Categoria: Condeúba

Anderson Torres sabotou segurança de Brasília para atos terroristas, diz interventor

“Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil”, afirmou Ricardo Cappelli

Anderson Torres teria facilitado invasão terrorista em Brasília (Joedson Alves/Anadolu Agency via Getty Images)
Anderson Torres teria facilitado invasão terrorista em Brasília (Joedson Alves/Anadolu Agency via Getty Images)
  • Interventor acusou Anderson Torres de sabotar a segurança pública do Distrito Federal

  • Ex-secretário teria enfraquecido propositalmente a segurança pensando nos atos terroristas de domingo
  • Ricardo Cappelli assumiu a área após a exoneração do secretário

Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres sabotou a segurança da capital brasileira para que fossem possíveis os atos terroristas ocorridos no último domingo (8).

A acusação foi feita pelo interventor Ricardo Cappelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a segurança do DF, em entrevista à CNN Brasil.

“No dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa. O que mudou para o último domingo, dia 8, foi que, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança, exonerou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem eu não sei o que é”, declarou.

Anderson Torres foi ministro da Justiça na reta final do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 30 de março de 2021 a 31 de dezembro de 2022.

Com a derrota bolsonarista na eleição presidencial, ele foi nomeado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) como secretário de Segurança Pública do DF.

No domingo, enquanto vândalos invadiam e depredavam os prédios dos Três Poderes na capital federal, Torres estava na Flórida, nos Estados Unidos, assim como Bolsonaro. “O problema não estava nos oficiais da Policia Militar e na corporação”, garantiu Cappelli.

“Nas últimas 36 horas, estiveram ao meu lado dezenas de oficiais, delegados da Polícia Civil do DF, que cumpriram suas obrigações. O que faltou no domingo foi a liderança da Secretaria de Segurança”, considerou.

O interventor foi além e garantiu que “houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres”. “Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil.”

Substituição na Secretaria

Cappelli foi o escolhido de Lula para assumir a Segurança Pública do DF após a intervenção federal assinada pelo presidente, resultado justamente da inoperância de Torres diante dos atos terroristas na capital.

Além da exoneração de Torres, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis por, pelo menos, 90 dias.

Colocado no controle da Segurança Pública, Cappelli destacou a dificuldade de assumir as forças de segurança da capital e liderar a desmobilização dos acampamentos bolsonaristas e as prisões dos vândalos que protagonizaram os ataques do fim de semana.

“Há farto material para identificar não só a conduta dos manifestantes, mas também a conduta daqueles que, como agentes da lei, não cumpriram o seu papel”, comentou.

Fazendeiro decepa mão de funcionário que não recebeu salário e furtou galinha, no Paraná

A Policia Civil do Paraná investiga um fazendeiro acusado de decepar uma das mãos de um funcionário, de 60 anos. De acordo com a apuração inicial, o homem trabalhava na chácara do suspeito, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), e não recebeu seu salário. A vítima teria reclamdo e, em seguida, furtado uma galinha.

O fazendeiro e o funcionário teriam discutido. Durante o bate-boca o suspeito pegou o facão atingiu a vítima. O crime aconteceu no dia 31 de dezembro do ano passado, mas só agora veio à tona porque o homem ferido esperou uma semana para procurar por socorro médico — ele tentava tratar o ferimento em casa.

Vizinhos viram que a lesão não estava melhorando e decidiram ligar para a Defesa Civil. Equipes foram para o local onde a vítima mora, uma área rural de difícil acesso. O homem foi levado para o hospital municipal da região.

Em nota, a Polícia Civil informou que o fazendeiro já foi identificado e que a vítima prestou depoimento. A corporação afirmou que faz diligências para esclarecer o caso.

Veja como ficam aposentadorias e pensões do INSS, por faixa, com reajuste de 5,93%

 Com a divulgação pelo IBGE do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2022 acumulado em 5,93%, o Ministério da Previdência oficializou nesta quarta-feira (dia 11) que o reajuste de aposentadorias, pensões e auxílios do INSS usará o índice, sem acréscimos, como referência, ou seja, sem ganho real acima da inflação.

Leia mais:

A correção vale para os benefícios acima do salário mínimo, hoje em R$ 1.302, como foi estabelecido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no fim do ano passado. O valor do piso nacional, no entanto, deve subir para R$ 1.320. O valor é previsto na proposta orçamentaária de 2023 aprovada pelo Congresso Nacional, mas ainda precisa ser oficializado pelo governo federal.

Com a correção inflacionária, o teto pago aos beneficiários vai subir de R$ 7.087,22 para R$ 7.507,49 (aumento de R$ 420).

