Categoria: Saúde Pública

Covid-19: Oxford vê vacina com ‘forte resposta imune’ em voluntários idosos

Foto: John Cairns/University of Oxford

A Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca anunciaram, nesta segunda-feira (26), que a vacina que estão desenvolvendo contra a Covid-19 induziu “uma forte resposta imune” em idosos durante testes de fase 2 feitos no Reino Unido. Os resultados preliminares dos testes serão publicados “nas próximas semanas” em revista científica, segundo a Oxford.

De acordo com o G1, a vacina de Oxford é uma das quatro que passam por testes de fase 3 no Brasil – a última etapa antes que possa ser liberada para uso geral. No Reino Unido, ela foi testada em pessoas com idades de 56 a 69 anos e em um segundo grupo, com idosos com 70 anos ou mais.

Os resultados preliminares dos testes foram discutidos pelo pesquisador Andrew Pollard, um dos coordenadores do estudo na universidade, em uma conferência.

Cientistas da Fiocruz caçam morcegos para barrar nova pandemia

Foto: Editoria de Arte

Sem alarde, sob a Lua minguante do início de setembro, começou no Rio de Janeiro uma nova frente de combate à Covid-19. Cobertos da cabeça aos pés por EPIs, cientistas da Fiocruz entraram numa floresta do Maciço da Pedra Branca, em Jacarepaguá, com um objetivo: capturar morcegos. De acordo com o jornal o Globo, o interesse se explica: acredita-se que um vírus de morcego deu origem ao Sars-CoV-2.

Ainda se sabe pouco sobre isso, e uma maneira de aprender é descobrir se os morcegos da Mata Atlântica foram infectados. Além disso, o grupo da Fiocruz também tenta identificar e, claro, prevenir o alastramento de outros vírus com potencial de causar pandemias.

Alinhado com estudos mundiais em curso da África à Ásia, o projeto é liderado pela Fiocruz Mata Atlântica em colaboração com os laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz e tem o apoio da fundação de fomento à pesquisa do estado, a Faperj. O estudo, que inclui outros animais, combina investigação em laboratório com trabalho de campo.

Este impõe a necessidade de se locomover pela mata de avental, máscara, face shield e lanterna de cabeça. No Rio, se acrescenta a dificuldade do calor, intenso mesmo numa noite de fim de inverno. Mais de 200 tipos de coronavírus já foram descobertos em morcegos no mundo todo.

Segundo o relatório “Prevenindo a próxima pandemia”, do Programa de Meio Ambiente da ONU, eles são a provável origem de todas as linhagens conhecidas, inclusive as que geraram a Sars (síndrome respiratória aguda grave) e a Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio). Os mamíferos voadores também estão associados a outros vírus, como o ebola.

Contra 2ª onda, toque de recolher é cogitado pela Espanha e ampliado na França

Países da Europa seguem adotando medidas para tentar frear a segunda onda de infecção da Covid-19. A França implementou um toque de recolher noturno nas principais cidades do país e a medida será ampliada no sábado (26). De acordo com o G1, 46 milhões de pessoas serão afetadas. O número representa dois terços da população francesa. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Jean Castex, nesta quinta-feira (22).

O toque de recolher obriga os franceses a ficarem em casa entre 21h às 6h. O anúncio da ampliação aconteceu depois que o país se tornou o sétimo a ultrapassar um milhão de casos da Covid.

Durante o discurso do primeiro-ministro, ele reconheceu que “as semanas que virão serão duras”.

O continente enfrenta o medo pelo crescimento de casos da doença. Alemanha e Itália bateram recordes diários de novos casos da Covid-19, e a Espanha também superou a marca de um milhão de casos.

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, também fez uma declaração nesta quinta. Ele reconheceu que o país precisa de medidas drásticas para combater a pandemia e cogita novas restrições, inclusive toques de recolher.

Fonte: Bahia Notícias

Hospital do Câncer em Caetité será entregue em novembro

 

Foto: Divulgação/Sesab

O governador Rui Costa anunciou que o Hospital do Câncer em Caetité, será entregue no mês de novembro deste ano. A unidade, que está com mais 90% das obras concluídas, irá beneficiar moradores de 48 municípios do sudoeste baiano.

