Categoria: Cultura

Núcleo NEOJIBA de Vitória da Conquista promove recital em homenagem a Luiz Gonzaga

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga, será homenageado pelo Núcleo Territorial NEOJIBA (NTN) de Vitória da Conquista em recital que acontece nesta sexta-feira, 18, às 19 horas. O evento será transmitido ao vivo pelo Facebook do NEOJIBA e contará com apresentações de integrantes da turma de Canto Coral do NTN.

Esse será o primeiro recital realizado pelo Núcleo no ano de 2021, marcando, em clima de São João, o encerramento do primeiro semestre letivo de atividades. Na ocasião, grandes canções do repertório de Luiz Gonzaga, como “Asa Branca”, “Baião” e “Xote das Meninas”, serão apresentadas, individualmente e na formação de coro, por crianças e adolescentes atendidos pelo NEOJIBA.

“Luiz Gonzaga celebra a cultura do sertão com sua música, que é festiva, espirituosa e nos traz motivação, algo que estamos precisando nesse período de pandemia”, diz o coordenador do NTN de Vitória da Conquista, João Omar de Carvalho Mello.

Segundo ele, é preciso celebrar grandes nomes da nossa cultura como o de Gonzaga, pois eles expressam valores que tratam da nossa região e nos referenciam no mundo. “Faz com que a gente conserve essa tradição cultural das festas juninas não somente como uma prática social, mas também como algo que fortalece a nossa identidade”.

O “Recital Luiz Gonzaga” é uma realização do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) e da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). No mês de julho, irão ocorrer outras duas apresentações públicas promovidas pelo NTN de Vitória da Conquista, que serão divulgadas nas redes sociais do NEOJIBA.

Sobre o NEOJIBA

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos.

O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música (IDSM). Em 13 anos de atuação, o NEOJIBA beneficiou, direta e indiretamente, mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos.

A História e o autoritarismo brasileiro

Na condição de professor de História, sempre me preocuparam a disseminação de ideologias de extrema-direita no Brasil e o pendor autoritário de nossas instituições de Estado.

Nossa história tem sido um roteiro ininterrupto de golpes da elite racista e oligárquica, desde os tempos coloniais.

Os indígenas, negros, mestiços, pobres, trabalhadores e mulheres, sempre propositalmente esquecidos e deixados ao último plano, escravizados, oprimidos e torturados.

O nazismo já esteve entre nós. Atualmente, somos governados por um bando fascista de extrema-direita, boçais desorientados por teorias conspiratórias, racistas, supremacistas e por seitas religiosas que fogem ao senso do cristianismo autêntico.

Os constantes ataques do presidente da República à ciência e à democracia reacendem o temor de uma nova ditadura.

Ir às ruas em 19 de junho, com os devidos cuidados sanitários, é um dever de todos os que lutam contra o totalitarismo e as ditaduras. É civilizatório!

Prefeitura abre inscrições para cursos de Espanhol e Violão

Secom/PMVC

Começa, nesta terça-feira (15), o prazo de inscrições para os cursos de Espanhol e Violão básicos promovidos pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Coordenação Municipal da Juventude. Podem participar das aulas adolescentes e jovens com idade entre 15 e 29 anos.

As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas até sexta-feira (18), com o preenchimento dos formulários abaixo:

Link para inscrições no curso de Espanhol Básico, (veja aqui)
Link para inscrições no curso de Violão Básico. (veja aqui)

Os cursos acontecerão na modalidade online, por meio da plataforma Google Meet. Para as aulas de violão, que serão ministradas todas as quintas-feiras, às 19h, além de acesso à internet, é necessário que os alunos possuam instrumento. Já a oficina de espanhol será realizada todas as terças e quintas-feiras, das 19h às 21h30.

Diocese de Caetité, Paróquia de Santo Antônio/Condeúba: Realizada a festa de Santo Antônio de forma virtual

POR Paulo Henrique

A Paróquia de Condeúba, Diocese de Caetité, celebrou com júbilo, fervor e devoção, a festa de seu glorioso padroeiro Santo Antônio de Pádua.

A festa foi realizada em formato virtual, com a celebração de um tríduo solene de três dias, sendo transmitido pelo Facebook da Paróquia onde os devotos estiveram unidos na fé e na esperança celebrando as virtudes de Santo Antônio.

A missa solene foi presidida pelo Pe. José Silva na histórica Matriz da cidade que já foi lugar de inúmeras festas dedicadas ao santo padroeiro.

Mesmo em um tempo difícil de pandemia, a Paróquia de Condeúba não deixou de viver a espiritualidade da festa do nosso padroeiro, o glorioso Santo Antônio e com esperança de que tudo vai passar, a festa 2021 foi realizada.

Esculturas serão retiradas da Avenida Olívia Flores ainda este mês

O artista plástico Allan Kardec Cardoso Lessa, que assina como Allan de Kard, vai retirar todas as esculturas de sua autoria que estão ocupando espaço público, no trecho final da Avenida Olívia, imediações do Cemae. Ele se comprometeu a fazer a retirada até o fim deste mês.

