Categoria: Condeúba

Professora de Cândido Sales morre após passar mal em Ilhéus

O município de Cândido Sales está abalado com o falecimento precoce da professora Lêvia Meira, que faleceu na manhã deste sábado (21), na cidade de Ilhéus, Sul da Bahia.

De acordo com informações da imprensa regional, Lêvia estaria em Ilhéus passando as férias com amigas, quando, passou mal em casa.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU 192 foi acionado e realizou os primeiros socorros, porém, ela não resistiu ao infartou e faleceu.

Além de professora da rede pública, Lêvia também atuava como designer de sobrancelhas.

Até o fechamento desta reportagem, não havia informações sobre velório e sepultamento.

PF mira Bolsonaro, Torres, financiadores e vândalos

Militar do Exército é suspeito de operar ‘Caixa 2’ para Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolssonaro e o tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro César Barbosa Cid

O tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro César Barbosa Cid, foi o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) até os últimos dias de governo. De acordo com o colunista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, ele também era o operador de um sistema de “Caixa 2” comandado pelo ex-presidente da República.

As investigações estão correndo no Supremo Tribunal Federal (STF), sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, e lançam graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro vivo proveniente, inclusive, de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O militar, conhecido como “Coronel Cid”, compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, ele era o guardião do telefone celular de Bolsonaro.

Atendia ligações e respondia mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família. Pagar as contas era uma delas – e esse é um dos pontos mais sensíveis do caso.

Entre os achados dos policiais escalados para trabalhar com Alexandre de Moraes estão pagamentos, com dinheiro do tal caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de Rosimary Cardoso Cordeiro – amiga de Michelle Bolsonaro e funcionária do Senado Federal, lotada no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA) – que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.

Cid se tornou alvo dos inquéritos tocados por Moraes ainda em 2022, quando mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular do oficial do Exército levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.

Depois disso, Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram revirar pelo avesso as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas delas com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.

As primeiras análises do material já apontavam que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do clã presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A certa altura do trabalho, os investigadores começaram a enxergar indícios fortes de lavagem de dinheiro. Chamou atenção, em especial, a origem de parte dos recursos que o oficial e seus homens manejavam.

Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel.

Os detalhes dessas transações ainda estão sendo mantidos sob absoluto sigilo, trafegando entre o gabinete de Moraes e o restrito núcleo de policiais federais que o auxilia nas apurações. Antes de deixar o poder, Bolsonaro dispensou o tenente-coronel Mauro Cid da função de ajudante de ordens.

O ato foi publicado em 31 de dezembro. O futuro do militar, porém, ficou encaminhado. Com a bênção do então presidente, o comando do Exército o designou para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos (BAC), uma das unidades do Comando de Operações Especiais (COE), com sede em Goiânia.

Tragédia em Conquista: Homem morre ao cair do 1º andar de apartamento

Na tarde deste sábado, 21, um homem faleceu no bairro Candeias, em Vitoria da Conquista

Segundo informações de populares, o homem pulou do seu apartamento no Edifício Arthur Lobo Andrade, nas proximidades da Olívia Flores.

Populares prestaram socorro, acionaram o SAMU 192, mas não houve tempo e ele veio a óbito.

O Departamento de Polícia Técnica foi acionado para realizar o levantamento cadavérico.

Nildma Ribeiro e Tiago Batista, do PCdoB, são nomeados no Governo da Bahia

Tiago Henrique Batista, ex-apresentador da TV Uesb e Nildma Ribeiro, ex-vereadora

Dois nomes do PCdoB passaram a integrar o Governo do Estado na última quinta-feira (19). Nildma Ribeiro, ex-vereadora, e Tiago Henrique Batista, ex-apresentador da TV Uesb agora fazem parte da administração estadual da Bahia.

Tiago Henrique foi nomeado para o cargo de Coordenador Executivo da Superintendência de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais, vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais. Ele conduzia o Uesb Notícias desde 2020.

Nildma também integrará a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, em uma coordenação na  Superintendência de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais.

A ex-vereadora é assistente social e possui uma trajetória política marcada pela militância. Ela vem do movimento sindical e feminista.

Tiago realizou transmissões de jogos do Baianão 2023 pela TVE Bahia, além de atuar na assessoria de imprensa da Associação Desportiva Jequié-ADJ e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jequié e Região (SINSERV).

Como já divulgado pelo Blog do Sena, Dr. Pedrinho, que também é ligado ao grupo do PCdoB em Conquista, também está sendo ventilado para assumir a função de assessor especial do governador na região do Sudoeste da Bahia.