O reajuste anual aos benefícios deve ser aplicado de forma retroativa a 1º de janeiro de 2023, de acordo com a portaria interministerial publicada pelos ministérios da Previdência Social e da Fazenda no Diário Oficial da União desta quarta-feira (dia 11).

Saiba também:

Isso quer dizer que os salários de dezembro, pagos em janeiro, seguem os valores válidos no ano passado. Os segurados começam a receber o reajuste na folha de janeiro, que será paga de 1º a 7 de fevereiro, de acordo com o final do cartão de pagamento (antes do traço). Os que ganham o salário mínimo começarão a receber antes, ainda em 25 de janeiro.

O reajuste completo, no entanto, vale apenas para quem já estava aposentado ou recebendo pensão em 2022. Quem passou a receber o benefício no ano passado não sofreu integramente as perdas inflacionárias do ano sobre seus benefícios. Por isso, tem direito a percentuais de reajuste escalonados, que variam de acordo com o mês de concessão da aposentadoria, pensão ou auxílio.

Lista de invasores da Praça dos Três Poderes tem políticos; confira nomes

Parte dos bolsonaristas que invadiram os prédios públicos no último domingo foram identificados por imagens nas redes sociais

  • Entre os bolsonaristas presos já identificados, aparecem vereadores, suplentes e ex-candidatos a cargos políticos;

  • Golpistas foram identificados em imagens que eles mesmos publicaram nas redes sociais;
  • Sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional foram atacadas e depredadas no domingo (8), e centenas foram presos pela PF, em Brasília.

Nesta terça-feira (10), o governo do Distrito Federal (DF) divulgou uma lista de nomes de presos pela invasão à Praça dos Três Poderes. Entre os envolvidos já identificados, estão algumas pessoas que têm mandato político ou disputaram cargos nas últimas eleições.

Confira a lista:

  • José Ruy Garcia (PTC) é vereador na cidade de Inhumas (GO) e foi filmado no ato na Esplanada, no domingo. Ele é alvo de um procedimento instaurado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) por quebra de decoro parlamentar após ter sido foi filmado participando dos atos golpistas em Brasília;
  • Gilberto da Silva Ferreira é suplente de vereador em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul. Ele publicou uma série de vídeos nas redes sociais mostrando sua participação em atos bolsonaristas. O mecânico, de 48 anos, se candidatou pelo PRTB e recebeu 97 votos nas eleições de 2020. Apesar de não ter sido eleito, ele consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como suplente. Em um dos vídeos, Gilberto aparece no Salão Negro do Congresso Nacional, ao lado de outros bolsonaristas;
  • Gilson da Autoescola é vereador pelo Cidadania em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG) e participou da invasão aos prédios públicos de Brasília;
  • William Ferreira da Silva, “conhecido como Homem do Tempo”, foi candidato a deputado estadual de Rondônia e participou da invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Lucivânia Pinheiro Barbosa é de Campinas (SP) e foi candidata a deputada estadual e esteve junto ao grupo que invadiu o Palácio do Planalto;
  • Thiago Queiroz é advogado e foi candidato a deputado estadual por Patos de Minas (MG). Nas redes sociais, ele transmitiu a invasão ao Congresso Nacional;
  • Pâmela Bório (PSC) é ex-primeira-dama da Paraíba. É suplente de deputado federal e se exibiu nas redes sociais subindo o telhado do Congresso;
  • Marcos Alexandre Mataveli de Morais é ex-vice-prefeito de Pancas, no Espírito Santo. Ele se filmou no interior do Palácio do Planalto;
  • Maria Do Perpétuo Socorro Aguiar Germano foi candidata a deputada estadual no Ceará;
  • Luiz Gonzaga Militão é ex-secretário adjunto Antidrogas e Direitos Humanos de Divinópolis (MG). Ele participou da invasão ao Congresso.

Condeúba/Cachoeira: Morreu o Sr. Adenor Rodrigues Moreira aos 93 anos de idade

Sr. Adenor Rodrigues Moreira, morreu aos 93 anos de idade

Morreu na tarde desta quarta-feira dia 11 de janeiro de 2023 às 17h25min., o Sr. Adenor Rodrigues Moreira aos 93 anos de idade. Segundo informações de familiares, a causa da morte foi natural. Denor deixou viúva a Sra. Rosa Maria de Jesus e 8 filhos: José, Valdir, Antônio, Tereza, Marli, Maria, Jueliza, Hermisa e Maria Aparecida (In memorian), além de 32 netos e 36 bisnetos. O seu corpo vai ser velado a partir das 22:00 horas de hoje, na residência da sua filha Maria na Cachoeia localizada logo após a ladeira da ponte, o sepulto será amanhã dia (12) a tarde às 17:00 horas, no Cemitério Municipal da Cerquinha. A família agradece a todos que comparecer a esse ato de fé e solidariedade Cristã.

