Categoria: Brasil

Ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira é investigado pelo MPF

O ministro interino do Planejamento, Dyogo de Oliveira, que substituiu recentemente Romero Jucá (PMDB), é investigado pelo Ministério Público Federal por improbidade.

De acordo com o blog O Antagonista, Dyogo poderá responder também por crime de operação de crédito não autorizada.

O Tribunal de Contas da União, em sua análise técnica das pedaladas, recomendou apenas a imposição de multa a Dyogo, que também é alvo da Operação Zelotes.

Juro do cheque especial sobe para 308% ao ano em abril, um recorde desde 1994

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial atingiram em abril o patamar de 308,7% ao ano – o maior desde o início da série histórica, em julho de 1994, ou seja, em quase 22 anos.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central. Em relação a março, quando estavam em 300,8% ao ano, os juros cobrados do cheque especial tiveram aumento de 7,9 pontos percentuais.

Nos últimos 12 meses até abril, a alta foi de 82,8 pontos percentuais – estavam em 225,9% ao ano em abril de 2015. Junto com o cartão de crédito rotativo, os juros do cheque especial estão entre os mais altos do mercado.

Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto. A inadimplência do cheque especial somou 14,4% em abril.

Mendes devolve à PGR segundo pedido de inquérito contra Aécio

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu à Procuradoria-Geral da República (PGR) o segundo pedido de abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) feito pela própria procuradoria. O ministro determinou que seja dada vista ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na semana passada, Mendes foi designado pelo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, como relator do segundo pedido. A escolha do ministro foi feita depois que o também ministro do STF, Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato no STF, pediu à presidência do Supremo que o novo pedido fosse redistribuído, por entender que não tem relação com a Lava Jato.

O segundo pedido de abertura de inquérito é relativo ao conteúdo da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral. Janot citou, além de Aécio Neves, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o ex-deputado e atual prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB).

De acordo com o ex-senador Delcídio do Amaral, durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos (CPMI) dos Correios, criada para investigar denúncias do mensalão, Aécio Neves, à época governador de Minas Gerais, “enviou emissários” para barrar quebras de sigilo de pessoas e empresas investigadas, entre elas o Banco Rural. Segundo Delcídio do Amaral, um dos emissários era Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB.

 

Em gravação, Sarney promete ajudar ex-presidente da Transpetro na Lava Jato

O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) prometeu ajudar o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, investigado pela Operação Lava Jato, evitando que seu caso fosse transferido para a vara do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba (PR), mas “sem meter advogado no meio”.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, as conversas foram gravadas pelo próprio Machado. Em um dos diálogos, gravados em março, o ex-senador e ex-presidente manifestou preocupação sobre uma eventual delação de Machado. “Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, disse o ex-presidente.

Machado concordou de imediato que “advogado não pode participar disso”, “de jeito nenhum” e que “advogado é perigoso”. Sarney repetiu três vezes: “Sem meter advogado”. Ao final de uma das conversas, Machado pediu que Sarney entrasse em contato com ele assim que estabelecesse um horário e local para reunião entre eles e Renan.

Informações da Folha

Em votação simbólica, Congresso aprova projeto que altera meta fiscal de 2016

Congresso_1638420-300x173Em votação simbólica, o Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quarta-feira, 25, a alteração da meta fiscal que permite um déficit de R$ 170,5 bilhões nas contas do governo central ao final de 2016. Com mais de 16 horas de votação, os deputados e senadores votaram ainda 24 vetos presidenciais que trancavam a pauta.

O projeto aprovado pela Casa inclui R$ 56,6 bilhões de riscos fiscais, passivos e despesas já contratadas, itens como a possibilidade de redução do resultado fiscal dos Estados, uma quantia de R$ 9,0 bilhões para evitar a paralisação de obras do PAC, além de R$ 3,5 bilhões para a Defesa e R$ 3,0 bilhões para a Saúde.

