O presidente do PMDB na Bahia e atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, aparece em gravações feitas pelo sistema de segurança instalado por Lúcio Funaro no escritório de sua corretora, no Itaim Bibi, em São Paulo.
Funaro é apontado nas investigações da operação Lava Jato como o operador de propinas para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Segundo o site O Antagonista, Funaro contratou um especialista em segurança eletrônica para montar todo o aparato na sede da empresa, onde gravou todos, não apenas Geddel.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (17), as informações sobre os frequentadores do escritório de Funaro serão reveladas pelo sócio dele, o empresário Alexandre Margotto, que negocia um acordo de delação premiada com os procuradores da força-tarefa.
Ele garante que possui detalhes sobre tratativas de políticos e autoridades que frequentavam o escritório que mantinha com o corretor Lúcio Funaro, entre eles o atual ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Procurado pelo jornal paulista, o peemedebista baiano teria confirmado as visitas, mas não deu detalhes dos assuntos que tratou com o corretor, a quem chama de “um conhecido”.
O empresário Margotto é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber parte das propinas supostamente pagas por empresas a Cunha e Funaro, em troca da liberação, pela Caixa, onde trabalhava, de investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Alvo de mandado de busca e apreensão na Sépsis, ele era sócio do ex-vicepresidente de Fundos e Loterias do banco Fábio Cleto, cujo acordo de colaboração baseou a denúncia oferecida pela PGR ao Supremo Tribunal Federal.
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