Categoria: Brasil

Carta a Jair Bolsonaro

Por Eduardo Affonso

Caro Jair

Independentemente de ter votado ou não em você, torço — e muito! — pelo seu sucesso.

Torço porque, apesar de suas frases infelizes e do preconceito que nunca procurou esconder, você é depositário das esperanças de milhões e milhões de brasileiros. São pessoas que o admiram ou apostam em você para nos livrar de um mal maior. Tomara que não estejam cometendo um equívoco.

É que não temos tido muita sorte com presidentes. A maioria errou feio. Collor, Lula e Dilma, por exemplo, chegaram como a salvação da lavoura, mas traziam consigo uma praga de gafanhotos.

Talvez por isso muita gente tenha embarcado nas narrativas distópicas e delirantes que a esquerda andou espalhando por aí (que você vá dizimar as mulheres, chacinar os negros, massacrar os LGBTs, trucidar os de humanas; impor a censura, acabar com a cultura, devastar a Amazônia, implantar uma ditadura nazifascista, institucionalizar a tortura, voltar com as aulas de OSPB…). Esse Brasil desertificado, bestificado e retrógrado, dominado por machos brancos heterossexuais de exatas realmente não parece uma boa ideia.

Sem qualquer pretensão a côutchim e sem me meter no seu programa de governo, queria que você pensasse nisto com carinho:

— Já passou da hora de enquadrar os meninos. Ensine-os a soletrar “poço”, a não quebrar placa, a respeitar as instituições. Não precisa bater: o exemplo costuma dar ótimos resultados. Faça valer a hierarquia — ou você corre o risco de criar corvos que lhe comerão os olhos.

— Arrume uma função relevante para o seu vice. Vice ocioso é a oficina do diabo (pergunte ao Figueiredo e à Dilma). Mantenha-o a prudente distância dos civis que fazem perguntas.

— Não entre no toma lá dá cá. Não faça conchavo. Não receba empresário de madrugada para conversas pouco republicanas. Não venda medidas provisórias. Não se encontre às escondidas com ministros do STF. Não use o Ministério para livrar ninguém da cadeia. Não passe pano para malfeito. Aliás, não use eufemismos: chame as coisas pelo nome.

— Não bata boca. Não faça comentários racistas ou sexistas. Conservadorismo não significa atraso, intolerância. Não, não precisa ser politicamente correto: polidez e bom senso resolvem.

— Não plante canteiro com formato de revólver nos jardins do Alvorada. Não se abolete no sítio de amigos. Não dê dinheiro para ditadores amigos. Não fique amigo de ditadores. Não aceite agrados de empreiteiras. Se alugar um imóvel, pague em dia — de preferência em dia que exista no calendário.

— Seja fiel à Constituição. Resista à tentação de trocá-la por uma mais nova.

— Não traia quem lhe deu voto de confiança, e respeite quem o negou. Seja inflexível no fundamental (a ética, a moral, o bem comum) e conciliador no acessório. Ajude a Lava-Jato a terminar a limpeza que ela começou. Não faça, nem permita que se faça, mais sujeira para a Lava-Jato limpar.

— Descupinize o Estado. Deixe-o mais leve, mais ágil, mais saudável. Dê um basta nos privilégios; acabe com os feudos, as tetas, as tretas. Desestatize, desburocratize, reforme. Melhore a vida do cidadão. Devolva com saúde, educação, saneamento, infraestrutura e segurança o imposto que ele paga. Entre escola e presídio, invista nos dois, para que, sem partido e sem facção, ambos efetivamente eduquem. Corte gastos e gaste melhor.

— Assim que puder, condene claramente a tortura. Demonstre apreço pela democracia, pelos direitos humanos, pelos direitos civis, pelo desenvolvimento sustentável. Resgate estas pautas, que foram sequestradas pela esquerda e estão, coitadas, em cativeiro há tantos anos. Mostre que as minorias não precisam passar o resto de suas vidas reféns dos progressistas, servindo de escudo humano para quadrilhas que as manipulam com a desculpa de protegê-las.

Você terá uma grande bancada e imenso apoio popular. Desarme o espírito, aposente os gestos bélicos, e contará também com os que não votam em você, mas cultivam essa estranha mania de ter fé no Brasil.

Eleições 2018: “Temos que nos acostumar a viver com a verdade”, diz presidente Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez um duro discurso após ser proclamado vencedor da corrida eleitoral de 2018. O novo morador do Palácio da Alvorada afirmou nas redes sociais que o povo precisa se acostumar a “viver com a verdade”.

“Nós temos que nos acostumar a viver com a verdade. Não existe outro caminho se não a paz e a prosperidade. O povo tem o direito de saber o que acontece no seu país”, discursou, em uma live nas redes sociais.

Ele atacou os opositores. “Graças a Deus o povo entendeu perfeitamente. Alguém, sem um grande partido e sem fundo partidário, com grande parte da grande mídia criticando e me colocando muitas vezes em uma situação vexatória”, continuou.