A nova equipe econômica conseguiu ainda o descontingenciamento de R$ 21,2 bilhões. Em março, o time então comandado pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa pediu o contingenciamento temporário. A intenção do governo com a liberação dos recursos é garantir a continuidade do funcionamento da máquina pública.

A meta fiscal aprovada nesta madrugada precisará ser sancionada pelo presidente em exercício, Michel Temer e prevê que o governo entregue, ao final do ano, um déficit de R$ 163,942 bilhões no setor público consolidado. O Governo Federal deverá apresentar um resultado primário negativo de R$ 170,496 bilhões. Para Estados e municípios, espera-se um superávit de R$ 6,554 bilhões.

Lei que obriga farol baixo na estrada mesmo durante o dia é sancionada

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) sancionou a lei que torna obrigatório rodar em estradas com o farol baixo aceso mesmo durante o dia.

A mudança no Código Brasileiro de Trânsito (CTB) foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24) e, segundo o Ministério das Cidades, começa a valer em 45 dias, que é o prazo para os cidadãos se adaptarem às novas regras.

Até então, o uso de farol só era exigido para todos os veículos durante a noite e em túneis, independentemente do horário do dia. O descumprimento será considerado infração média, com multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação.

O valor subirá em novembro deste ano, assim como o de outras multas.

Inscrições para o Universidade para Todos são prorrogadas

upt2-300x150Os interessados em se inscrever para o cursinho “Universidade para Todos” (UPT) terão um prazo maior para realizar as inscrições. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o prazo para efetivar a inscrição, que terminaria nesta terça (24), foi prorrogado até o dia 31 de maio.

O UPT oferece aulas preparatórias para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim, é mais uma oportunidade para os estudantes egressos da rede pública de ensino e para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio ou do 4º ano da Educação Profissional se prepararem para ingressar no ensino superior.Os interessados em participar devem se inscrever, exclusivamente, no Portal da Educação.

O programa irá oferecer aulas regulares de Português, Redação, Matemática, Física, Química, Biologia, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), História e Geografia, de segunda a sexta. além de atividades complementares como seminários, oficinas, revisão para o Enem, aulões, simulados e orientação vocacional.

O curso oferece, ainda, material didático, fardamento e isenção da taxa de inscrição em processo seletivo das universidades estaduais aos alunos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% das aulas ministradas.

Interlocutores de Temer afirmam que Jucá não volta ao Planejamento

Após a saída, até então temporária, do ministro do Planejamento licenciado, Romero Jucá, a pergunta é quem deve substituí-lo. Por hora, o substituto imediato é o secretario executivo da pasta, Diogo Oliveira, no entanto, o que circula nos bastidores é que Jucá não volta ao Ministério e sendo assim, nomes já estão sendo especulados.

Jucá pediu afastamento do cargo de ministério nesta segunda-feira (23), após vazamento de áudio no qual sugere “barrar os avanços da Lava Jato” e a partir desta terça-feira (24) deixa “oficialmente” o cargo. Conforme o colunista do G1, Gerson Camarotti, auxiliares do presidente em exercício Michel Temer afirmam que a licença “foi uma saída honrosa encontrada para ministro” e que ele “não vai voltar ao governo”.

“O desgaste provocado com as gravações de Jucá deixaram a situação insustentável. Se ele ficar no governo, passa a comprometer a própria imagem de Temer”, disse ao blog um auxiliar de presidente em exercício. Para substitui-lo, o primeiro nome que circulou foi o do ex-ministro Moreira Franco, um dos políticos mais próximo de Temer.

O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), também aparece forte no páreo para assumir o posto. Além dele, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também foi especulado, mas informações do Portal Terra dão conta que ele não estaria interessado em sair da Casa Civil.

Temer decide recriar o Ministério da Cultura; posse deve ser na terça-feira

Na gestão Temer, Cultura tem um secretário, Marcelo Calero (à. dir.), que responde ao ministro Mendonça Filho (esq.)

