Foi realizada na manhã desta quarta-feira dia 8 de fevereiro de 2023, com início às 9h30min, a primeira reunião ordinária do ano da Central das Associações de Condeúba. O encontro foi na ante sala do Gabinete do Prefeito gentilmente cedido pelo Chefe de Gabinete do prefeito o jovem Paulo Henrique, a quem o presidente da entidade Sr. Antônio Rocha agradeceu publicamente ao final da reunião.
O presidente Sr. Antônio solicitou a Sra. Secretária Vanda que fizesse a leitura da ata da reunião anterior, a qual foi feita e depois submetida a apreciação de todos, os quais a aprovaram por unanimidade. Na sequencia o presidente fez uma consulta aos demais membros presentes, no sentido de fazer um reajuste nas mensalidades, pois, já está há alguns anos no valor de R$ 10,00 (dezreais) o que já está muito defasado, mas a maioria optaram para deixar o mesmo valor por mais um tempo.
O presidente comunicou a todos os presentes, que os tratores da Central este ano pouco trabalhou, devido a falta de apoio do Poder Público Municipal que rompeu com o apoio do combustível que antes era doado em cotas para a Central, e desde o ano de 2021 não mais repassado esse diesel para os tratores trabalhar.
O presidente falou da intenção da Central de organizar uma feira do agricultor talvez no aniversárioda cidade dia 14 de maio. O sócio Jeovane da Associação do Bem-te-vi, pediu uma parte e fez as seguintes colocações: “Estou retornando à Central depois de alguns anos afastado, e pouco ou quase nada vejo de avanço da Central, entendo perfeitamente que é a falta de apoio do Poder Público, por isso, devemos buscar incessantemente esses apoios, tanto da prefeitura como de outros segmentos públicos, para que assim a Central bem como as associações voltam a crescer, volta a movimentar a nossa agricultura familiar, sem esses apoios possivelmente não sairemos do lugar que estamos, vamos ficar só patinando”, concluiu o sócio.
A reunião teve um grande numero de representantes das associações, bem como sócios da Central, teve ainda a visita do vereador Maurilo. Esgotado a pauta e nada mais havendo para se tratar, o presidente Antônio deu por encerrada a reunião, agradeceu a presença de todos e desejo-lhe um ano mais produtividade de alimentos e pastos para nossos animais. Solicitou a secretária Vanda que lavrasse a presente ata.
Um estudo identificou que, na presença de infecção por dois vírus específicos de insetos — Phasi Charoen-Like (PCLV) e Humaita-tubiacanga (HTV), mosquitos da espécie Aedes aegypti e Aedes albopictus ficam mais propensos a transmitir a dengue e a zika. O trabalho resultou no artigo “Mosquito vector competence for dengue is modulated by insect-specific viruses” (A competência do mosquito vetor para a dengue é modulada por vírus específicos de insetos) publicado no início deste ano, na Nature Microbiology.
O grupo responsável pela pesquisa é liderado pelo professor João Trindade Marques, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo entre os primeiros autores, o professor visitante da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, Eric Aguiar, orientador no Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia e Molecular (PPGGBM).
Para realização do trabalho, foi criada uma rede de colaboradores internacionais, com a coleta de mais de 800 mosquitos, oriundos de quatro continentes, utilizados para a geração de 91 bibliotecas de RNA-seq (sequenciamento de larga escala do ácido ribonucleico).
Os pesquisadores identificaram 12 vírus, dos quais dois, HTV e PCLV, são altamente prevalentes em diferentes regiões geográficas. Esses dois vírus, que infectam apenas insetos, são capazes de acelerar a transmissão dos vírus da dengue e da zika em ambiente de laboratório, o que levou a criação de modelos matemáticos que predizem grandes impactos dessa interação positiva em surtos de arbovírus.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) negou, nesta terça-feira (7), a informação de que há desassistência médica nos hospitais Geral de Guanambi (HGG) e Geral de Vitória da Conquista, Afrânio Peixoto e Crescêncio Silveira, todos eles localizados no sudoeste baiano. A informação é do Bahia Notícias.
Segundo a secretaria, houve uma interrupção da prestação dos serviços de lavanderia hospitalar no último dia 17 de janeiro por parte de uma prestadora de serviços.
Conforme alegou a Sesab, a suspensão ocorreu de forma unilateral e extemporânea, uma vez que a contratação acontecia mediante o pagamento de uma verba idenizatória formalizada através de um acordo firmado após o encerramento do contrato regular, em dezembro de 2022.
Por considerar irregular o encerramento repentino, a gestão estadual da saúde irá acionar judicialmente a empresa anterior. Uma nova prestadora foi contratada de maneira emergencial.