Atendimento: FUNERÁRIA SÃO MATHEUS

Nós do Jornal Folha de Condeúba, neste momento de muita dor e luto, prestamos nossos mais sinceros sentimentos de solidariedade e amor à família do Sr. Adenor, na esperança de que Deus nosso Pai, dê todo o conforto e consolo necessário aos parentes e amigos. Que permaneçam as boas lembranças, carinho e afeto para com a memória dele, descanse em paz, nas graças de Deus amigo Adenor.

Produção de alimentos complementa renda de agricultores de Candiba

Foto: Divulgação/CAR

Manga, goiaba, cebola, tomate, maxixe, abóbora, banana, melancia.

Os agricultores familiares da Associação dos Produtores Rurais de Pilões, da zona rural de Candiba, na região sudoeste da Bahia, já possuem uma variedade de alimentos em seus quintais, graças ao apoio do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

A venda desses produtos para estabelecimentos comerciais da região garante uma renda complementar para os agricultores que estão animados com a segunda colheita realizada.

A presidente da associação, Carmem Aparecida Cardoso, conta que antes havia cultivos básicos e para consumo. “Tivemos um grande avanço relacionado ao cultivo de alimentos de subsistência e despertamos o desejo de plantar mais e alimentos diferentes também”.

Foram, no total, R$ 55,8 mil investidos em insumos como sementes, sistemas de irrigação, bombas, fita gotejadora, adubação, entre outras melhorias para o desenvolvimento da produção dos agricultores de Pilões.

A iniciativa faz parte das ações Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do projeto. Os agricultores contam ainda com o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pelo Mais ATER, ação coordenada pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), unidade da SDR, em parceria com a Prefeitura Municipal e o Consórcio Alto Sertão.

MP junto ao TCU pede bloqueio de contas de Jair Bolsonaro, Ibaneis Rocha e Anderson Torres

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O subprocurador Geral do Ministério Público da União (MPU) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que seja decretada a indisponibilidade de bens do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.

O pedido de Furtado ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, ocorre em razão Tomada de Contas Especial aberta para apurar atos de vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal.

No domingo, Dantas solicitou a instauração da TCE para identificar os responsáveis pelos prejuízos e eventuais omissões no ataque a prédios públicos durante os atos na Praça dos Três Poderes.

Furtado pede ainda que sejam indisponibilizados os bens de outros “responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”, disse o subprocurador no pedido.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador pelo período de 90 dias, em decorrência dos atos terroristas ocorridos em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Quem assumiu o Governo do DF foi a vice-governadora, Celina Leão (PP). Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso, STF e Palácio do Planalto, na tarde de domingo. Os terorristas não foram contidos por policiais militares que estavam na área.

O então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, foi demitido do cargo durante a invasão. Ele está nos Estados Unidos, onde foi passar férias com a família. Antes de assumir o cargo de secretário do DF, Anderson atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro.

Ônibus investigados em ataque golpista têm forte elo com interior de SP

FLÁVIO FERREIRA, PRISCILA CAMAZANO E TAYGUARA RIBEIRO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O interior do estado de São Paulo é a região do país que concentra a maior parte das empresas donas dos ônibus que estão sob investigação no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que trata dos ataques aos edifícios dos três Poderes no Distrito Federal no último domingo (8).

Os veículos foram utilizados para transportar até Brasília os manifestantes que participaram do ato golpista na capital federal e que promoveram vandalismo nos prédios do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.

Das 86 placas indicadas na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que determinou a apreensão dos veículos, 29 delas identificam ônibus que têm como proprietárias firmas sediadas no interior paulista.

As empresas desse grupo estão distribuídas pelas cidades de Araras, Assis, Franca, Hortolândia, Indaiatuba, Itu, Jacareí, Jaú, Jundiaí, Limeira, Lins, Marília, Mirandópolis, Nhandeara, Pindamonhangaba, Piracicaba, Presidente Prudente, Rio Claro, Salesópolis, São José do Rio Preto, Sertãozinho, Várzea Paulista e Votuporanga.

No estado de São Paulo, ainda há ônibus cujas empresas estão sediadas na capital, na região metropolitana (Barueri, Embu das Artes, Osasco e Mauá) e no litoral (Cubatão).

O local da matriz das empresas pode não coincidir com os lugares de onde partiram os ônibus para Brasília, porém é mais comum que as empresas do ramo levem passageiros que estejam em cidades próximas a suas garagens.

Em geral as firmas do setor alugam os veículos para terceiros.