Novo comandante do Exército, Tomás Paiva, é visto com maior traquejo político

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante militar do Sudeste e escolhido por Lula para ocupar o posto de comandante do Exército - Divulgação - 26.jul.21/Exército Brasileiro
 O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante militar do Sudeste e escolhido por Lula para ocupar o posto de comandante do Exército – Divulgação – 26.jul.21/Exército Brasileiro

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, tem 62 anos e é considerado na capital federal como um militar com maior traquejo político, incluindo a proximidade com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ajudante de ordens, e com o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).

Atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), ele chegou em 2019 ao posto de general de Exército, o mais alto da carreira, passando a integrar o Alto Comando da Força.

Tomás Paiva está na linha sucessória natural, sendo o mais antigo detentor de quatro estrelas do Alto-Comando, ao lado de Valério Strumpf.

Em 2022, quando havia tentativas de contato com o Exército por parte de petistas, que então lideravam a corrida presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome de Tómaz era citado nos bastidores como uma das possíveis pontes.

Nesta semana, Tomás havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário. Tudo isso em meio ao impacto dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Tomás, como é chamado, já havia sido cotado para o cargo, mas alguns petistas temiam que sua grande capacidade de articulação o tornassem numa força independente, assim como Eduardo Villas Bôas foi quando escolhido por Dilma Rousseff (PT) no fim de 2014 -o ex-comandante foi o artífice da volta dos fardados à política.

Tomás foi chefe de gabinete de Villas Bôas.

Neste sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, do posto de comandante do Exército em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.

Em discurso na quarta-feira (18) durante uma cerimônia no QGI (Quartel-General Integrado), em São Paulo, o novo comandante do Exército disse que o resultado das urnas deve ser respeitado, independentemente do presidente exercendo o mandato.

Sem citar o nome de Lula, o comandante afirmou que “não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”. Disse também que ainda que houvesse um “turbilhão, terremotos, tsunamis”, continuarão coesos, respeitosos e garantindo a democracia.

Em outro trecho, afirmou: “Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste”, afirmou. “Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado.”

Entre outras atuações no Exército, Tomás foi também subcomandante da Minustah (Missão de Estabilização da ONU, no Haiti).

Oito dos presos nos atos golpistas de 8 de janeiro receberam para fazer campanhas de aliados de Bolsonaro

Ao menos oito pessoas presas por participarem dos atos golpistas do dia 8 de janeiro trabalharam para candidatos nas eleições de 2022. Deste, seis atuaram para eleger nomes do PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os detidos tiveram suas prisões em flagrante convertidas para preventiva — em que não há prazo determinado para acabar — nesta semana por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Suspeito de financiar atos golpistas: dono de restaurante na Chapada dos Veadeiros fugiu da PF pela janela

Governador afastado do DF: PF faz operação de busca e apreensão na casa e no escritório de Ibaneis Rocha

Como os processos correm em sigilo, não é possível saber os crimes imputados a cada um deles. Mas, de acordo com o gabinete de Moraes, eles envolvem atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, ameaça, perseguição ou incitação ao crime.

Entre os que receberam para trabalhar nas eleições e, meses depois, foi preso por participar de atos que contestavam o resultado eleitoral está Wenderson Luiz Brandão Barros. Ele foi contratado pelo deputado federal eleito André Fernandes (PL-CE), atualmente deputado estadual. De acordo com a prestação de contas do candidato, Fernandes pagou R$ 2 mil pelos serviços de Wenderson.

O parlamentar é alvo de pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República sob suspeita de promover os atos antidemocráticos que resultaram na invasão e depredação das sede dos Poderes, em Brasília. Dois dias antes dos ataques, Fernandes fez uma publicação nas redes sociais sobre o tema: “Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá!”, escreveu.

Depois, no próprio domingo, o deputado postou uma foto da porta arrancada de um armário do ministro Alexandre de Moraes e ironizou: “Quem rir vai preso”. Após o pedido da PGR, Fernandes disse que não convocou ninguém para o ato e disse que não sabia que haveria “quebra-quebra nem vandalismo”.

A defesa de Barros afirmou que ele não tem “qualquer ligação” com Fernandes e que a empresa de segurança dele prestou serviços para o deputado. Os advogados ainda afirmaram que Barros estava acampado no Quartel-General do Exército e não foi para a Praça dos Três Poderes, “logo não há o que se falar em qualquer tipo de participação nas depredações dos prédios públicos”. Fernandes também foi procurado, mas não retornou.