“Não poderiamos continuar flertando com o socialismo, comunismo e o extremismo da esquerda. […] O que eu mais quero é, seguindo ensinamentos de Deus, ao lado da Constituição Brasileira, inspirado em grandes líderes mundiais e com uma grande assessoria técnicas, começar a fazer um governo no ano que vem que possa realmente colocar o Brasil em um lugar de destaque”, completou.

E bradou: “Temos tudo para ser uma grande nação”.

Eleições 2018: confira o que pode e o que não pode no momento da votação

Nos próximos domingos (28), os brasileirão votarão às urnas para o segundo turno das eleições 2018. Na oportunidade, será eleito o novo presidente do Brasil, além de governadores de alguns estados. Na Bahia, mais de 10,3 milhões de eleitores estão aptos para retornar às urnas e votar no segundo turno.

Para votar, eleitor precisa comparecer ao local da votação com com um documento oficial com foto ou ter o aplicativo e-título da Justiça Eleitoral no celular. Eleitores com biometria podem apenas apresentar o e-Título. Caso contrário, será obrigatório a apresentação do documento oficial com foto. Certidões de nascimento e casamento não são aceitas. O voto é obrigatório para brasileiros entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e jovens entre 16 e 18 anos.

Além disso, no momento da votação, algumas coisas são permitidas e outras não, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Confira:

O QUE PODE
Permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato
Permitida a divulgação, a partir das 17 horas do horário local, das pesquisas realizadas no dia da eleição referentes aos cargos de Governador, Senador, Deputado Federal, Estadual e Distrital.
Os comércio poderão funcionar, desde que os estabelecimentos que funcionarem neste dia proporcionem efetivas condições para que seus funcionários possam exercer o direito e o dever do voto
Permitido levar uma “cola” com os números dos candidatos para a urna de votação
Permitida a fiscalização do partido ou coligação durante a votação na seção eleitoral.

PROIBIDO
Proibido ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto
Proibida, até o término da votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, bem como bandeiras, broches, dísticos e adesivos que caracterizem manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos
Proibido o uso, por mesários, fiscais partidários e servidores da Justiça Eleitoral, o uso de roupas ou objetos que contenham propaganda por partido, coligação ou candidato.
Proibida a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos de propaganda política na internet.
Proibido o uso de alto-falantes e amplificadores de som
Proibido a promoção de comício ou carreata
Proibida a boca de urna
Proibido impedir que um eleitor vote
Proibido distribuir qualquer tipo de propaganda eleitoral, como santinhos ou panfletos.
Proibido oferecer alimentos ou transporte de eleitores
Proibida a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos e a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações de internet

Brasil fecha 40 mil leitos em dez anos, aponta pesquisa CNM

Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que em dez anos o Brasil perdeu 40 mil leitos. Sendo que 23.091 leitos hospitalares são da rede pública, o que representa seis vagas fechadas por dia. A redução de leitos atingiu principalmente a pediatria e a obstetrícia de hospitais públicos.

De acordo com dados do estudo, é importante destacar os diferentes comportamentos na comparação quantitativa separadas em dois grupos: leitos SUS e não SUS. Enquanto o primeiro teve mais fechamentos que habilitações, o segundo grupo mostrou um aumento de aproximadamente 18.300 unidades. Isso significa que os leitos públicos diminuíram mais drasticamente, o que leva ao resultado global de perda de unidades.

A taxa ideal de leitos é entre 2,5 e 3 leitos para cada mil habitantes, segundo Ministério da Saúde. A média nacional é de 2,1 leitos por mil habitantes. No entanto, enquanto os leitos da rede pública têm apresentado redução, os da rede privada aumentaram em 18,3 mil unidades.

Correios vão fechar 4.000 agências e abrir novos formatos de atendimento

Os Correios têm hoje 12.000 agências em todo o país. A meta da estatal é contar com 15.000 pontos de atendimento até 2021. Para chegar lá com as contas equilibradas, o plano da empresa prevê o fechamento de 4.000 agências convencionais e a abertura de 7.000 novos formatos de atendimento.

O presidente dos Correios, Carlos Fortner, diz que o plano de remodelagem está em linha com a mudança no tipo de serviços prestado à população. “Hoje, 55% da receita dos Correios vem das encomendas e 45% do envio de cartas. O serviço de cartas vem caindo 10% ao ano, tornando algumas agências obsoletas e ineficientes”.

Para que uma agência seja considerada eficiente, ela precisa realizar cerca de 270 atendimentos por dia. Fortner diz que algumas não realizam nem dez operações diárias e por isso precisam ser fechadas.

Pela lei, que garante aos Correios o monopólio do serviço postal, é preciso ter ao menos uma agência em cada um dos 5.570 municípios do país. Nas maiores cidades, precisará haver mais de uma para dar conta do serviço. “Mas nos pequenos municípios, em que há uma agência na cidade e outra no distrito, a do distrito acabará sendo fechada”, conta Fortner.

Segundo ele, a população não ficará desassistida, pois os serviços passarão a ser prestados por novos canais de atendimento, como agências modulares, localizadas dentro de pequenos comércios, agências móveis, além da instalação de lockers (armários) para envio e recebimento de encomendas.