A Petrobras anunciou nesta terça-feira redução no preço do diesel – combustível mais comercializado do país— vendido a distribuidoras. O preço médio de venda de diesel A passará de R$ 4,50 para R$ 4,10 por litro, uma redução de R$ 0,40 por litro, ou 8,8%. A mudança começa a valer nesta quarta-feira (8). De acordo com a CNN, o reajuste de combustível é o primeiro desde que Jean Paul Prates foi nomeado presidente da estatal.
“Essa redução tem como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos”, disse a petroleira em nota.
A estatal ressalta ainda que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, sua parcela no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,69 a cada litro vendido na bomba.
A alteração mais recente no preço do diesel havia sido anunciada em dezembro, quando a Petrobras reduziu o preço médio de venda para as distribuidoras de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de R$ 0,40 por litro, ou queda de 8,2%.
Após a eliminação do Flamengo no Mundial de Clubes, Galvão Bueno usou as suas redes sociais para criticar a diretoria rubro-negra e o técnico Vítor Pereira. O narrador esportivo não poupou palavras para falar do comandante português e subiu o tom para falar do presidente Rodolfo Landim. O Al-Hilal se classificou para a decisão.
“O Flamengo tem um técnico que conquista títulos, o Dorival! Ganha dois títulos importantíssimos, um deles a Libertadores para poder estar no Mundial! Aí vem a diretoria do Flamengo e tira, na calada da noite, na covardia, o Dorival! Para colocar um técnico português que, além de não ser bom, não tem bom caráter! Fez uma molecagem com o Corinthians! Foi traíra com o Corinthians! Aí o cara vem, mexe, desmonta, e o Flamengo perde do Al-Hilal por 3 a 2”, iniciou Galvão.
“O Flamengo tomou um gol logo no início, dominou, Pedro fez a parte dele, Gerson foi expulso no fim do primeiro tempo, outro pênalti e 2 a 1 pro Al Hilal. Um jogador a menos, dava para virar? Dava! Aí vem sua excelência, o técnico, precisando virar o jogo e tira o craque do time, o Arrascaeta! Não podia jogar mais 20 minutos??Aí toma o terceiro gol e tira o outro craque do time, o Everton Ribeiro!! Ou seja, os dois homens da criação!! Passa a ter volantes no meio-campo!!”, continuou.
Por fim, Galvão Bueno disparou contra a diretoria do Flamengo, em especialmente ao presidente Rodolfo Landim e ao vice-presidente do futebol, Marcos Braz.
“Agora, a culpa não é só dele!! É do Landim, do Braz, é de quem passou a perna no Dorival e colocou esse técnico!! Fazer o quê?? Boa sorte para Al Hilal e Real Madrid!!”, completou.
O Flamengo perdeu para o Al Hilal por 3 a 2, nesta terça-feira, em Tânger, no Marrocos, e vai disputar o terceiro lugar do Mundial de Clubes, no próximo sábado. O time árabe saiu na frente com Salem Al-Dawsari, o rubro-negro empatou com Pedro, mas o mesmo Al-Dawsari recolocou o Al Hilal na frente. No segundo tempo, Vietto fez o terceiro.
O Fla chegou a diminuir, mas a vaga ficou mesmo com os sauditas. Agora, o Flamengo espera o derrotado de Al Ahly e Real Madrid, que jogam nesta quarta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na segunda-feira (7) que a vacinação de crianças será obrigatória para famílias que se inscreveram no Bolsa Família. O programa passará a ter o valor permanente de R$ 600, com um adicional de R$ 150 por criança abaixo dos seis anos de idade.
Segundo Lula, o Bolsa Família contará com três pré-requisitos:
As crianças devem estar matriculadas na escola;
A carteira de vacinação delas deve estar em dia;
Gestantes devem realizar todos os exames exigidos durante o acompanhamento pré-natal.
“Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que uma criança tem que tomar vacina para o bem da criança e para o bem da família”, disse o presidente durante evento de inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no bairro de Benfica, no Rio de Janeiro.
Ministério da Saúde divulga Calendário de Vacinação 2023
Na última terça-feira (31), o Ministério da Saúde divulgou o cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023. As ações devem começar a partir do dia 27 de fevereiro, com a aplicação da vacina bivalente contra a COVID-19 para pessoas com maior risco de desenvolver um quadro grave da doença.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos vai instituir um grupo de trabalho interministerial para revisar a proposta de concentrar em um órgão ou entidade a responsabilidade da gestão de aposentadorias e pensões de servidores federais civis. Com isso, ficará suspenso o cronograma de transferência da gestão dos benefícios, em curso desde 2021, enquanto durarem as discussões da nova equipe.