Em mais uma reviravolta, o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) decidiu recriar o Ministério da Cultura (MinC), que havia sido incorporado pelo Ministério da Educação (MEC). A informação foi confirmada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), neste sábado (21), por meio de sua conta no Twitter.

Marcelo Calero, nomeado secretário nacional de Cultura na quarta-feira (18), será o novo ministro da pasta. A recriação do MinC será feita por meio de uma medida provisória, a ser editada na segunda-feira (23). A posse de Calero deve ocorrer na terça-feira (24).
“A decisão de recriar o MinC é um gesto do presidente Temer no sentido de serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira”, afirmou Mendonça Filho, pelo Twitter. “Com Marcelo Calero vamos trabalhar em parceria para potencializar os projetos e ações entre os ministérios da Educação e da Cultura”, completou, também pela rede social.

Cinco mulheres negaram convite
Calero, ex-secretário de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, havia assumido a Secretaria Nacional de Cultura nesta semana, após a negativa de cinco mulheres: a antropóloga Cláudia Leitão, a consultora de projetos culturais Eliane Costa, a atriz Bruna Lombardi, a cantora Daniela Mercury e a jornalista e apresentadora Marília Gabriela.
O governo interino tentou emplacar uma mulher no cargo, tentando minimizar críticas ao fato de todos os novos ministros nomeados por Temer serem homens.

Protestos da classe artística
A extinção do MinC e sua fusão com o Ministério da Educação gerou uma série de protestos da classe artística na última semana: ao menos 18 capitais registraram ocupações em prédios públicos ligados ao Ministério da Cultura.
Na sexta-feira (20), no Rio, um ato cultural no pilotis do Palácio Gustavo Capanema, que já sediou o ministério e hoje abriga a Funarte, reuniu os músicos Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Seu Jorge e Marcelo Jeneci. “O MinC é nosso. É uma conquista do Estado brasileiro. Não é de nenhum governo”, disse Caetano Veloso, ao abrir sua apresentação.

Havia a expectativa, também, que a Virada Cultural, que acontece neste fim de semana em São Paulo, também pudesse aumentar a pressão pela recriação da pasta.
Além da movimentação de artistas e entidades culturais, o anúncio do fim do Ministério da Cultura também gerou críticas negativas entre parlamentares. Na terça-feira (17), a Comissão de Educação do Senado aprovou a convocação de Mendonça Filho para que ele explicasse a extinção do MinC, mas a audiência pública não chegou a ocorrer.

Um dia depois, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu a recriar a pasta por meio de uma emenda parlamentar no Congresso. “Reconheço a importância do Ministério da Cultura. Seu custo para o Orçamento é muito pequeno. Se não tivermos o Ministério, isso vai quebrar o Brasil, por tudo o que ele representa”, declarou na ocasião.

Artistas comemoram volta do MinC
O anúncio da volta do Ministério da Cultura foi comemorado por artistas. O ator José de Abreu e a cantora Daniela Mercury classificaram o retorno da pasta como uma “vitória”.

Ministro da Fazenda quer idade mínima de 65 anos para aposentadoria do INSS

aposentadoria-06O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou claro que pretende defender uma idade mínima para pedir o benefício da aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres, aos 65 anos. Hoje, os brasileiros se aposentam, em média, aos 57 anos.

Meirelles voltou a dizer que o sistema previdenciário brasileiro não é sustentável. De acordo com ele, há o risco de pessoas que estão hoje no mercado chegarem ao período de aposentadoria e o sistema não ter como pagá-las.

Por isso, a necessidade de mudar as regras de concessão dos benefícios é urgente. Segundo o ministro, nada está decidido.

Na última quarta-feira (18), um grupo formado por representantes do governo e de centrais sindicais se reuniu para debater o tema. A proposta será apresentada em 3 de junho.