretas e impactantes que traga – nos esperança de dias melhores, estabilidade econômica, amor ao próximo e paz na vida do povo brasileiro que não suporta mais tanta espera. O governo do presidente Jair Bolsonaro, precisa urgentemente apresentar um plano para salvar vidas no combate à COVID – 19, como também a economia brasileira não de forma paliativa como o auxílio emergencial de R$ 600, 00, mas que permitam pais e mães de famílias retornarem o mais brevemente possível aos seus postos de trabalho sem maiores danos, perdas ou prejuízos individuais e coletivos.

Vale salientar, que o momento em que o país está vivendo não é oportuno para se espalhar ataques de fúria ou de ódio a governadores (as) e perfeitos (as), mas de agregar forças juntos para sairmos dessa crise pandêmica da COVID -19 que a cada dia se prolifera quase que sem controle por todo o país. Por outro lado, é preciso ficar claro que as disputas ou debates políticos Presidenciais em prol das eleições de 2022, deverão ser retomados oportunamente quando a situação assim se normalizar.

Diante do exposto, é necessário que o governo federal junte-se aos governos estaduais e municipais com ações emergenciais de ordem médica, sanitária e hospitalar, coordenadas pelo Ministério da Saúde (MS) para que assim possamos vencer esse VÍRUS da morte. Não resta dúvida de que governo e sociedade devem trabalhar preventivamente para reduzir rapidamente à propagação da COVID – 19, no Brasil.

SOMOS TODOS PELO BRASIL!

Cultura e sua importância para o Novo Normal!

Por Ildazio Jr.

Foto: Henriqueta Alvarez / Divulgação

A cada dia que converso com um amigo, conhecido ou até nas entrevistas diárias que faço pela Radio Excelsior FM em meu programa, o “Conectados”, ouço o seguinte: “já li alguns livros nessa pandemia e minha filha também”; “ fiz uma playlist para faxinar com vários sons que não ouvia há séculos”; “revi pelo menos 5 filmes e mais 10 novos nas madrugadas”; “amigo, fiz um tour virtual no Louvre maravilhoso nesse fim de semana com as crianças”; “cara, que live maravilhosa a de fulana e da banda tal na sexta, foi balada em casa”; “ minha mãe se emocionou assistindo comigo o ‘Lago do Cisnes’ com o Balé de Bolshoi”; “comprei pela internet a coleção inteira em quadrinhos do Batman”… enfim.

E daí, quando você vai atrás dos números, se depara com a informação de que as compras de livros na Inglaterra cresceram 33%, que o entretenimento online ente 09 e 22 de março de 2020 cresceu em 22,8%, que milhões de pessoas se cadastraram na Netflix, Deezer, Amazon, Disney, Globo Play, entre outras, e que as lives se multiplicaram com palestras, debates e shows arrecadando milhões e ajudando os mais necessitados! Continue lendo

Resenha sobre o livro “Vidas Interrompidas”, de Levon Nascimento

Resenha sobre o livro “Vidas Interrompidas”, de Levon Nascimento

pelo jornalista João Renato Diniz Pinto

Prezado Levon,

A primeira vez que ouvi a palavra Taiobeiras foi no segundo grau quando estudava no Colégio Padrão/Pitágoras nos idos de 1995, 1996 e 1997. Fui colega de Nikolas, sobrinho da professora de Português, Rosane Bastos, um dos negros da turma. Cruzeirense e muito inteligente. Depois só retornaria a ter contato com Taiobeiras e o Alto Rio Pardo de Minas pelo blog (diário virtual) do sociólogo Levon Nascimento nos idos de 2003 e pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O professor da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves retirou a conjunção “de” do nome. Na minha opinião, o “de” representa a linguagem da população norte-mineira e sua generalidade. O “do” ou o “da” é mais específico. Em fevereiro de 2007, voltei a ter contato com Taiobeiras na posse do padre diocesano, negro e baiano Inivaldo Fernando de Lima na Paróquia São Sebastião. Dom Geraldo Majela de Castro passava o comando da Arquidiocese de Montes Claros a dom José Alberto Moura. Continue lendo

REFLEXÃO: O MUNDO PEDE SOCORRO!