O segundo maior grupo de empresas está no Paraná. Das 22 companhias do estado cujos veículos estão sob investigação, apenas uma está sediada na capital, Curitiba.

Na sequência do ranking das donas dos veículos aparece o estado de Minas Gerais, com 11 firmas.

A lista é completada pelo estado de Goiás (5 empresas), pelo Distrito Federal (2), por Mato Grosso do Sul (2), pelo Rio Grande do Sul (2), por Santa Catarina (2), pelo Espírito Santo (1), por Mato Grosso (1) pela Paraíba (1).

Em sua decisão do domingo, o ministro do STF determinou a apreensão de “todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal”.

As placas apontadas por Moraes são de veículos que estavam estacionados nas imediações da Granja do Torto (uma das residências oficiais da Presidência da República).

O ministro deu prazo de 48 horas para que os proprietários dos ônibus fossem identificados, ouvidos, e apresentassem “a relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações”.

A reportagem tentou contato com algumas das empresas e aquelas que responderam negaram ter relação com os atos golpistas do último domingo.

Um dos motoristas da empresa Autoviação Triplo X, Evandro Cesar dos Santos, disse à reportagem que prestou o serviço de transporte sem saber o motivo da viagem.

“Quando a pessoa liga pedindo ônibus eu só pergunto para onde, data, horário e passo o valor. O que a pessoa vai fazer ou deixar de fazer eu não sei, eu não posso invadir a privacidade dela”, afirmou.

Santos disse que a empresa não tem culpa de nada e que estava a cerca de 30 quilômetros de distância da Praça dos Três Poderes. “De lá pra cá, eu não tive mais contato com os meus passageiros”, completou.

O advogado Rodrigo Leite, que defende duas das empresas sediadas no interior paulista, a Astra Turismo e a Ramos & Silva, afirmou que elas foram contratadas por terceiros para realizar apenas o transporte dos passageiros.

De acordo com nota enviada por Leite, “todos os veículos objetos da investigação, portanto, não foram cedidos gratuitamente pelas empresas, que partiram das cidades de Mirassol (SP), Votuporanga (SP) e Fernandópolis (SP).”

O advogado disse também que nos autos do inquérito, que tramita sob sigilo, foram cumpridas as determinações do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo Leite, os nomes dos contratantes dos ônibus não poderiam ser informados à reportagem em razão do dever do sigilo profissional da advocacia e das regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

“Informamos ainda que nosso escritório, atuante há mais de 15 anos no setor de transportes de passageiros comumente denominadas ‘empresas de ônibus’, não patrocina nenhuma defesa dos aludidos passageiros, atualmente detidos sob investigação de terrorismo e/ou vandalismo, e, igualmente repudiamos tais eventos, e quaisquer atos que ataquem a democracia e o Estado Democrático de Direito”, disse na nota.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a PF deve indiciar os golpistas presos em flagrante na noite do domingo (8) em Brasília por suspeita de crimes cometidos nos atos de vandalismo.

Até o final da tarde desta terça (10), 446 pessoas já haviam sido levadas para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Na decisão em que autorizou a retirada dos golpistas do acampamento no quartel-general do Exército, Moraes apontou para a possibilidade de prática dos crimes previstos na Lei Antiterrorismo e, também, o de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, incitação ao crime, ameaça e dano ao patrimônio público.

Nesta terça-feira (10), o ministro determinou a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres.

Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil no domingo (8), quando bolsonaristas atacaram os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

Ex-comandante da Polícia Militar do DF é preso após ordem de Moraes

Ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira foi preso nesta terça (10) após ordem de Alexandre de Moraes. (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Distrito Federal)
Ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira foi preso nesta terça (10) após ordem de Alexandre de Moraes. (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Distrito Federal)

O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Cappelli.

O ex-comandante ficou ferido durante a invasão aos palácios no domingo. O governo federal, integrantes da Polícia Federal e do Judiciário têm creditado à PM do DF a responsabilidade pela invasão da praça dos Três Poderes.

Nesta terça, Moraes determinou também a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres.

O interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça que a manifestação golpista promovida por militantes bolsonaristas foi possível por causa da “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas por Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e secretario de Segurança Pública exonerado.

A Polícia Militar tentou conter a invasão, mas, com baixo número de efetivo no local, não conseguiu evitar o avanço dos golpistas.

Integrantes do governo federal relatam à Folha de S.Paulo que, no sábado (7), foi realizada uma reunião com representantes da segurança do DF. Nesse encontro, segundo essas pessoas, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) garantiu a segurança da Esplanada dos Ministérios.

A reunião foi realizada após o aumento do deslocamento de bolsonaristas para Brasília a partir da sexta (6).

“Havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, disse o ministro da Justiça Flávio Dino nesta terça (10).

Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.