Coordenadora recebeu R$ 5 mil

Entre os presos, quem recebeu a maior quantia para trabalhar na campanha eleitoral foi Tatiane da Silva Marques, que atuou como “coordenadora de equipe” deputado federal reeleito Bibo Nunes (PL-RS): ele pagou R$ 5 mil pelos serviços dela. O GLOBO entrou em contato com o deputado, mas não foi respondido.

Ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, André Porciúncula (PL-BA) pagou R$ 2.600 para Antonio Luis da Silva, também preso por ordem de Moraes. Procurado, Porciúncula informou que não conheceu pessoalmente Antonio e que ele foi contratado para entregar panfletos.

— Minha coordenação disse que ele trabalhou, sim. Era responsável por entrega de panfleto. Mas eu não o conheci. Toda essa parte operacional era feita pela coordenação, não tinha contato com as equipes de panfletagem contratadas.

Outro ex-secretário do governo Bolsonaro, o senador eleito Jorge Seif (PL-SC), gastou R$ 840 com Ademar Guinzelli. Em sua conta no Facebook, Guinzelli fez diversas publicações de apoio a Bolsonaro. Em uma delas, de dezembro, dizia que queria entregar o diploma de eleito ao ex-presidente, mesmo após ele ter sido derrotado. Seif foi procurado pela reportagem, mas não respondeu.

O deputado federal Abilio (PL-MT), por sua vez, contratou Helio José Ribeiro por R$ 800. Ele afirmou que não conhece Ribeiro e que orientou todos seus funcionários a não participarem dos atos.

— Não apoiei os atos e manifestações, não estive em nenhum ato e manifestação e ainda orientei todas da minha equipe a não participarem. Qualquer pessoa que tenha participado não foi com o meu consentimento.

Abilio ganhou evidência por ter minimizado a destruição em partes da Câmara após os atos, declaração que foi criticada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele diz que a fala foi um mal-entendido e que já conversou com Lira para se explicar.

O coach Pablo Marçal (Pros-SP), que se lançou a deputado federal mas teve a candidatura barrada, contratou Magno José da Silva por R$ 780. Questionado pela reportagem por meio de sua assessoria, a campanha de Marçal respondeu que Magno foi um dos mais de 600 colaboradores que presetaram serviço na campanha de deputado federal, realizando entrega de material de campanha nas ruas, sem qualquer outro vínculo.

José Gomes (PP-DF), que não conseguiu se eleger deputado federal, pagou R$ 300 para Daniel dos Santos Bispo. Por meio de sua assessoria, ele informou que “centenas de pessoas” trabalharam em sua campanha e que não se lembra de Daniel. Gomes afirmou ainda que “os cidadãos brasileiros têm direito a manifestações democráticas, porém respeitando os limites impostos pelas regras constitucionais”.

Já Carla Xavier (PL), que ficou como suplente para deputada estadual na Bahia, desembolsou R$ 1.889 para pagar Renata Sousa Massa, que participou dos atos golpistas. O GLOBO entrou em contato com Carla, mas ela não respondeu.

Lula demite comandante do Exército após crise de confiança

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 19.01.2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 19.01.2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília. A decisão foi comunicada ao militar neste sábado (21).

Arruda estava no comando da Força desde o dia 28 de dezembro, antes da posse de Lula como presidente. Ele havia sido escolhido por critério de antiguidade pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.

A demissão tem potencial para agravar as tensões entre Lula e o comando das Forças Armadas. Os governistas afirmam, no entanto, que a saída de Arruda é necessária para que Lula exercesse sua autoridade como presidente.

Depois dos ataques à praça dos Três Poderes, Lula manifestou publicamente sua desconfiança em relação às Forças Armadas, em críticas direcionadas especificamente ao Exército.

No dia 12, ele afirmou que “muita gente das Forças Armadas” dentro do Palácio do Planalto foi conivente com a invasão. “Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não vi a porta de entrada quebrada”, disse. As declarações de Lula provocaram reações negativas dentro da Força.

O Alto Comando do Exército, formado pelos generais de quatro estrelas, se reuniu neste sábado para discutir a demissão.

Lula cumpre agenda neste sábado em Roraima para anunciar ações contra uma crise de saúde em terras yanomamis. Ele deve retornar a Brasília no fim do dia.

Na sexta-feira (20), o presidente se reuniu com Arruda e os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno. O encontro foi articulado por Múcio como uma maneira de reduzir as tensões deste início de governo.