Por Santana

Não é de hoje que estamos vivendo em tempos difíceis no Brasil. Poderíamos enumerar diversos acontecimentos ruins que ocorreram no país, como por exemplo: a Barragem do Feijão, em Minas Gerais no ano passado, as chuvas que caíram este ano nos estados da região Sudeste São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro que pareciam cenas de filmes de terror com diversas mortes provocadas por acidentes naturais ou por ações humanas.

Tivemos também, derramamento de óleo nas praias nordestinas e parte do Sudeste, em que pescadores e marisqueiras foram prejudicados recentemente ainda sem culpados pela tragédia marítima e ambiental. Como se não bastasse agora no momento quaresmal, estamos vivendo com mais uma situação catastrófica como o surgimento e propagação do coronavírus ( também conhecido como COVID- 19).

Diante dessa gravidade, seguimos presos em nossas casas, barracos, apartamentos simples ou luxuosos, ou debaixo da ponte nos protegendo corretamente como determina as autoridades de saúde ou não, na “inteligência ou na ignorância do não vai acontecer comigo”, e por aí vai se convivendo com essa coisa descontrolada mundo a fora.

A pergunta é a seguinte: Até quando teremos que conviver trancados em prisões domiciliares sem sermos culpados, no Brasil e no Mundo? Para ser mais preciso: Quem vai pagar essa CONTA?

Que Deus nos conceda a sua imensa proteção!

Antônio Santana,
Professor e poeta.

CAMPO MINADO

Jornalista e Poeta Leandro Flores

Esse ambiente político/religioso é um campo minado de hipocrisia e desonestidade.

Não há positividade em quem se apaixona aos extremos… Não há luz, nem verdades, em quem se posiciona estreitamente em um determinado lado e, sem preceitos, condena o outro com a única finalidade de se ter um algoz, com exclusiva pertinência de promoção factual.

Sim, agora ele (o opressor) é o porta-voz daquela parcela de rebanhos. Criou-se bando, organização e o seu único propósito é a representação político/partidária.

Mesmo que a lucidez seja o meio termo, entre a razão e a fé, entre a Direita e a Esquerda, entre o dito “Sagrado” e o “Profano”, os extremistas preferem a representação, o confronto, a bandalheira.

Não podemos nos apaixonar por ideias fabricadas e retocadas, por “deuses” alheios (indiferentes a nossa realidade), por conceitos extremistas de contradições e negações que provoquem uma ‘desarmonia’ e que afetem as convicções das pessoas.

Há um misto de possibilidades, mas sabemos que existe apenas uma verdade: aquela que se carrega em particular.

Defenda tudo que acredita sim, mas faça isso com equilibro e com tolerância. Lute pelos os seus propósitos sim, mas sem ofensas. Sem prejudicar, nem invadir o direito do outro de pensar diferente do que você.

É isso que Jesus gostaria que aprendêssemos quando disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (Mateus 5:6).”

Há sempre uma recompensa para quem procede com justiça e retidão, sem extremismo suicida e sem paixão à ignorância.

By: Leandro Flores/2016

NIETZSCHE DISSE: Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade

Por Leandro Flores

Fundador do Movimento Café com Poemas – Poeta, Escritor, Jornalista Leandro Flores é condeubense radicado em Salvador/BA.

Nietzsche, filósofo e poeta prussiano já dizia que: “Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade. Somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida” (2008).

Nunca uma frase como essa, do grande e incomparável pensador do século XIX, fez tanto sentido como agora, nestes tempos de afogamento de esperança, de sonhos, em que o país e o mundo passam por diversas transformações que muitas vezes nos deixam fora de eixo, sem chão, sem saída e desesperançosos em relação ao futuro.