A informação foi divulgada pela titular da pasta, a ministra Esther Dweck, durante solenidade da reabertura da mesa de negociação permanente com os servidores federais, nesta terça-feira (dia 7). O detalhamento das atividades constará em portaria interministerial, que deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias.
A coluna teve acesso à minuta do documento, que será assinado pelos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Previdência Social, da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. O grupo de trabalho deverá se reunir durante 60 dias, prorrogáveis por mais 30, quando devem apresentar um relatório final ao Secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho.
Durante os encontros, os representantes de cada ministério devem definir a estrutura e os procedimentos necessários para que órgão ou entidade possa realizar gerenciamento, pagamento e concessão dos benefícios, bem como os procedimentos para a compensação financeira entre o regime de previdência social da União e dos demais regimes. Também deve ser revistas as medidas que serão adotadas enquanto não houver a definição sobre que órgão será o gestor único do RPPS.
A portaria vai suspender efeitos do Decreto 10.620, de fevereiro de 2021, que desvinculou as aposentadorias e pensões dos órgãos de origem. A concessão dos benefícios, de acordo com o documento, passaria para a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, vinculada ao extinto Ministério da Economia — no caso da administração pública direta — e para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) — no caso de entidades e fundações, como agências reguladoras e universidades federais. Cada órgão gestor ficou responsável por publicar um cronograma de transferência, que agora será suspenso em função da criação do grupo de trabalho.
Durante o evento desta terça-feira (dia 7), a ministra também assinou um decreto que dá a possibilidade de manter na folha de pagamento o servidor licenciado para exercer mandato em uma entidade de classe. O documento agora deve ser avaliado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela minuta do decreto, a que a coluna teve acesso, isso seria possível se a representação para a qual foi eleito transferisse à União, mensalmente, o equivalente ao valor total da folha do funcionário, sem incluir a contribuição previdenciária, que é de responsabilidade exclusiva da União. Se não houver o ressarcimento, o texto determina a retirada do servidor da folha de pagamento.
A ministra argumenta, no documento, que a exclusão do funcionário público da folha ainda pode comprometer algumas atividades atreladas ao pagamento, como a obtenção de empréstimos consignados e financiamentos bancários, além de dificultar o recolhimento das contribuições previdênciárias do servidor.
A alteração, se publicada, vai valer para servidor eleito para mandato classista em confederação, federação, associação de classe de abrangência nacional, sindicato ou entidade fiscalizadora da profissão ou ainda para participr de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos.
O terremoto de magnitude 7,8 que já provocou mais de 7.800 mortes no sudeste da Turquia e no norte da Síria pode afetar 23 milhões de pessoas na região, advertiu a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (7). Na véspera, a organização afirmou que previa um balanço de óbitos próximo de 20 mil.
Os números do tremor e de seu impacto na região impressionam. A energia liberada nos dois terremotos registrados na Turquia e na Síria foi equivalente a 130 bombas nucleares similares à lançada pelos EUA em Hiroshima, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o cientista Sérgio Sacani, “a Turquia se moveu três metros” com os abalos sísmicos, provindos de um acúmulo de 500 anos de energia nas placa tectônica Arábica.
A placa Arábica se moveu em direção à placa da Anatólia e o encontro das duas forma uma fenda no subsolo.
“É como se a Turquia tivesse se deslocado em relação à placa árabe em direção ao sudoeste”, explicou o chefe do INGV, Carlo Doglioni. “O que chamamos de placa arábica se moveu cerca de 3 metros na direção nordeste-sudoeste em relação à placa da Anatólia; estamos falando de uma estrutura na zona fronteiriça entre esse mundo, o da placa arábica, e o da placa da Anatólia”, acrescentou ao jornal Corriere Della Sera.
Segundo Adelheid Marschang, uma diretora da entidade, cinco milhões do total de pessoas expostas já estão em situação de vulnerabilidade. Trata-se do caso de refugiados da Guerra da Síria, por exemplo, e da população local que vive em áreas urbanas e rurais afetadas por mais de uma década de conflitos.
Marschang ainda chamou a atenção para o fato de que a Síria deve necessitar de mais ajuda externa do que seu vizinho, a curto e médio prazos, em razão de sua menor capacidade de resposta — a crise humanitária no país se aprofundou ainda mais nos últimos meses, quando a população passou a conviver com escassez de combustível e eletricidade em meio a um dos invernos mais rigorosos de sua história.