A retirada das esculturas é resultado de uma articulação da Sectel, atendendo ao Conselho Municipal de Cultura, e o artista, que aceitou ele mesmo retirar as obras e levar para o museu que mantém na BA 262 (estrada para Anagé) onde estarão disponível à visitação pública.


Instaladas em 8 de julho de 2015, autorização do ex-prefeito, Guilherme Menezes (PT), para uma exposição provisória de um ano, as obras foram sendo deixadas e no ano passado ganharam a companhia de um monumento em referência ao combate ao novo coronavírus, que não caiu no gosto da população e reacendeu protestos contra a presença das obras na via.

A Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer (Sectel) ouviu o Conselho Municipal de Cultura sobre o assunto e o entendimento, tanto da Sectel como do conselho, foi de que as esculturas da exposição Pax Per Vita (Caminhos da Paz) devem sair da avenida e as entidades vão definir critérios para a instalação de obras de arte nos espaços públicos, considerando o direito de todos os artistas.

No dia 20 de maio, Alan De Kard enviou uma carta à Sectel informando o interesse em retirar as esculturas da Avenida Olívia Flores.

Na carta, o artista agradece pelo espaço cedido pela Prefeitura e diz que deseja reunir as peças a serem retiradas da avenida a outras que já estão no Museu De Kard, que, de acordo com ele, recebe um número de visitantes cada vez maior a cada dia.

“Agradeço à Prefeitura ter cedido o espaço para a exposição das obras, bem como a divulgação de que serão expostas no Museu de Kard. Reafirmo o meu compromisso com o fomento à cultura em nosso Município”, declara Alan de Kard.

Bardos Baianos coletânea de poesias, terá três Poetas de Condeúba

A coleção Bardos Baianos conta com mais de mil poetas de todo o território baiano. O “Sudoeste Baiano” tem o privilégio de ser a primeira coletânea a ser lançada, reúne 50 poetas Sudoeste Baiano e terá seu lançamento dia 10 de julho pelo Youtube. Condeúba tem a representatividade de três poetas: Antônio Santana, Edson Silveira e Paulo Henrique.

No próximo dia 10 de julho, às 19h, a Cogito Editora lança, em seu Canal do YouTube, a Antologia Poética Sudoeste Baiano, primeiro volume da Coleção Bardos Baianos.

Organizada por Ivan de Almeida, com a coordenação territorial de Ualy Castro e articulação de Ana Priscila, Janaice Santos Ribeiro e Simone Soares, a obra relativa ao Território de Identidade Sudoeste Baiano traz 50 poetas nascidos e/ou residentes nos municípios de Anagé, Aracatu, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Encruzilhada, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal e Vitória da Conquista.

O livro conta com design da capa de Paulo Brito, fotografia de Taysa Matos, prefácio de Fernando Coelho, apresentação de Ana Tereza Sousa Matos e texto de Ruy Medeiros sobre o poeta conquistense Maneca Grosso, homenageado da edição.

Participam do livro Alex Kekambas, Alexandre Abreu, Ana Priscila Correia Luz, Antônio Santana, Antônio Gonçalves Dias, Arley C. Rocha, Aurelício Amorim, Cássio Montalvão, Cau Pinheiro, Cleidimar Silva Cunha, Cleiner Assis, Daniel Viana, Dilma de Andrade, Dira Barbosa, Ediane Araújo, Edson Silveira, Emmanoel Almeida, Fernando de Cássia, Gildásio Pereira Meira, Gilson Rodrigues, Graziella Nolasco, Heitor Blesa, Humberto Carneiro, Isabela Costa Cotrim Andrade, João Araújo, José Mozart Tanajura Júnior, Juliano Matos, Karla Lima, Laura Assis, Lúcia Varges, Lucivaldo Rocha Dias, Marta Luciana Reis Rocha, Noi Soul, Norbélia Neris, Oronio N. Oliveira, Paulo Henrique, Paulo Vinício, Poliana Policarpo, Queith Rebouças, Raigil Correia Rosas, Regina Chaves dos Santos, Renata Bonfim Soares, Shaw Costa, Simone Soares, Ualy Castro Matos, Ubirajara de Carvalho Gil da Silva, Valderson Rocha Barbosa dos Santos, Vitória Helena, Wantie Barbosa e Ybeane Campos
Moreira.

O projeto editorial dedicado ao fundador do Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA), professor Germano Machado, traz o poeta Castro Alves como patrono. Além de oferecer importante contribuição para a poesia baiana, ao promover o mapeamento dos poetas contemporâneos nos mais distantes rincões do Estado, também faz “homenagem póstuma” a um poeta de valor reconhecido pela comunidade literária regional, possibilitando que as novas gerações de autores conheçam as grandes individualidades da nossa literatura.