A arte vem como refúgio, como fuga nesse processo de endurecimento de alma. Acaba sendo uma das poucas ferramentas – ainda – capazes de trazer um sorriso, uma paixão, uma vontade de deixar as coisas mais leves, de trazer algum sentido para o mundo, traduzindo aquilo que ainda conseguimos observar e sentir como BELO, como SIGNIFICATIVO e aproveitoso para alguém e para o universo como todo.

O mundo está em cacos, se diluindo em ideologias cada vez mais extremistas, cada vez mais conflitantes e, a arte, mesmo sendo também uma ferramenta de perseguição dessa escalada da estupidez, acaba sobrevivendo (para o nosso bem) e, assim, quem sabe, algum dia possamos lembrar novamente Nietzsche, só que desta vez como chave de memória, não como lamentação de um estado fático, podendo dizer também que a arte venceu finalmente. “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”

Quando em transe a vida te fizer chorar lembre se das noites em claro

Por Edtattoo

Quando em transe a vida te fizer chorar lembre se das noites em claro. Quando a culpa cair sobre seus ombros, observe que a paz é adquirida após a guerra. Os detalhes que compõem um ser iluminado é diferente daqueles que apenas observa a superfície.

O brilho contagiante desfaz a ira de quem passa. Transforme isso em graça pois o riso é divino e no olhar a descoberta do belo que ainda se ver resquícios. Sejamos hoje a renúncia por toda dor causada, esquecendo os traumas por amor relativo e sigamos interpretando esse novo tempo, pois hoje é um tempo de festa.

Aproveita a nova fase e reinventemos a felicidade. Sejamos o palco das atenções estabelecendo a felicidade como meta, a vida é um instante e nós somos os propagadores desse tempo em transição. É preciso observar com cautela os abraços e olhares, aquilo que nos causa deslumbro também já nos causaram dor.

Tributo à comadre “Zina”

 

 

Querida comadre Zina de Sá, saudades!!!

Nesta tarde de segunda-feira dia 18 de novembro de 2019, tivemos uma notícia vinda de São Paulo nada agradável, pois, trata da partida para o além de um ente tão querido, que foi a minha querida amiga, prima e comadre “Zina” de Sá, assim que ela gostava de ser chamada e assim o faremos com muito respeito pelo que a minha comadre Zina representou para todos nós da família. Nascemos aqui em Condeúba e ainda muito jovens fomos para São Paulo e lá crescemos juntos, toda nossa fase de criança, adolescência e depois a fase adulta, passamos juntos por um bom tempo de nossas vidas. Casamos no mesmo ano 1979. Nossa amizade ampliou, dois anos depois veio o meu primeiro filho Nilo, adivinha quem foram os padrinhos, Zina e seu esposo José Ovídio de Sá. Passamos por um bom tempo curtindo juntos esse bebê. Depois os nossos queridos compadres tiveram que mudar para a cidade de Santarém no Pará, transferência de serviço do compadre, por lá ficaram um bom período. Quando eles retornaram à São Paulo, trouxeram por adoção o filho Carlos Eduardo de Sá, (hoje um grande Advogado). Nós já havíamos mudados para o interior do Estado na cidade de São José do Rio Preto. Ficamos sim um pouco distantes mas, sempre visitando uns aos outros, nunca nos deixamos pousar no esquecimento nossa sagrada amizade. Depois de morar 20 anos em São José do Rio Preto, retornei para Condeúba, minha cidade natal e aqui também a nossa querida comadre Zina veio nos visitar algumas vezes. Comadre Zina uma mulher católica fervorosa de muita fé. É nessa sua fé viva que nos amparamos hoje, para suportar essa lacuna que você deixou no meio de nós para sempre. Adeus comadre Zina de Sá, que o bom Deus a tenha ao seu lado para a eternidade. Saudade!!!