A reunião, no entanto, não foi suficiente para “virar a página” na relação, como pretendia o ministro da Defesa. A conversa se concentrou em projetos estratégicos e planos de investimentos das Forças Armadas. Dirigentes da Federação das Indústrias do Estado do de São Paulo foram chamados por Lula para participar do encontro.

Nos dias que antecederam a reunião, Lula disse a auxiliares que esperava uma providência enérgica contra os militares que teriam sido coniventes com o ataque à praça dos Três Poderes, no dia 8. A sinalização incluiria uma punição aplicada a esses indivíduos pelas próprias Forças Armadas.

Um dos focos mais vivos de tensão era a chefia do Batalhão da Guarda Presidencial, responsável pela segurança do Palácio do Planalto. Lula exigiu a troca do comandante da tropa, mas o Exército defendeu afastá-lo só depois de uma investigação que pudesse comprovar que ele teria facilitado a invasão do prédio.

O governo também exige uma mudança clara de posição dos militares diante de eventuais ameaças de protestos em frente aos quartéis. Neste ponto, há sinais de convergência: a determinação dos militares é impedir novas ocupações.

Aliados de Lula que fazem uma ponte com os militares afirmam que o novo governo conseguiu melhorar as relações com a Marinha e a Aeronáutica. O Exército, por outro lado, era visto como um problema —o que ficou marcado com a demissão de Arruda.

Ibaneis Rocha: PF cumpre mandado na casa do governador, afastado, do Distrito Federal

A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira (20), operação de busca e apreensão na residência e em locais de trabalho do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O ex-secretário interino de Segurança Pública, Fernando Oliveira também é alvo de mandados.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a PGR, “o objetivo é buscar provas para instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados em 8 de janeiro em Brasília”.

A assessoria do governador disse ao Brasil 61 que ele “está sendo acompanhado apenas pelos advogados”. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhou a operação da PF, na casa do governador afastado. Eleito em primeiro turno nas eleições de 2022, Ibaneis Rocha está afastado do cargo desde o dia 9 de janeiro.

O afastamento de 90 dias foi determinado por Moraes após os atos violentos que resultaram na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Ibaneis é alvo de inquérito na Suprema Corte que investiga se houve omissão e conivência de agentes públicos na condução das operações de segurança durante os atos.

Na última semana, o governador afastado prestou depoimento à Polícia Federal. Em nota, os advogados de Ibaneis Rocha, Alberto Toron e Cleber Lopes, afirmam que “a busca determinada na sua residência e seu antigo escritório, embora inesperada, posto que o Governador sempre agiu de maneira colaborativa em relação à apuração dos fatos em referência, certamente será a prova definitiva da inocência do chefe do Executivo do Distrito Federal”.

Ministério da Saúde resgata indígenas Yanomami com desnutrição grave e malária em Roraima

Foto: Condisi-YY/Divulgação

Indígenas doentes que vivem na terra Yanomami – a maior reserva indígena do país – foram resgatados com quadros de desnutrição severa e malária, segundo informações do Ministério da Saúde. Desde segunda-feira (16), equipes da pasta fazem atendimentos na região.

Desde o início dos atendimentos, técnicos do Ministério da Saúde resgataram ao menos oito pacientes crianças, que estão em estado grave. Todas foram encaminhadas para a capital Boa Vista. Na terça-feira (17), um recém-nascido yanomami, de 18 dias de vida, com quadro de pneumonia, recebeu atendimento médico e foi levado para Boa Vista.

A mãe – que é da comunidade Loko – percorreu três horas até chegar na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), no polo base de Surucucu. O bebê chegou a ter cinco paradas cardíacas.  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira (20), ter recebido “informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami”. Lula pretende viajar ao estado para acompanhar o caso.

O Ministério da Saúde disse que está realizando uma missão com o objetivo de elaborar um diagnóstico sobre a crise sanitária no território. A ideia é oferecer serviços de saúde aos mais de 30,4 mil indígenas que vivem em comunidades da região.

“Nos últimos anos, a população Yanomami passou por desassistência e dificuldade de acesso aos atendimentos de saúde. Casos de desnutrição e insegurança alimentar, principalmente entre as mais de 5 mil crianças da região, foram registrados”, disse o Ministério da Saúde.

“Profissionais de saúde relatam falta de segurança e vulnerabilidade para continuar os atendimentos, dificultando ainda mais a assistência médica aos indígenas”, informou.  

Indígenas que vivem em comunidades isoladas geograficamente e de difícil acesso, no meio da Amazônia, sofrem com a falta de assistência regular de saúde. Enquanto isso, garimpeiros ilegais destroem a floresta em busca de ouro.