Com 80 leitos, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o hospital está sendo erguido graças a um convênio assinado entre o Governo do Estado e a Prefeitura, com aporte estadual superior a R$ 2,8 milhões nas obras e R$ 10 milhões em equipamentos. A unidade será estruturada para ofertar consultas e exames para acompanhamento, diagnóstico e tratamento.

Além do tratamento cirúrgico, o hospital terá à disposição dos pacientes o serviço de quimioterapia. Também está assegurado o atendimento de urgência e emergência oncológica dos pacientes cadastrados, bem como a oferta de hemoterapia (unidade transfusional). O hospital disponibilizará ainda exames de imagem, mamografia, tomografia computadorizada, além de exames de ultrassom, laboratoriais e de anatomia patológica.

Voluntário que participava de testes da vacina de Oxford no Brasil morre por Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (21), que recebeu no início da semana a notícia da morte do médico João Pedro R. Feitosa, de 28 anos, que participava como voluntário dos testes da vacina de Oxford no Brasil.

O óbito decorreu de complicações da Covid-19. Ainda não foi esclarecido se o paciente tomou a vacina ou o placebo. A Anvisa afirmou ter recebido a notícia na segunda-feira (19). Segundo a agência regulatória, o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo. O processo, no entanto, permanece em avaliação.

Ao G1, a farmacêutica AstraZeneca informou que ainda não tinha um posicionamento sobre o caso. A vacina desenvolvida em parceria entre o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford é a principal aposta do governo federal para uma futura campanha de vacinação contra o novo coronavírus. O estudo está na fase 3 dos testes, que começaram no Brasil em junho.

Fonte: 97news

População obesa mais do que dobra no Brasil em 16 anos, aponta IBGE

Foto: Reprodução/RPC

O percentual da população brasileira com mais de 20 anos considerada obesa mais que dobrou entre 2003 e 2019, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o G1, o dado mais recente, divulgado nesta quarta-feira (21), aponta que, no ano passado, 26,8% dos brasileiros nesta faixa etária eram considerados obesos, enquanto o percentual era de 12,2% há 16 anos.

No período, a prevalência da obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2%, enquanto a masculina subiu de 9,6% para 22,8%. Os dados são parte da segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que investigou dois pontos: a prevalência da obesidade entre a população e o perfil dos que recorreram aos serviços de atenção primária em 2019 no Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa foi conduzida por cerca de 1,2 mil entrevistadores do IBGE que tinham a previsão de visitar mais de 108 mil domicílios distribuídos em 2.167 municípios. Ela foi realizada em convênio com o Ministério da Saúde e em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No caso do comparativo sobre a obesidade entre 2003 e 2019, o IBGE considerou edições anteriores de outro levantamento, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que cobre o período citado.

Sem água e energia elétrica, trabalhadores são achados em condições de escravidão no norte da Bahia

Foto: Divulgação

Trinta e sete trabalhadores, entre eles um idoso de 67 anos, foram resgatados de condições análogas à escravidão em áreas de produção de sisal na região Centro-Norte da Bahia, durante uma fiscalização da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Do total, 22 estavam em Várzea Nova, 14 em Jacobina e uma em Mulungu do Morro.

Eles foram encontrados por fiscais do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) entre os dias 13 e 20 de outubro. Segundo a SIT, as casas e barracos onde essas pessoas viviam não tinham cozinha, instalações sanitárias, camas apropriadas, água potável nem energia elétrica. Além disso, a água usada para beber e para cozinhar tinha coloração amarelada, não passava por qualquer tratamento e era armazenada em galões de combustível reutilizados.

Senão bastasse, a alimentação era feita em fogareiros construídos no chão da roça ou do próprio barraco. Os locais onde eles moravam também não tinham paredes e portas completas e coberturas adequadas.

O idoso de 67 anos que estava entre os trabalhadores em condições análogas à escravidão, morava em uma fazenda em Mulungu do Morro e estava alojado em uma pequena casa, sem banheiro, cozinha, água potável e energia elétrica, com buracos pelas paredes, muito suja e com telhado com risco de queda.

Como não tinha fogão, ele preparava a comida em um fogareiro rústico, no chão no interior de um dos cômodos da casa. A água consumida tinha coloração amarelada e gosto salobro.