Por Release Bardos Baianos / Editora Cogito

O artista condeubense Eduardo Viana musicou um poema em estilo vaquejada

Autor: Eduardo Lima de Sousa Viana
Título: Galope e Vaquejadas

De tudo que mais gosto dessa vida
É meu cavalo minha viola
Meu berrante e meu gibão
Hoje o boi anda ligeiro
É trem cargueiro carreteiro
É navio anda até de avião
Mas minha sina de vaqueiro
Disso eu não abro mão

Já rodei muito tempo
Pelas bandas do sertão
Tocando gado na estrada
Levando minha boiada
Com meu berrante na mão
Era eu era meu Mano
E meu cavalo furacão
O corisco das vaquejadas
E em todas as festas de peão
Hoje desmontei da sela
Mas do sonho não abro mão
Pois a beleza dessa erra
Dilacera o coração

Hoje é o trem cargueiro
Que leva o gado no vagão
E eu sou um vaqueiro
E levo a sina de peão
Hoje é o trem cargueiro
Que leva o gado no vagão
E eu sou um violeiro
Mensageiro do sertão
Guardei minha indumentária
De boiadeiro laçador
Na velha ferroviária
E a boiada o trem levou

O grande artista condeubense radicado em São Paulo, ele é cantor, compositor e escritor Eduardo Lima de Sousa Viana, está concluindo mais um livro, de onde extraiu esse lindo poema, que ele mesmo musicou em ritmo sertanejo e estilo de vaquejada. Nós do Jornal Folha de Condeúba parabenizamos Eduardo por todo esse seu trabalho maravilhoso retratando o mundo no seu contexto riquíssimo direcionado à Cultura popular e principalmente pela sua fidelidade ao seu torrão natal.

As lágrimas já não escorrem

POR Editattoo

Sem compreender escrevo, sem pressa tento interpretar o que sou,
sinto me preso as tentativas expostas por medo ou dor,
Sei que sou parte de tudo que busco como verdade,
a rima de ontem me trouxe medo que até mesmo a fúria perdeu sua força.
Embalado por tentativas de transição sobre o passado que me cobre, sou arte em construir aquilo que meu canto pede.
Em silêncio faço, confundo a estrada que me levará ao sorriso que por hora disfarço sem culpa.
Os sinais servem de acalento para cobrir minha face.
As lágrimas já não escorrem,
Aprendi sorri sobre o choro que cobre o soluço.
Verdades tornam se feridas que no campo vasto vejo nascer a esperança presa em flechas,
no sussurro do meu canto interpreto meu verso, e sobre minhas vestes admiro minha fé.
O brilho reluz na escuridão onde ainda existe luz.

Historiador baiano fala da origem das festas juninas, importância na cultura popular e devoção a santos

Foto: Divulgação

Mesa farta com comidas típicas do Nordeste, licor, fogueira e forró são alguns dos elementos do São João. Embora haja, no formato em que a festa é conhecida, fortes características brasileiras, os festejos juninos são de origem portuguesa, como explica o historiador baiano Manoel Passos. “O São João é uma festa de origem portuguesa, quem nos colonizou.

Ela veio da Península Ibérica, quer dizer, tem a origem bíblica. O grosso da comemoração vem de Portugal”, conta. Apesar da origem portuguesa e católica, os festejos também trazem características francesas, com as quadrilhas, além das adaptações do Brasil. “As quadrilhas, apesar de serem de origem francesa, passaram por uma adaptação, uma estilização ao Nordeste, ao Brasil. Anarriê, por exemplo, é uma palavra francesa. Mas a gente introduziu [na quadrilha] o ‘olha a chuva’, ‘olha a cobra’ e as coreografias da quadrilha. Então, todos esses elementos compõem essa celebração desses festejos”, conta.

O historiador também explica sobre o surgimento da fogueira e a relação com o catolicismo. Segundo ele, a fogueira é um símbolo de São João porque Isabel, irmã de Maria, precisou de madeira e fogo para fazer um anúncio. “Maria, mãe de Jesus Cristo, com a prima dela, Isabel, combinaram que quando João Batista nascesse, Isabel acenderia uma fogueira para avisar a Maria sobre o nascimento. Essa é a origem da fogueira”, detalha.

Foto: Arquivo Pessoal

O historiador detalha que a devoção a Santo Antônio, São João e São Pedro, presentes no catolicismo por causa do colonialismo português, até hoje são destaques na cultura popular do Brasil, principalmente no Nordeste. “[São João] é uma comemoração eminentemente católica, que faz referência aos santos nas festas juninas: Santo Antônio, São João e São Pedro. Mas quando [a festa] chega aqui no Brasil há um processo de estilização, é um comemorar praticamente da colheita”, explica.

“É uma festa caipira e algumas coisas foram acrescidas. A quadrilha é de origem francesa, a música é o forró, que tem origem do Nordeste. Aí você já vai pegando essas questões culturais. E como é que se comemora? Os licores são específicos, típicos da comemoração dessas festas juninas especialmente os mais famosos, como licor de jenipapo”, conta.

Ainda sobre os elementos da culinária junina, o historiador destaca outras iguarias. “O amendoim cozido é bem específico daqui. A gente conhece amendoim seco em toda parte do mundo, mas cozinhar é daqui. O milho, a gente [do Nordeste] come de todas as formas, milho assado, milho cozido, canjica, cuscuz, pamonha. Tudo isso, todos esses elementos, fazem parte desse cardápio junino. Por isso que eu digo que é uma festa da colheita”, diz.