Ambos os fatores, aliás, impediram temporariamente o envio de socorro da ONU para a parte noroeste do país, onde vivem dissidentes do regime de Bashar al-Assad. Quase toda a ajuda humanitária que chega à região vem da Turquia e passa por Bab al Hawa, um ponto de acesso na fronteira criado pela organização há quase uma década e que a Síria afirma que infringe sua soberania.
“Algumas rodovias foram danificadas, outras estão inacessíveis. Há questões logísticas que precisam ser resolvidas. Estamos explorando todas as nossas opções para alcançar aqueles que precisam de socorro”, afirmou uma porta-voz da ONU à agência de notícias Reuters. Antes mesmo do terremoto, a organização estimava que mais de 4 milhões das pessoas que vivem na área dependiam de doações que vinham de fora da fronteira.
O centro de Hatay, visto com prédios destruídos após o terremoto. A Turquia experimentou o maior terremoto deste século na região da fronteira com a Síria. O terremoto foi medido em magnitude 7,7. (Foto de Tunahan Turhan/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
Seja como for, a situação é urgente, reforçou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Agora é uma corrida contra o tempo. A cada minuto, a cada hora que passa, diminuem as chances de encontrar sobreviventes.” Ele acrescentou que a organização está especialmente preocupada com regiões de ambas as nações que não reportaram nenhuma informação desde o tremor.
Desde o início dos trabalhos de resgate, que prosseguiram durante a madrugada sob frio, chuva e neve, o número de mortos ultrapassou a marca de 7.800*:
a Turquia contabiliza 5.894 óbitos, e
a Síria, 1.932
*dados das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes.
Em Genebra, o porta-voz do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), James Elder, afirmou que há suspeitas de que o terremoto tenha provocado a morte de milhares de crianças, uma vez que dezenas de escolas e hospitais, além de outros tipos de instalações, foram danificadas ou destruídas pelos impacto do sismo.
O governo turco calcula que 5.775 prédios tenham colapsado, e, segundo a Unesco, ao menos quatro locais considerados Patrimônio Mundial da Humanidade foram atingidos no país.
Juntas, as nações vizinhas registram ainda quase 34,5 mil feridos. As condições meteorológicas na região turca da Anatólia dificultam a atuação dos bombeiros e trazem pessimismo às perspectivas de encontrar sobreviventes sob os destroços. Quem conseguiu escapar se aquecia em tendas e fogueiras improvisadas.
Por que terremoto na Turquia e na Síria foi tão devastador?
Uma combinação de fatores provocou o número elevado de mortos no forte terremoto que arrasou a Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6).Mais de 2.600 pessoas morreram no sismo de magnitude 7,8 na fronteira entre os dois países, um balanço que aumenta com o passar das horas.A localização, a hora em que ocorreu, os antecedentes e as medidas de segurança pouco rigorosas para as construções ajudam a explicar o alto número de vítimas.O terremoto mais forte já registrado na Turquia desde 1939 atingiu uma região densamente povoada. Ocorreu durante a madrugada, às 04h17 locais (22h17 em Brasília), surpreendendo a população enquanto dormia.As vítimas, em sua maioria, “ficaram bloqueadas quando suas casas desabaram”, explicou à AFP Roger Musson, investigador do Serviço Geológico britânico. Os métodos de construção “não eram realmente adequados para uma área propensa a grandes terremotos”, explicou o especialista.A falha geológica onde ocorreu o tremor esteve relativamente calma nos últimos tempos. A Turquia é uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Um tremor na região de Duzce(norte), em 1999, causou mais de 17.000 mortes. Desta vez, o terremoto ocorreu no outro extremo do país, na chamada falha da Anatólia Oriental.Esta região não sofria um terremoto de magnitude superior a 7 há mais de 200 anos. Provavelmente por isso seus habitantes “foram negligentes”, explicou Musson.Devido a este longo período de relativa tranquilidade, a energia da falha “foi se acumulando”, explicou Musson. A região sofreu outro tremor de magnitude 7,5 horas depois, o que confirma que muita energia acumulada precisava ser liberada, acrescentou.- Repetição do tremor de 1822 -Em 13 de agosto de 1822, esta mesma área sofreu um impacto “quase igual”, com um tremor de 7,4 de magnitude. O abalo causou “um dano enorme, com cidades totalmente destruídas e dezenas de milhares de vítimas”, assegurou Musson. As réplicas se prolongaram até junho do ano seguinte, afirmou.Além disso, o epicentro do terremoto desta segunda-feira foi relativamente pouco profundo, apenas 17,9 quilômetros, e se situou na cidade turca de Gaziantepe, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.A placa tectônica Arábica se deslocou para o norte. “Não tendo espaço, colidiu” com a placa da Anatólia. Essa fricção reverbera por toda a falha, explica este especialista.O epicentro não é tão importante neste caso como a extensão do movimento telúrico, ao longo de 100 km.”Isso significa que tudo dentro dessa margem de 100 km ao longo da falha” sofre as consequências do tremor, acrescentou.- Infraestrutura fragilizada -Os terremotos não podem ser previstos, indicou Carmen Solana, uma vulcanóloga da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.“As infraestruturas adaptadas são raras no sul da Turquia e especialmente na Síria, portanto agora a prioridade é salvar vidas”, recordou a especialista.A Turquia aprovou uma lei em 2004 para reforçar os critérios de construção, após o terremoto de 1999. Na Síria, devido à guerra, a situação é provavelmente pior. “Muitas estruturas já estavam fragilizadas após um uma década de guerra”, lembrou Bill McGuire, vulcanólogo da University College London.dl/jz/mb/jc/mvv
Nas cidades atingidas, ginásios, escolas e mesquitas viraram abrigos aos que perderam suas casas, mas muitos preferiram passar a noite em carros com a família, com medo de novos sismos. Autoridades locais anunciaram a intenção de deslocar parte dos desabrigados a hotéis da região, um polo turístico.
