Internos do Conjunto Penal de Vitória da Conquista, que cumprem pena por crimes relacionados à violência contra a mulher, participam de um projeto de ressocialização desenvolvido pelo serviço de psicologia da unidade. Durante dois meses, eles fazem encontros de autoconhecimento e direitos da mulher.
Todos os participantes são voluntários. Ao todo,15 pessoas participaram da primeira etapa da iniciativa, que finalizou as palestras no início de setembro. Na segunda fase do projeto, eles vão apresentar o que aprendeu na ressocialização e como será a vida após o fim da pena. O projeto antecipa os trabalhos que deverão ser feitos a partir de 2022 nas unidades prisionais do país, após alteração na Lei Maria da Penha.
Com isso, o Conjunto Penal de Vitória da Conquista é o primeiro a desenvolver o projeto. “Nós estamos desenvolvendo um projeto-piloto já vislumbrando as alterações que preveem a ressocialização de internos envolvidos em violência familiar”, detalhou ao G1, o diretor da unidade, Major Edimário Araújo.
“A partir de agora, começamos a desenvolver esse programa para que esses internos, quando retornarem à sociedade após o cumprimento da pena, tenham condições consciência do delito que praticaram”, disse o diretor. Foram realizadas oito palestras com os internos para sobre o direito da mulher, masculinidade tóxica, padrão de sociedade, solução de conflitos, entre outros temas.
Outras turmas serão abertas ao longo deste ano. Quem participou do projeto considera a iniciativa positiva. “Está fazendo esse trabalho junto conosco, nos ajudando, dando confiança que quando sair daqui, [vou] fazer diferente de tudo aquilo que nos trouxe para cá”, disse um interno que não quis se identificar.
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