Após 5 meses, taxa extra na conta de luz será menor em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que, após cinco meses seguidos, a bandeira tarifária deixará de ser vermelha e passará a ser amarela em novembro. Com a decisão da Aneel, a taxa extra na conta de luz cairá de R$ 5,00 para R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos.

De acordo com a Aneel, apesar de os reservatórios das usinas hidrelétricas ainda apresentarem níveis reduzidos, houve queda no preço da energia no mercado a vista com o início da estação chuvosa.

ELEIÇÕES 2018: Perdeu o título de eleitor? Veja que documento levar para votar

Apesar de ser importante, o título não é obrigatório no dia da votação. Conheça outras alternativas
Por Gabriel Vital

Não é obrigatório levar o título de eleitor no dia da eleição

Vai se aproximando a data da eleição e as pessoas começam a procurar o título de eleitor. Muitos não se lembram onde guardaram o documento e, então, se desesperam por achar que não poderão votar. Mas não é bem assim. Apesar de ser importante, o título não é obrigatório no dia da votação.

Eleitores que não o encontrarem podem votar normalmente, levando apenas um documento de identificação oficial com foto. O titulo de eleitor serve mais para saber qual a sua sessão eleitoral, mas essa informação pode ser consultada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Basta acessar www.tse.jus.br. Na seção “Serviços ao eleitor”, clique em “Local de votação”. Depois, é só inserir o nome completo, a data de nascimento e o nome da mãe. Ao clicar em “Consultar”, aparecerão suas informações, como o número do seu título de eleitor, o local de votação, a zona e a sessão eleitoral. Anote esses dados em um papel e leve-os no dia de votar. Dessa forma, fica mais fácil de encontrar sua sessão.

Outra opção é baixar o aplicativo e-Título (Android|iOS) para acessar a versão digital do seu título de eleitor. Nesse caso, você terá, na tela de seu celular, todas as informações necessárias para votar. Continue lendo

Advogados podem ser contratados por Prefeituras sem licitação

 

A Prefeitura de Vitória da Conquista vai ao MP – Ministério Público – mostrar a necessidade da manutenção dos contratos advocatícios firmados com escritórios da capital baiana.

Em recente decisão registrada no mês de setembro do ano em curso, uma decisão favorável para os advogados atesta a legalidade dos contratos firmados com prefeituras. O STF – Superior Tribunal de Justiça manteve decisão da Primeira Seção Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) que afirmou ser legal a contratação de advogados pelo Poder Municipal sem licitação.

TCM

Uma outra denúncia, anterior a atual, feita ao MP – Ministério Público, que apontava suposta irregularidade no contrato firmado com o escritório Ismerim Advogados Associados, não prosperou e foi indeferido pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

Na recente decisão, o TCM/BA publicou Acórdão no processo TCM nº 02970e18, declarando expressamente a legalidade da contratação do referido escritório, ressaltando, inclusive, a ocorrência de coisa julgada na hipótese. “Esses contratos são necessários, e a Prefeitura tem economizado milhões. Vamos provar a legalidade e os contratos serão mantidos”, garante o prefeito Herzem Gusmão (MDB).

Durante 20 anos os gestores do PT de Vitória da Conquista mantinham contratos com escritórios em Salvador e nunca foram questionados. Eles (contratos) são legais.

Discurso

Por Leandro Flores

Meu partido não tem estrela
Nem sigla de interesses
Meu partido é um coração sem esperança
É uma causa perdida
É uma luta, um ideal
É o Brasil que não se alimenta,
É a criança sem merenda
É a injustiça entre classe social

Meu partido não tem cores,
Nem bandeiras
Não quer palanque,
E não precisa de eleição
Meu partido é o homem de bem
Que ganha a vida sem ferir ninguém
É o artista que não tem incentivos
É um moleque sem educação

Meu partido é a cidadania
Que se aprende na escola
É a ética do homem do campo
O conhecimento sem cola
Meu partido é a soberania
É o alfabeto, a palavra, a poesia
Meu partido é a gestão, a honradez
O compromisso, a democracia

FLORES, 2013;

Brasil tem 2.425 casos confirmados de sarampo

Até o dia 22 de outubro, 2.425 casos de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 2 mil no Amazonas e 332 em Roraima. Os dois estados registram ainda um total de 7.674 casos em investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, casos isolados da doença foram confirmados em São Paulo (3), no Rio de Janeiro (19), no Rio Grande do Sul (43), em Rondônia (2), em Pernambuco (4), no Pará (17), no Distrito Federal (1) e em Sergipe (4).

O levantamento mostra que, até o momento, 12 mortes por sarampo foram confirmadas no país, incluindo quatro em Roraima (três estrangeiros e um brasileiro), seis no Amazonas (todos brasileiros, sendo três de Manaus, dois do município de Autazes e um do município de Manacapuru) e duas no Pará (indígenas venezuelanos).

Em nota, o ministério informou que, de janeiro a outubro, encaminhou o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – para os seguintes estados: Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal. O objetivo, segundo o ministério, é atender à demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos da doença.