Algumas províncias se queixaram, porém, de que a ajuda estatal não era suficiente. Em cidades como Malatya, também na Anatólia, e Antakya, no sudeste, parentes das vítimas eram vistos pedindo a vizinhos capacetes, martelos e cordas, enquanto os mais desesperados tentavam escavar os destroços sem equipamentos especiais ou mesmo luvas e roupas adequadas para o inverno.
O terremoto ocorrido na madrugada de segunda-feira (6) foi o mais letal na Turquia desde o tremor de 17 de agosto de 1999, que matou 17 mil pessoas. O abalo também foi sentido no Líbano, no Chipre e no Norte do Iraque. Cálculos do governo dão conta de que 13,5 milhões de pessoas foram afetadas, numa área que vai de Adana, no oeste, a Diyarbaki, no leste, e de Malatya, no norte, a Hatay, no sul.
Mortes foram registradas tão longe ao sul quanto em Hama, a cerca de cem quilômetros do epicentro do sismo. Algumas áreas do país estão sem combustível e eletricidade, e conexões de internet fracas e rodovias danificadas entre algumas das cidades mais atingidas têm dificultado os esforços das autoridades para dimensionar o impacto e planejar ações de resgate e ajuda humanitária.
O líder turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou estado de emergência por três meses nas dez províncias afetadas pelo tremor e acrescentou que 70 países já se ofereceram para ajudar nos resgates.
Uma vítima do terremoto tenta extrair roupas de sua casa em ruínas em 7 de fevereiro de 2023 em Elbistan, Turquia. Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu perto de Gaziantep, na Turquia, nas primeiras horas da segunda-feira, seguido por outro tremor de magnitude 7,5 logo após o meio-dia. Os terremotos causaram destruição generalizada no sul da Turquia e no norte da Síria e foram sentidos em países próximos. (Foto de Mehmet Kacmaz/Getty Images)
Equipes estrangeiras começaram a chegar ao país nesta terça, tanto em zonas afetadas diretamente quanto nas atingidas por abalos secundários. Autoridades relataram mais de 50 réplicas dos tremores nas primeiras dez horas seguintes ao sismo inicial e alertaram que outras devem ocorrer nos próximos dias.
Um dos grupos de resgate, oriundo da França, desloca-se para Kahramanmaras, epicentro do sismo, que sofre com a neve e é conhecida como uma região de difícil acesso as duas equipes dos Estados Unidos anunciadas por Joe Biden na véspera, com 79 socorristas cada uma, devem seguir para a mesma região.
Além deles, Rússia, Ucrânia e Israel foram alguns dos outros Estados a se prontificarem a ajudar, assim como a China, que anunciou um pacote de auxílio de US$ 5,9 milhões (R$ 30,6 milhões) a Ancara.
Uma série de países também anunciou envio de ajuda humanitária à Síria, mas sem especificar sua dimensão ou quando ela viria. O regime de Bashar al-Assad está isolado internacionalmente e é alvo de sanções a Rússia, um de seus poucos aliados, foi um dos únicos que prometeram envio imediato de equipes de emergência, além de disponibilizar 300 tropas acampadas na região para ajudar nos resgates.
Na opinião de especialistas, a fragmentação do poder no território ocasionado pela guerra civil torna esse tipo de negociação um grande desafio diplomático, prejudicando, em última instância, a população.
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